segunda-feira, 25 de maio de 2015

Algo de novo: PDR coloca "Portugal à gargalhada"!..

Os ânimos exaltaram-se, Marinho Pinto mandou suspender as votações e falou de um "assalto" ao partido por uma "multidão de uma confissão religiosa".
“Vieram de autocarro, gente que não estava inscrita, roubaram fichas que estavam aqui espalhadas pelos balcões e puseram-se na fila para votar. Tínhamos molhadas de papéis em cima da mesa que desapareceram de repente”, explica, a olhar para todos os lados, e sem querer que o seu nome fosse citado.
“Foi a seguir ao almoço. Eram hordas da Igreja Maná”, continua, assertivo. Mas de repente cala-se. Um grupo de três pessoas que estava ali perto, chega-se ao balcão e pergunta: “Está tudo bem? Estão a olhar torto para nós? Pagamos impostos, temos os nossos direitos”, fala a rapariga loira, para logo desaparecer de vista.
“Está a ver? São estes. Todos brasileiros”, murmura o homem. E depois justifica a aparente falta de organização: “Somos um partido novo, estavam aqui as coisas todas à vista, as caixas, e olhe, agora está tudo cancelado”. Ri-se, meio nervoso, enquanto atende uma outra senhora que se dirige ao balcão: “Não é aqui que existe uma exposição de quadros?”
Não. Aqui, no Fórum Lisboa, decorre a primeira Assembleia de Filiados do Partido Democrático Republicano, que de manhã havia eleito, sem margem para dúvidas, Marinho Pinto como presidente. 494 votos a favor, 7 votos em branco, 3 nulos e zero votos contra.
Alexandre Almeida, antigo militante do MPT (Partido da Terra), que elegeu Marinho Pinto como deputado ao parlamento europeu, decidiu apresentar uma lista concorrente ao conselho nacional do partido. Pouco tempo antes de as votações se iniciarem, começaram a aparecer várias pessoas que se inscreveram e receberam uma credencial. Dirigiram-se então para as mesas de voto.

E esta é a segunda versão do que aconteceu, pela voz de Alexandre Almeida e Luciana Almeida, mulher do candidato. “Eu sou aqui o palhaço de serviço”, disse logo assim de rajada o antigo companheiro de partido de Marinho Pinto. “Apresentei uma lista ao conselho nacional, íamos ter uma excelente votação. Quando perceberam que a coisa não estava a correr bem…” Luciana interrompe. “Ele falou de uma cambada de brasileiros de uma determinada religião. Mas eu tenho de dizer qual é a minha religião para votar? Sou filiada desde 20 de Janeiro.” Luciana é brasileira e trouxe familiares e amigos que se inscreveram para votar.
Mas autocarros, não. “Eu vim de autocarro, mas de autocarro da Carris, que sou aqui de Lisboa”, diz Alexandre Almeida.
Perante a quantidade de pessoas que se juntava às filas para votar, e alegando a estranheza de tantas caras que nunca ninguém do partido tinha visto, Marinho Pinto foi avisado. Imediatamente saiu de dentro da sala do Fórum Lisboa. “Vieram avisar-me e eu vim ver. Fui ao serviço e disse «parem aqui a votação», dirigi-me à presidente da mesa e mandei suspender”, conta ao Observador.
Marinho Pinto é, a partir de ontem, o presidente do Partido Democrático Republicano. 
Um partido com um presidente, sem conselho nacional e com uma confusão de filiados.

1 comentário:

A Arte de Furtar disse...

A sobrevivência política de Marinho Pinto atesta que os eleitores, afinal, querem é políticos piores do que os dos partidos tradicionais.
E ficámos todos muito surpreendidos, não é verdade?
Calma malta! O pior ainda está para vir...