sexta-feira, 31 de janeiro de 2025

Cegueira partidária, faquistas de esquina e ignorantes da gaia ciência [1]

Carlos Matos Gomes, in Medium

A atual discussão sobre migrações é tão velha como o mundo e diz respeito à questão da formação da identidade dos povos. A afirmação de há dias de Pedro Nuno Santos, secretário geral do Partido Socialista, de que os imigrantes têm de “perceber que há uma partilha de um modo de vida, uma cultura que deve ser respeitada”, a propósito da discussão sobre a regulação da imigração, levantou uma nuvem de comentários políticos que revela um de três atributos, ou os três em conjunto ou conjugados: falta de escrúpulos (os fins justificam os meios), ignorância e inconsciência.

O que Pedro Nuno Santos disse faz parte, ou devia fazer, do conhecimento elementar cujos aspetos fundamentais Anthony D. Smith, um sociólogo britânico, resumiu no livro A Identidade Nacional (1997): um território histórico como terra de origem, mitos e memórias históricas comuns, que promovem um sentimento de pertença a uma comunidade de semelhantes.

O que a frase de Pedro Nuno Santos quer dizer em primeiro lugar é que existem diferenças culturais que se traduzem em modos distintos de entender o mundo — o que originou diferentes religiões, diferentes interpretações do universo, diferentes línguas, diferentes interditos entre tantos fatores. A consciência de que existe essa diferença originou a velha frase: em Roma sê romano — que parece ser do desconhecimento dos críticos de Nuno Santos, assim como a locução latina cujus regio, ejus religio (De quem é a região, dele se siga a religião), frases que mais não traduzem que a noção de estrangeiro comum a todas as civilizações e que entre os povos do Leste de Angola e da Zâmbia está expressa no ditado “o visitante não escolhe a melhor beringela, aceita a que lhe for distribuída”.

A cegueira partidária transformou a questão de identidade que está na base de conceitos de povo, de cultura, de nação, e até de Estado-Nação, uma questão presente em todos os conflitos da História, num caso de guerra por votos, de um lado os que afirmam que os migrantes têm é que cumprir a lei: como se a lei não fosse fruto do uso e costume, e do outro os que defendem que os migrantes são uma ameaça à ordem e à identidade nacional, como se antes desta atual fase de migração a sociedade portuguesa (e todas as outras) fosse uma sociedade de ordem e paz, o que revela ignorância histórica ou má-fé ao esquecer as guerras civis que originaram a fundação da nacionalidade, a crise de 1385, a guerra civil do Prior do Crato, as desordens do Alentejo ditas do Manuelinho, ou altercações de Évora, as lutas liberais, as revoltas e lutas populares da República… e revela ainda as dificuldades históricas da sociedade portuguesa em integrar os escravos quando estes foram libertados, e também a de integrar as comunidades de judeus que permaneceram em Portugal com a falsa conversão e de que Belmonte, Castelo de Vide são exemplos.

A atual questão da migração foi e é excitada por fins políticos pelas classes dominantes dos Estados Unidos e da Europa para manterem o seu domínio numa situação em que estes dois espaços que foram hegemónicos estão a sofrer a concorrência da Ásia, em que o poder está a passar do Atlântico para o Pacífico.

A questão da migração é um velho argumento — um truque de algibeira — ressuscitado pelas classes dominantes segundo as suas conveniências. Estamos, os povos e as gentes comuns, a correr como galgos atrás de uma negaça. Em Portugal, atualmente, a negaça chama-se Ventura.

Na contemporaneidade a questão da integração de comunidades “estrangeiras” teve o seu primeiro grande momento após a abolição da escravatura nos Estados Unidos e nas Américas a sul. Os grupos dominantes, europeus, confrontaram-se com esse problema. A igualdade racial apenas foi reconhecida oficialmente nos EUA nos anos sessenta e com as resistências que persistem. A América Latina continua a viver um conflito entre três comunidades, as indígenas, as oriundas da escravatura e as comunidades europeias, portuguesas e espanhola.

Na Europa a migração começou a ser um problema sério após o final da Segunda Guerra, que originou duas correntes migratórias, uma originária dos países periféricos para os centrais, destinada aos trabalhos pesados da reconstrução, dos portugueses, espanhóis, turcos, romenos, gregos e também italianos em direção a França e à Alemanha, principalmente e, simultaneamente à imigração de longa distância resultante do movimento descolonizador, migrantes resultantes da independência da Índia, de que resultaram a União Indiana, o Paquistão e o Bangladesh, com guerras civis e que se dirigiram para a Grã Bretanha, e dos migrantes da Indochina, que se dirigiram para França, das colónias africanas inglesas e francesas, neste caso com particular relevo para a Argélia.

A Grã Bretanha e a França responderam inicialmente de forma distinta a estas vagas de migrantes, a primeira entendendo que a melhor solução era o multiculturalismo que sempre tinha cultivado na sua administração colonial, deixando os indígenas, agora imigrantes, manter as suas práticas culturais e identitárias, o que deu origem aos atuais guetos à volta das grandes cidades e mesmo no seu interior. E a França optou por integrar os migrantes na sua cultura, fabricando franceses de além-mar. As duas opções fracassaram, quer o multiculturalismo quer o integracionismo.

