"Começa-se mesmo a perceber no país que o resultado das eleições não está fechado. Desenganem-se aqueles que acham que têm um direito natural a governar" - Pedro Passos Coelho, ontem à noite em Guimarães.
Os portugueses sabem com o que podem contar com Passos Coelho e Paulo Portas.
4 anos deram para ver e sentir.
Mas, eles ainda não completaram a obra. Falta algo: ainda não foram capazes de tornar a mão-de-obra ainda mais barata para as empresas.
Não é uma incerteza este desígnio de Passos e Portas se ganharem as próximas legislativas. Foi o próprio Passos que o afirmou um dia destes no Parlamento.
Por conseguinte, as coisas estão claras e límpidas: o capital é quem mais ordena.
O "aguenta aguenta" como Ulrich sabe, não foi uma distracção, foi uma afirmação segura de um modelo de pensamento e de gestão que pauta Portugal e o mundo.
A nós, cabe o dever e a obrigação de carregar, às costas e de bolsos vazios, os bancos e as grandes empresas, financiadores das campanhas laranja e azul, tudo pseudo-católico e bons chefes de família abençoados pela Santa Madre Igreja.
Há lugares à espera para alguns dos "bons meninos" que fizerem, sem discutir, o que lhes mandam fazer.
O emprego, segundo o senhor Primeiro-ministro, tem custos elevados para as empresas.
Sublinhemos a clareza de raciocínio deste governo.
Coitadas das empresas que para terem trabalhadores ainda têm a obrigação de lhes pagar um salário.
Bons e gratificantes tempos, eram os do trabalho servil, de sol-a-sol, supervisionados de chibata na mão.
Há pessoas e governos que vivem fora de tempo - que saudades da escravatura...
O trabalho, em Portugal, ainda é pago, em média, a 581€ mensais.
Uma completa e desnecessária exorbitância, portanto!..
A terminar: no entanto, se acham que este governo tem direito a governar mais 4 anos - votem!
Depois vão queixar-se ao Camões...
Quando estamos a poucos meses de renovar o voto, convém não esquecer que "o rating da República que estava no lixo antes da chegada do "Messias", no lixo ficou. A dívida pública, nuns lastimáveis 93,4% do PIB em 2010, está hoje, depois da terapêutica, nos 128,9% do produto. E o défice, alfa e ómega de toda a narrativa, não é líquido, de acordo com todas as instituições internacionais, que cumpra o objectivo de ficar abaixo dos 3%. Mas há as taxas de juro em mínimos históricos, dizem-nos em jeito de medalha no currículo. Pois, mas convém explicar que, mesmo aí, o mérito não é do médico mas do "canhão Draghi" e da intervenção do Banco Central Europeu."
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
1 comentário:
Ideologia lixo com garotos crescidinhos.
Apenas uma pergunta: quantos estão a ler compraram bilhete ou viram familiares partir em busca de trabalho?
Quantos jovens a Figueira perdeu durante o mandato destes meninos?
Não me puxem pela palavra....
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