quarta-feira, 27 de maio de 2015

O problema não é de linguagem, o problema é a falta de coerência na atitude...

“Alguém disse que “a única coisa constante na vida é a mudança”. Pena que muitos de nós só se dão conta desta realidade, às vezes muito tarde na vida. Muitas vezes, mesmo muito tarde. Laborar no passado é um erro que não conduz a lado nenhum. Dele deveremos aprender as lições que nos permitam no presente projectar o futuro. De uma forma dinâmica, isto é, mudando, mudando sempre… mas para melhor, como disse Winston Churchill. Ora, não é possível mudar a olhar para trás. Nem é possível dar cobertura a uma reivindicação justa com argumentos de retorno a um passado que passou. Vem isto a propósito da petição pública posta a circular acerca da limpeza do areal da praia da Figueira. Nada mais justo, como justo será exigir manter limpa toda a cidade e todas as praias e o resto do concelho. Mas não com argumentos de retorno ao passado. “Conferir aquela imagem que a mesma sempre apresentou” parece justo, mas qualificá-la com argumentos do passado é esquecer que, tal como nós, a praia também mudou. Já não é a mesma. Como a Figueira não é a mesma. E, das duas uma: ou estudamos a possibilidade de trazer “o mar à cidade”, e, concomitantemente a areia às praias do sul, ou aceitamos que, com limpeza ou sem ela, se mantenha o extenso areal. Com ou sem projecto. Sei que a questão é muito mais complexa. Por isso deve ser amplamente discutida. Será que alguém quer mudar para melhor?”

Depois de ler a crónica de hoje publicada pelo eng. Daniel Santos  no jornal AS BEIRAS, lembrei-me do seguinte:       
1. No fim de semana passado, como a foto sacada daqui mostra, o nacional de Enduro teve uma jornada na nossa cidade. Os pilotos estiveram  mesmo na praia da Claridade, onde foi  traçado o “Enduro Test” (6 Km).
2.No princípio deste mês de maio, no mesmo local, tivemos "um dákar de pacóvios".

Fica a pergunta:
Como é que o presidente da Câmara, João Ataíde, pode garantir  que a autarquia continua a preservar a vegetação da praia, alegando que esta opção está tecnicamente sustentada, se não se opõe à realização de iniciativas como as acima citadas num local que está em processo de renaturalização?
O problema não é a linguagem, o problema é a atitude.
Qualquer dia acordamos todos com a cara enterrada no matagal da praia da Calamidade...

3 comentários:

Anónimo disse...

Não limpem agora a praia pelo menos deixem-me acabar o livro que estou a escrever e se chama :
Os tomates que me hão-de guiar um dia.

Anónimo disse...

CREDIBILIDADE!
É a chave!
E anda muito falha na vida política portuguesa.

Anónimo disse...

Esta de dizerem que querem preservar a vegetação na praia e depois autorizarem lá essas iniciativas realmente apetece-me ficar calado senão rebento.
Um abraço