A formação de uma identidade é um processo muito longo. Portugal, tal como outros estados europeus, formou a sua identidade nacional a partir de identidades regionais. No caso português basta ler Oliveira Martins, que inspirou Eduardo Lourenço e, mais perto, José Mattoso, Jorge Dias, Orlando Ribeiro, que referem a diferente identidade do transmontano, do beirão, do alentejano, dos povos do norte e do sul, do interior e do litoral e ainda integrando identidades externas, nomeadamente de migrantes europeus, ingleses, franceses, dos países baixos e de africanos vindos como escravos e posteriormente libertos.

A sociedade portuguesa, tal como a europeia, os seus políticos e os intelectuais conhecem, ou deviam conhecer bem o fenómeno da migração na vertente de imigração e de emigração. O alarido esbracejante a propósito do tema é revelador de má fé, de faquismo político, porque sendo o fenómeno conhecido há tanto tempo, o mínimo que seria exigível a um político que merecesse ser levado a sério seria que ele apresentasse soluções em vez de gritar pela polícia, que é o que estão a fazer os dirigentes europeus. Enviar navios patrulha para o Canal da Mancha ou para o Mediterrâneo é como estancar um rio com uma rede. Puro espetáculo.

Há soluções para a questão migratória na Europa? Não. O que existe são caminhos para reduzir os fluxos migratórios e o primeiro deles é não provocar conflitos que os geram, exatamente o contrário do que a Europa tem feito ao alinhar com a política de desestabilização dos Estados Unidos no Médio Oriente, em África e na Ásia. O segundo é fomentar uma política de desenvolvimento sustentado na Europa, o que exige a energia da Rússia e as matérias primas de África e da América Latina: e claro, boas relações da Europa com o mundo.

O que não é solução é encostar migrantes à parede, ou encerrá-los em campos de concentração, ou despejá-los como lixo tóxico a troco de pagamento a políticos corruptos de determinados estados (a Albânia ou o Ruanda, por exemplo). Nem servir de peão às ordens dos Estados Unidos. Comprar armas também não resolve o problema da segurança, antes pelo contrário, aumenta os riscos. Todos os grandes conflitos foram antecedidos por uma fase armamentista.

A política europeia tem de ser virada do avesso.

[1] Gaia: termo grego associado à origem primordial.

Assédio à Segurança Social

"Ciclicamente, o apetite privado pelas pensões de reforma produz um alarme público sobre a suposta insustentabilidade da Segurança Social. 
Claro que tais agoiros apontam logo para os fundos privados de pensões. Mas a realidade é que se, em 2022, o Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social (FEFSS) já acumulava uns confortáveis 22 mil milhões para garantir as reformas, em 2025 espera-se atingir os 41 mil milhões. 
Para falar outra vez de insustentabilidade, o Tribunal de Contas, misturando alhos com bugalhos, decide misturar as contas do sistema de previdência com as contas da Caixa Geral de Aposentações, um fundo fechado, que dizia respeito unicamente à função pública, encerrado em 2005, e que por ter deixado de receber os contributos dos trabalhadores da função pública no activo passou a ser deficitário, como era esperado. 
Com esta mistificação, o que estava de boa saúde, a Segurança Social, passa de repente a parecer correr o risco de ser deficitário! 
Nem o exemplo desastroso do que aconteceu em 2008 aos fundos privados nos EUA cala o canto de sereia dos promotores da privatização das reformas. 
Agora, o Governo, preocupado com o não problema da estabilidade do FEFSS, resolve voltar a estudar a estabilidade do sistema, e nomeia uma comissão presidida por um consultor dos fundos privados, ou seja, mete a raposa dentro do galinheiro. 
E se o Tribunal de Contas até abriu caminho para se concluir que o que estava de boa saúde, afinal, podia considerar-se doente, o que não conseguirá um especialista na matéria?"

José Cavalheiro, Matosinhos

A terceira edição da Clássica da Figueira está agendada para 16 de fevereiro

 

João Almeida (créditos: Instagram)

João Almeida e Rui Costa com presença garantida na Clássica da Figueira

Luís Marques Mendes começou a fazer comentário político na SIC em Março de 2013

Imagem via Correio da Manhã

"Marques Mendes apresenta candidatura às presidenciais na quinta-feira em Fafe."

O sonho continua a comandar a vida: Portugal nas "meias" frente à Dinamarca

Andebol: Portugal bateu a favorita Alemanha e estará na meia-final contra a Dinamarca, agendada para hoje, às 19h30 na RTP1
A caminhada dos "heróis do mar" precisou de prolongamento, contra a Alemanha, para assegurar a vitória por 31-30, com o golo decisivo, de Martim Costa, a três segundos do fim.
Uma inédita medalha no Mundial pode estar estar bem perto...

quinta-feira, 30 de janeiro de 2025

Até as crianças Senhor (Montenegro)?..

