sexta-feira, 22 de maio de 2015

Portugal é dos países mais pobres e desiguais da OCDE

Alvin Toffler

Mais precariedade, menores salários, menor receita fiscal, menores descontos para a Segurança Social, menor consumo, menos emprego, produto a encolher.
Os dados são de ontem e tornam  visível a relação causal entre os desequilíbrios nas relações laborais que foram sendo progressivamente introduzidos pelos sucessivos Governos que tivemos, a estagnação económica que marcou todo o período e a degradação progressiva das nossas contas públicas: mais de metade dos empregos criados nos últimos 18 anos são a tempo parcial, contratos a termo ou trabalho independente, conclui um estudo que analisa as desigualdades nos países da OCDE e em várias economias emergentes.
"Entre 1995 e 2013, mais de metade de todos os empregos criados nos países da OCDE eram de uma destas categorias.”
O estudo ontem apresentado pela OCDE complementa a informação constatando que os “trabalhadores pouco qualificados com contratos temporários, em particular, têm rendimentos muito mais baixos e mais instáveis que os trabalhadores permanentes”, confirma o aumento das desigualdades em quase todo o mundo e coloca Portugal na parte desse mundo onde – transferência/concentração de riqueza – o empobrecimento dos que menos têm corresponde ao aumento da fortuna dos mais ricos.
A OCDE identifica neste aumento das desigualdades um entrave ao crescimento económico que há que combater.
Apesar de haver histórias que nunca passam nos telejornais, não é novidade nenhuma. 
E a procissão ainda agora vai no adro.

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