Depois das grávidas a tocar à campainha, agora é o acesso às urgências pediátricas que vai obrigar a contacto prévio com a linha SNS24.

Na Figueira é sempre carnaval!..

 Imagem via Diário as Beiras


Polo da Figueira da Foz da UC vai ter urna para eleições da AAC

Segundo o Diário as Beiras, "pela primeira vez, os estudantes do Polo da Figueira da Foz da Universidade de Coimbra (UC) vão poder votar, no seu local de ensino, para as eleições da Associação Académica de Coimbra (AAC). Os estudantes da UC, que são também associados da AAC, vão eleger, a 27 de fevereiro, o Conselho Fiscal e a Comissão Disciplinar da AAC. O regulamento eleitoral para a eleição destes órgãos foi aprovado ontem com 122 votos a favor durante a Assembleia Magna (AM) que decorreu no auditório da Reitoria da UC. As eleições vão decorrer entre as 10H00 e as 19H00, na sala de estudo da AAC, e na secção de voto do Polo da Figueira da Foz, das 12H00 às 17H00. O voto antecipado está agendado para o dia 25 de fevereiro entre as 12H00 e as 23H00, na sala de estudo da AAC, e na Figueira da Foz, entre as 14H30 e as 17H00."

Biblioteca Pública Municipal Pedro Fernandes Tomás tem disponível novo serviço de empréstimo de livros

 Imagem via Diário as Beiras

Uma unanimidade chamada Figueira Champions /Casino Figueira

Via Campeão das Províncias: uma entrevista de Rui Ramos Lopes, «director da organização e mentor, desde a primeira hora, da prova que voltou a colocar a Figueira da Foz no mapa dos grandes eventos desportivos mundiais.»

(Para ler melhor clicar na imagem.)


Sem surpresa, PSD/Figueira escolheu Santana Lopes como candidato autárquico

A Comissão Politica de secção do PSD da Figueira da Foz aprovou o nome do Dr. Pedro Santana Lopes, actual Presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, como o candidato às próximas autárquicas 2025. 
Sem surpresa, o candidato foi escolhido por consenso e  aprovado por unanimidade.
No comunicado enviado pela Concelhia do PSD/Figueira, é referido que o "objetivo desta aprovação assenta em princípios de desenvolvimento da Figueira da Foz na região de Coimbra com o consequente mérito que merece perante o país, sempre baseados no melhor para as populações”. O documento informa também que a  "qualidade na educação, mais emprego qualificado, mais indústria, melhores acessibilidades, serviços de saúde de qualidade, diferenciados e próximos das pessoas, olhando sempre para uma qualidade de vida de quem vive, trabalha ou usufrui da Figueira da Foz", são outros objectivos da recandidatura de Santana Lopes à Câmara Municipal da Figueira da Foz.
A Figueira é assim: previsível. 
Tal como escrevemos em Novembro de 2021, na Figueira, em 2021 e anos seguintes, concorde-se ou não, a vida política vai passar por políticos como Santana Lopes - aqueles que sabem aproveitar as oportunidades pessoais. Santana sempre foi mestre a aproveitar as falhas dos chamados "notáveis", que desprezam num partido enraizado no povo, os  militantes. Os "baronetes" das concelhias e das distritais, têm de si próprios e da sua importância uma ideia desproporcionada do peso real que lhes é dado pela máquina partidária dum partido com Povo, como é o PSD. Sem esquecer que na "elite" local há quem se oponha,  não me admirará que o verdadeiro "proprietário" do PSD Figueira, nos próximos tempos, venha a ser, não alguém que defenda a aproximação a Santana, mas, ainda que por interposta pessoa, o próprio Santana Lopes. E Santana Lopes, se assim o quiser,  nem vai precisar de tornar a ser militante do PSD.. 
É tão fácil ser "bruxo" na Figueira da Foz.

As 5as de Leitura estão de volta!

quarta-feira, 29 de janeiro de 2025

O Parque das Abadias a cumprir a sua missão.

 

Vídeo: Figueira na Hora

Trump continua ataque aos milionários!..

Via jornal Público 
«Administração Trump abre processo de rescisão em massa de funcionários públicos. 
Governo norte-americano envia email aos funcionários públicos federais a solicitar resposta até 6 de Fevereiro. Elon Musk defende redução de 75% do número de trabalhadores.
Os Estados Unidos contam actualmente com cerca de 2,3 milhões de funcionários públicos federais (excluindo-se os funcionários dos estados e municípios) e civis (excluindo-se militares), representando cerca de 1,3% da população trabalhadora activa e cerca de 0,7% da população geral. O número de funcionários é semelhante ao registado em 1960.»

Cova e Gala em risco

No dia 15 de Novembro de 2022, realizou-se no Auditório do Museu Municipal da Figueira da Foz uma reunião sobre a problemática da erosão costeira.

Para quem acompanha, atentamente e com preocupação, há dezenas de anos, o problema da erosão costeira no concelho da Figueira da Foz, se apreensivo e preocupado foi para a sessão, mais apreensivo e preocupado ficou depois da realização dessa reunião.
Mais uma vez, depois de ouvir os oradores verificou o óbvio: de erro em erro, estamos onde estamos em 2024. 
Pior que em 2022. 

Não chegámos ao ponto crítico em que nos encontramos por mero acaso: foi causa, efeito e consequência de erros sucessivos - alguns deles  estratégicos -, cometidos por responsáveis políticos e técnicos, durante décadas no concelho da Figueira da Foz. 
Para não nos alongarmos muito, lembramos um, alertado por nós há mais de 20 anos - que nem sequer foi referido na citada reunião. 
Planeamento do concelho: Porto Comercial e Zona Industrial e os erros estratégicos de localização.
O último grande erro cometido, que foi ventilado na reunião de 15 de Novembro do ano passado, o que está mais presente e acelerou a erosão costeira a sul do concelho, que só aconteceu para tentar remediar o erro anterior, foi o acrescento dos 400 metros no molhe norte.

Na altura, o Dr. Pedro Santana Lopes , presidente da Câmara da Figueira da Foz, exigiu celeridade à Agência Portuguesa do Ambiente (APA) nas intervenções de combate à erosão da costa e ameaçou tomar formas de luta se os processos não avançarem.
Nessa sessão de esclarecimento com a APA relativa à orla costeira, o Dr. Pedro Santana Lopes defendeu que a situação no concelho apresenta “circunstâncias excepcionais”, que podem ser usadas diminuir para prazos dos procedimentos legais.
Recordemos as suas palavras.
“Estamos em circunstâncias excepcionais, que a lei prevê quando estão em causa vidas humanas, habitações, segurança e risco. Há circunstâncias mais do que ponderosas”, sublinhou na altura o autarca figueirense, salientando que o problema da erosão se arrasta há anos, afetando a marina, o porto marítimo e as populações das praias a sul do concelho.
Santana Lopes defendeu mesmo que a APA crie uma comissão para esta “sub-região do baixo Mondego para tudo o que está implicado: erosão costeira, porto e transposição de areias”.
“Que a APA perceba que a Figueira da Foz está em emergência nessas matérias”, frisou o presidente da autarquia figueirense, reconhecendo que existe “estudo e trabalho feito”, mas que falta passar à acção.
Na sua intervenção final na sessão, o autarca disse que o município não quer utilizar “outras formas de luta”, mas que se for preciso serão usadas, arrancando uma grande salva de palmas do público que quase lotou o auditório municipal da cidade.
Na mesma reunião, o vice-presidente da APA, Pimenta Machado, como estratégia de longo prazo  apresentou uma solução com recurso a um sistema fixo (‘bypass’), “que nunca se fez em Portugal”, previsto para 2030, com um custo estimado de 72,2 milhões.

Como dá para ver nada acontece por acaso.
Percebem agora o motivo pela qual o Orçamento da República para 2024, com tantos milhões da Europa, não teve estofo para acomodar a solução proposta, que “já foi avaliada pela Agência Portuguesa do Ambiente como a melhor solução, quer a nível técnico quer a nível económico, considerando um horizonte temporal de 30 anos”?
Pimenta Machado, foi claro no dia 15 de Novembro de 2022 no Auditório Municipal da Figueira da Foz: "como estratégia de longo prazo  apresentou uma solução com recurso a um sistema fixo (‘bypass’), “que nunca se fez em Portugal”, previsto para 2030, com um custo estimado de 72,2 milhões."
A sessão ficou marcada por várias queixas de autarcas das freguesias afetadas pela erosão, preocupados com os efeitos do mar no Inverno, operadores comerciais e o movimento SOS Cabedelo, que acusou a APA de estar com uma década de atraso.

terça-feira, 28 de janeiro de 2025

Munícípio homenageia músico "que é um exemplo para os jovens"

 Imagem via Diário as Beiras


CELEBRAÇÃO DOS TRINTA ANOS DA CRIAÇÃO DO CENTRO DE ESTUDOS DO MAR - CEMAR (1995-2025)

 Imagem via Diário as Beiras

"Quero mais polícia", diz Moedas...

Carlos Moedas, o destruidor
Moedas a dar o tiro de partida para a Meia Maratona de Lisboa 2024. Foto CML/Facebook

«Na melhor das hipóteses Carlos Moedas vai ficar para a história como o personagem que matou a galinha dos ovos de ouro, o grande destruidor de emprego e de riqueza em Lisboa, e por arrasto nas regiões adjacentes. Ninguém no seu perfeito juízo quer viver ou passar férias numa cidade cujo "mayor" constantemente a apresenta ao mundo como violenta e perigosa, uma terra sem lei "a oeste de Pecos", a necessitar de um patrulha da polícia em cada rua, de uma CCTV em cada esquina.»

Criminalidade em Lisboa regista a segunda maior descida em 10 anos

Moedas, porém, mantem a sua: «quer mais polícia em Lisboa. O autarca Carlos Moedas insiste que a capital precisa de “mais PSP” e que a Polícia Municipal "possa fazer detenções", porque, defendeu, os crimes até podem ter diminuído mas “têm uma violência diferente”

Ainda bem que temos o Marefoz...

O MAREFOZ, instalado na Figueira da Foz há nove anos, é uma infraestrutura regional do MARE da Universidade de Coimbra que aposta na presença permanente no concelho da Figueira da Foz. Contribui para o desenvolvimento sustentável da região, ao nível científico, económico, social e cultural, frisa nota do laboratório, citada pelo Diário as Beiras. E para a inovação e para a valorização de produtos do mar, educação, literacia e comunicação de ciência, entre outros contributos.
No dia 30 deste mês assinala o 9.º aniversário. Para marcar a efeméride, será realizada, naquele dia, pelas 16H30, na Incubadora do Mar e Indústria na Figueira da Foz, a conferência “Ordenamento costeiro – Realidades e necessidades do Litoral Centro de Portugal”.
Na Figueira tudo está estudado. Há mais de 100 anos que os engenheiros se dedicam a fazer estudos para a construção de uma barra...
Recuando até ao já longínquo ano de 1996. Manuel Luís Pata,  no extinto Correio da Figueira, a propósito da obra, entretanto  concretizada, do prolongamento do molhe norte da barra da nossa cidade para sul, publicava então isto.
“Prolongar em que sentido? Decerto que a ideia seria prolonga-lo em direcção ao sul, para fazer de quebra-mar.
Se fora da barra fosse fundo, que o mar não enrolasse, tudo estaria correcto, mas como o mar rebenta muito fora, nem pensar nisso!..
E porquê?... Porque, com  os molhes tal como estão (como estavam em 1996...), os barcos para entrarem na barra  vêm com o mar pela popa, ao passo que, com o prolongamento do molhe em direcção ao sul, teriam forçosamente que se atravessar ao mar, o que seria um risco muito grande...
Pergunto-me! Quantos vivem do mar, sem o conhecer?”
A pesca definhou, o turismo faliu - tudo nos está a ser levado...
Espero que, ao menos, perante a realidade possam compreender o porquê das coisas...
O que nos vale é que temos uma política bem definida para a orla costeira...
Vale-nos o Marefoz, para "fazer a ligação entre a ciência e as necessidades que surgem na sociedade."

segunda-feira, 27 de janeiro de 2025

Pedro Nuno igual a Montenegro: os dois com medo do Chega

«Quanto a “respeitar a nossa cultura”, é uma expressão que Paulo Portas diria nos primeiros anos do século XX. Nesse tempo, a esquerda torcia o nariz e respondia a Portas que a cultura era a lei e que, como diz a Constituição, os estrangeiros têm que respeitar a lei do país onde vivem. A Europa virou à direita, a América virou à direita e Portugal – nem sequer o alegado secretário-geral mais à esquerda de sempre – não ficou imune.

Aconteceu na Figueira...

 Via Diário as Beiras


Agitação marítima coloca a Figueira em alerta vermelho

Foto Márcia Cruz

O distrito de Coimbra vai estar sob aviso vermelho a partir das 12H00 de hoje devido à agitação marítima, anunciou ontem o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA). Ao todo serão cinco os distritos nesta condição que se prolonga até às 09H00 de terça-feira, devido à chegada a Portugal da depressão “Hermnínia”. O aviso vermelho é emitido pelo IPMA nos casos de situação meteorológica de risco extremo.

sexta-feira, 24 de janeiro de 2025

Pedro Nuno Santos, o "esquerdista"......

Pedro Nuno Santos, hoje, em entrevista ao Expresso, mostra um discurso muito semelhante ao de Luís Montenegro, que ele criticara há pouco mais de um mês no parlamento.

«Imigrantes têm de respeitar cultura e modo de vida.»

«O respeito pelas mulheres é fundamental na sociedade contemporânea e deve ser um valor partilhado por todas as pessoas que querem viver e trabalhar em Portugal.»

«Deve haver um esforço muito determinado em garantir que quem trabalha e vive em Portugal saiba falar português.»

«Quem procura Portugal para viver e trabalhar, obviamente, percebe, ou tem de perceber, que há uma partilha de um modo de vida, uma cultura que deve ser respeitada.»

«A justiça deve ser implacável contra o crime e os criminosos, sejam eles de que origem forem.»

«Precisamos, de uma vez por todas, de falar sobre a imigração de forma descomplexada, exigente, rigorosa, como infelizmente se tem feito.»

«Não devemos tratar da mesma forma alguém que entrou legal e alguém que entrou ilegal.»

«O País não se preparou para a entrada intensa de trabalhadores estrangeiros.»

«Esse instrumento [manifestação de interesse] tinha efeitos negativos, porque, na realidade, não podemos ignorar que tinha um efeito de chamada.»

Moisés Espírito Santo (1935/2025)

«O sociólogo, etnógrafo e etnólogo Moisés Espírito Santo, que desenvolveu trabalhos na área da religião e sociologia rural, morreu esta sexta-feira, aos 90 anos.»

Ainda dá para pensar a sério?


«Todos vemos André Ventura na AR berrar, a propósito de tudo e de nada, “vergonha!

Pela comunicação social sabemos que boa parte dos deputados do Chega já foi incriminada pela justiça. Agora o deputado desse partido Miguel Arruda, eleito pelos Açores, foi filmado no aeroporto de Lisboa a roubar malas. 

Pelo que se vê nos cartazes do Chega, e se ouve nas declarações dos seus deputados, parecerem ser os únicos que lutam contra os criminosos, quer sejam corruptos, quer sejam imigrantes. O presidente do Chega pronunciou nove vezes a frase “encostem-nos à parede” no debate sobre a acção da PSP na referida rua. 

Parece-me que a PSP devia encostar à parede não os cidadãos comuns, comprovadamente pacíficos, mas sim alguns deputados do Chega, ou não seria?»

Mário Pires Miguel, Reboleira

Auditoria foi realizada e apresentada pela consultora Deloitte

Em Setembro de 2023, a Câmara da Figueira da Foz avançou com uma auditoria financeira à dívida do município. A auditoria abrangeu os exercícios compreendidos entre 1998 e 2021, conforme já tinha adiantado o presidente da autarquia, Pedro Santana Lopes, eleito em 2021 pelo grupo de independentes Figueira a Primeira.

Segundo o anúncio publicado no Portal Base, a auditoria foi realizada pela Deloitte & Associados por 69.400 euros, com um prazo de execução de 70 dias.
No início 2023, Santana Lopes tinha anunciado a intenção de a Câmara avançar com uma auditoria à evolução da dívida a partir de 1998, que era uma das suas promessas eleitorais.
“É um trabalho de que não prescindo, de conhecimento, que até pode ser contra mim”, disse, na altura, em sessão de Câmara, o autarca, que já tinha liderado a autarquia figueirense entre 1997 e 2001.
“Por mais que eu peça aos serviços, não consigo ter uma resposta esclarecedora da evolução da dívida, nem há ninguém que me a consiga explicar”, justificou o presidente da Câmara, no início de janeiro de 2023.
Ontem, foi apresentado na reunião de câmara o relatório da auditoria externa à evolução da dívida do Município da Figueira da Foz de 1998 a 2021.

Inteligência normal...

«Miguel Arruda recusa obedecer a Ventura e fica como deputado não-inscrito»

«Este partido não  ha-de cahir porque não é um edificio. Tem que sahir com benzina, porque é uma nodoa!»

Eça de QueirozO Conde d' Abranhos e A Catastrophe, 1.ª ed., Chardron / Lello, Porto, 1925, p. 145. (Adaptação). 

terça-feira, 21 de janeiro de 2025

Empreendedorismo?..

"Limpar Portugal", não é tarefa fácil...
Havia que começar por algum lado...
Deputado do Chega é suspeito de furtar malas nos aeroportos de Lisboa e Ponta Delgada.
Tudo aconteceria nas viagens entre Lisboa e Açores, onde Miguel Arruda vive com a família. André Ventura já reagiu. O presidente do Chega, que ainda está nos EUA, quer reunir-se de urgência com o deputado assim que regressar a Portugal.

A Casa Branca desmontável

Via Público

Gandra d’Almeida: a queda de um “anjo”

«Escândalo com director executivo do SNS afecta a credibilidade da ministra da Saúde e de todo o Governo. Era o primeiro pilar de Ana Paula Martins.»

Assoreamento, um problema antigo do Portinho da Gala

Foto António Agostinho. Mais fotos aqui.

O Portinho da Gala foi inaugurado em 2004.
Há muitos anos que o assoreamento e a falta de manutenção dificultam a actividade das várias dezenas de pescadores de pesca artesanal que têm a sua base logística no Potinho da Gala.
Na edição de hoje do Diário as Beiras, faz mais um alerta.

Santana Lopes não é um Homem livre e sem filiação partidária?..

Pedro Santana Lopes esteve presente no canal Now, no programa Informação Privilegiada na noite de ontem, segunda-feira, e explicou o porquê de ter decidido recandidatar-se à Figueira da Foz, quando era sabido que chegou a falar de uma eventual candidatura à Câmara Municipal de Sintra. Os pormenores, aqui.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2025

Trump, o 47.º Presidente dos EUA

 

Verbas para as freguesias....

Via Diário as Beiras

«A transferência de verbas do Município da Figueira da Foz para as juntas de freguesia, as obras municipais e a cedência de materiais, máquinas e brigadas, nos últimos quatro anos e cômputo geral, têm vindo a ser reforçadas, também devido às propostas da vereação do PS. Os mapas elaborados pelos serviços do município e apresentados pelo vereador do PSD, Ricardo Silva, que integra o executivo camarário FAP/ PSD, numa sessão extraordinária da Assembleia Municipal, sustentaram a trajetória crescente de investimentos nas freguesias.

No entanto, para alguns presidentes de junta do PS os mapas não eram cor-de-rosa. Fernando Lopes (Tavarede), José Coelho, Lavos (PS) e Susana Monteiro (Ferreira-a-Nova) pintaram os quadros apresentados pelo vereador do executivo camarário com tons críticos.»

Tenente-Coronel, médico, António João Sant’Anna Gandra Leite d’Almeida

"Louvo, por proposta da Ministra da Saúde, Ana Paula Martins, o Tenente-Coronel, médico, 12204597, António João Sant’Anna Gandra Leite d’Almeida, pela forma excecionalmente dedicada e competente, bem como pela nobre conduta, integridade e profissionalismo com que exerceu as suas funções como diretor da Delegação Regional Norte do Instituto Nacional de Emergência Médica entre 2021 e 2024. [...]."

14 de agosto de 2024.  O Ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo.

Mais pormenores, aqui.

domingo, 19 de janeiro de 2025

Era previsível: partidos disputam louros pela criação das 302 novas freguesias — e já cheira a campanha

Público

«Teve um cheirinho a início de campanha eleitoral para as autárquicas, que só se realizam no início do Outono o debate da manhã de ontem sobre a desagregação de 135 uniões de freguesias que dará origem, nas próximas eleições, a 302 novas freguesias, mostrou um despique entre os partidos sobre quem fez mal aos autarcas por fundir freguesias (PSD/ CDS) ou demorar a cumprir a promessa de reverter a fusão (PS), e quem lhes dá agora a mão permitindo que cumpram o seu desejo de separação (todos os partidos à excepção da IL). 
Como se esperava, a lei com as regras para o processo de separação e a respectiva lista foi aprovada com os votos a favor do PSD, PS, Bloco, PCP, Livre, CDS e PAN, apesar do voto contra da IL e da abstenção do Chega. O PCP não conseguiu sequer levar à votação as 53 propostas de alteração que fizera ao diploma para tentar incluir na lista outras tantas uniões de freguesias recusadas por não cumprirem alguns critérios legais como o número mínimo de eleitores, o prazo para a decisão da assembleia municipal ou não se traduzir numa reposição total das freguesias fundidas em 2013 — acabaram retiradas do guião por proposta da IL e apoio da maioria dos partirdos.
Da esquerda à direita, com centenas de cidadãos a assistir nas galerias (vindos em excursões promovidas pelas freguesias), os partidos cavalgaram o seu contributo para fazer valer a vontade das populações que, ao contrário de 2013, agora tiveram a palavra primordial a dizer no processo de desagregação. E se à esquerda todos criticaram a chamada lei Relvas (que em 2013 fez a reorganização administrativa do território e reduziu 1168 freguesias por fusão ou agregação), o PSD justificou a sua decisão de então colocando o ónus da lei Relvas no PS. “Não foi o Governo de Pedro Passos Coelho que tomou a iniciativa de fazer uma reorganização administrativa. Foi o Governo de José Sócrates que sugeriu à troika a agregação de freguesias e a incluiu no memorando [era, de facto, o ponto 3.44 do documento]”, recordou a social-democrata Olga Freire. A reforma foi “feita a régua e esquadro” e “não foi perfeita”, admitiu. Lembrou que os socialistas prometeram a reversão durante oito anos mas nada fizeram, o que lhe permitiu piscar o olho ao eleitorado por ser pela mão do PSD que ela se fará — “o PSD leva muito a sério o poder local e está a resolver os problemas.”
A referência a Passos haveria de servir de arma à líder parlamentar da IL, que rompeu com a unanimidade dos elogios às freguesias. “Todos os partidos são cúmplices” por “voltarem a 2013, criarem mais Estado e pior Estado. Em vez de resolverem os problemas reais da população, multiplicam freguesias, cargos, burocracia (...) e mais lugares para distribuir.” O PSD de Luís Montenegro quer “satisfazer o seu aparelho e governar contra o PSD de Passos Coelho”, assim como o PS; o Bloco, o PAN e o Livre porque “querem aumentar a máquina do Estado”; e o PCP “tenta sobreviver indo mais além” ao querer que se possa desagregar todas as uniões que o pretendam, disse Mariana Leitão
Fotos: Figueira na Hora

O comportamento dos políticos e dos partidos, tem contribuído para que os cidadãos se afastem da política. 
O que se passou em outubro de 2012 foi mau. 
Os cidadãos, na Figueira e no País, não se afastaram da política - foram sendo afastados.
Em Janeiro de 2025, nada foi dierente.
Reformas político-administrativas coerentes e sérias, a meu ver, só se justificam quando ocorrem três condições fundamentais: necessidade comprovada de reforma (através do resultado de trabalhos científicos, do debate e acção política e de comparações/imposições internacionais), existência de tempo e de recursos para promover a reforma mais adequada às circunstâncias e, finalmente, vontade de promover a reforma por uma via democrática no referencial constitucional em vigor.
Termino com uma citação: como diria Sá Carneiro “a política sem alma é uma chatice, sem ética é uma vergonha”...

sábado, 18 de janeiro de 2025

Reposição de freguesias: lá lixámos a "troika" à custa dos mesmos de sempre - "o mexilhão"...

Ontem, no Distrito de Coimbra, o Parlamento aprovou a reposição de freguesias nos concelhos de Cantanhede, Figueira da Foz, Lousã, Mealhada e Oliveira do Hospital.
No nosso concelho, 𝗕𝗿𝗲𝗻𝗵𝗮, Buarcos, 𝗦𝗮𝗻𝘁𝗮𝗻𝗮 𝗲 𝗦𝗮̃𝗼 𝗝𝘂𝗹𝗶𝗮̃𝗼 𝘃𝗼𝗹𝘁𝗮𝗺 𝗮 𝘀𝗲𝗿 𝗳𝗿𝗲𝗴𝘂𝗲𝘀𝗶𝗮s.
O presidente da ANAFRE, Jorge Veloso acredita que agora a qualidade de vida daquelas populações “aumentará e muito”, salientando que “a proximidade é um fator muito importante para que as pessoas se sintam bem, se sintam apoiadas”. Apesar de sair satisfeito da Assembleia da Republica, referiu que o processo de desagregação “não terminou”. A Lei-quadro existe e muitos mais processos vão aparecer para desagregação. 
E pronto: mestres como somos nas artes do engano, aproveitámos uma singularidade nacional: a existência de dois níveis de poder local para em 2013, ludibriar troika — ao mesmo tempoe lixámos o mexilhão nacional, o mais desprotegido dos mexilhões: as pobres freguesias, nomeadamente as de “territórios de baixa densidade”.

1ª. página de 10 de outubro de 2012. Para ver melhor clicar na imagem.

Miguel Almeida estás perdoado
.
Recuemos à edição do Diário as Beiras de 10 de Outubro de 2012.
“Os presidentes das 18 juntas do concelho da Figueira da Foz sempre foram solidários uns com os outros quando estavam em causa situações que afectassem o conjunto ou alguns dos seus elementos. Na sessão da Assembleia Municipal da passada segunda-feira, porém, essa solidariedade foi quebrada, quando os autarcas do PSD e da Figueira 100% mais os independentes José Elísio (Lavos) e Carlos Simão (S. Pedro) se colocaram ao lado dos sociais-democratas e do movimento independente.”
Jot´Alves, (edição impressa)…

Passados 2 dias, em 12 de outubro de 2012, Miguel Almeida, com a colaboração do Movimento 100% e o alheamento do PS,  impôs às freguesias figueirenses, não uma reforma político-administrativa, mas, apenas um conjunto de alterações avulsas, coercivas e apressadamente gizadas, feitas à medida do chamado plano de reajustamento, ou Memorando de Entendimento (ME), celebrado pelo estado português sob a batuta do governo socialista de Sócrates com a Troika (FMI, CE e BCE), e com o acordo do PSD e CDS-PP.
Recordemos.
A Assembleia Municipal votou o novo mapa das freguesias.
Foi aprovada a proposta conjunta apresentada pelo PSD, Figueira 100%,  Presidente da junta de freguesia de S. Pedro (Carlos Simão) e Presidente da junta de Lavos (José Elísio).
A  extinção das Freguesias de S. Julião, Brenha, Borda do Campo e Santana foi aprovada com os votos contra do PS, da CDU e da presidente da junta de freguesia de Santana (PSD).
O presidente da junta de freguesia de Tavarede (PS) absteve-se.
Ficou assim a votação: 22 votos a favor; 19 contra; e 1 abstenção.
Resultado:
BUARCOS  AGREGOU S. JULIÃO;
ALHADAS AGREGOU BRENHA;
PAIÃO AGREGOU BORDA DO CAMPO;
FERREIRA A NOVA AGREGOU SANTANA.

A minha posição é a de sempre.
Não sou  defensor de que tudo, nomeadamente no que concerne às organizações humanas, é eterno.
Daí, encarar como perfeitamente natural reformas dos sistemas político-administrativos. Contudo, essas reformas, a meu ver, têm de assentar em estudos fundamentados e tendo em conta a realidade.
Reformas político-administrativas coerentes e sérias, só se justificam quando ocorrem três condições fundamentais: necessidade comprovada de reforma (através do resultado de trabalhos científicos, do debate e acção política e de comparações/imposições internacionais), existência de tempo e de recursos para promover a reforma mais adequada às circunstâncias e, finalmente, vontade de promover a reforma por uma via democrática no referencial constitucional em vigor.
Em 2012, creio que não será estultícia apontar que não se verificou nenhuma das três condições formuladas (salvo a imposição da Troika, que não foi coisa pouca).
Espero que em Janeiro de 2025 isso tenha acontecido.

Na Figueira, tal como de um modo geral no resto do País, o  comportamento dos políticos e dos partidos, tem contribuído para que os cidadãos se afastem da política. 
O que se passou em outubro de 2012 foi mau. 
Os cidadãos, na Figueira e no País, não se afastaram da política - foram sendo afastados.
Espero que Janeiro de 2025 tenha contribuido para ser dierente.
Termino com uma citação: como diria Sá Carneiro “a política sem alma é uma chatice, sem ética é uma vergonha”...