segunda-feira, 31 de outubro de 2022

Caos e violência: talibãs de Bolsonaro pedem golpe de Estado

"A recuperação da Lagoa da Vela, de vez em quando vem à baila"...

A Lagoa da Vela, situada em Bom Sucesso, Figueira da Foz, está abandonada, poluída e assoreada há décadas. A morte de peixes é habitual.  Uma dádiva da natureza, que apenas precisava de ter sido cuidada ao longo dos anos, continua a definhar. 

Recordem-se algumas promessas.
Em 2010, o presidente da Câmara da Figueira da Foz, João Ataíde, defendia que a requalificação da lagoa da Vela devia ser liderada pelo município, junta de freguesia do Bom Sucesso e Administração da Região Hidrográfica do Centro (ARHC).
Em Junho de 2016 já  "os dois bares da Lagoa da Vela estavam encerrados há vários anos".
As promessas têm sido muitas. Por exemplo, em Dezembro de 2017  "a Câmara da Figueira da Foz tinha em curso um conjunto de diligências destinadas a promover a reabilitação da Lagoa da Vela..." 
Até agora, nada de concreto, a não ser em Junho de 2018 o anuncio, via DIÁRIO AS BEIRAS, de um estudo adjudicado à Associação Portuguesa de Vida Selvagem, no valor de 17 mil euros, por ajuste directo, para determinar que tipo de intervenção terá de ser feita na Lagoa da Vela. Na altura, segundo o vereador Miguel Pereira,  “o ajuste directo foi justificado com o facto de se tratar de uma equipa científica de renome nacional e internacional”.  
Nos últimos dez anos, sobrou a propaganda da câmara.

Recorde-se ainda um extracto de um comunicado do PSD datado de 1 de novembro de 2018: "Em Outubro de 2017, a Figueira da Foz teve uma enorme “Perda Ambiental” na “Mata Nacional das Dunas de Quiaios” e zona envolvente à “Lagoa da Vela”.
Depois do Incêndio de 2017, apenas temos assistido promessas, a preocupação é tanta com reflorestação que Câmara Municipal tinha inscrito em Plano e Orçamento para 2019 para “Requalificação das Lagoas e Serra Boa Viagem apenas 100 €.”
Pelo exposto, o PSD concluía na altura: "qualquer cidadão consegue ver a falta de sensibilidade em matéria ambiental, por parte de quem está à frente do destino deste concelho, que se encontra completamente à deriva..."

Entretanto as Lagoas, uma dádiva da natureza, que apenas precisavam de terem sido cuidadas ao longo dos anos,  continuam a definhar...
De vez em quando - e ainda bem - são assunto nas páginas dos jornais. 
Como acontece na edição de hoje do Diário as Beiras.

E o vencedor foi...

Luiz Inácio Lula da Silva.
“Nós não enfrentamos um adversário, um candidato, nós enfrentamos a máquina do Estado colocada ao serviço do candidato da situação para tentar evitar que ganhássemos"
"É hora de baixar as armas que jamais deveriam ter sido empunhadas, armas matam e nós escolhemos a vida".


Tavarede vai celebrar o S. Martinho

A freguesia de Tavarede vai celebrar o S. Martinho, nos próximos dias 6, 11 e 13 de novembro. 
As festividades costumam atrair a Tavarede pessoas de vários lugares do concelho da Figueira da Foz.
Os eventos para comemorar esta tradição são os seguintes: cortejo e leilão de oferendas, com a participação de coletividades das localidades, cujas receitas são aplicadas na conservação da igreja matriz de Tavarede, e por celebrações religiosas.  
O cortejo de oferendas realiza-se no dia 6, pelas 14H00, com partida em Frente às instalações da Junta de Tavarede, seguindo para o Paço de Tavarede e o largo da Igreja. No dia 11, pelas 21H00, há oração comunitária, na igreja matriz. No último dia das Festa de S. Marinho, pelas 15H00, celebra-se uma missa solene, seguida de procissão, acompanhada pela Tuna de Tavarede.

domingo, 30 de outubro de 2022

Está eleito o novo presidente do Brasil

"Lula da Silva foi eleito para um terceiro mandato como presidente do Brasil ao vencer o presidente Jair Bolsonaro neste domingo".

Onde nos levam os caminhos

Miguel de Carvalho, engenheiro geólogo, que "por não ter paciência para aturar patrões", se tornou "num operário do papel", livreiro, editor e poeta da Figueira da Foz, que se enamorou dos surrealistas, numa interessante conversa com Fernando Alves, sobre livros e outras coisas.
 
Para ouvir, clicar aqui
São 43 minutos e 48 segundos que valem a pena.

Se Isaltino garante alguém pode duvidar?..

Isaltino Morais garante que "não há fundamento" para dizer que o município foi lesado.

O autarca de Oeiras, na primeira reação à acusação do Ministério Público que o acusa de incorrer num crime de prevaricação de titular de cargo político, depois ter lesado o município a que preside com a constituição de Parcerias Público-privadas (PPP) com duas sociedades de construção civil "garante a sua inocência".

Em declarações aos jornalistas, o autarca disse não estar “arrependido”. 
“Os factos datam de 2007. As parcerias público-privadas estavam na moda. A Câmara de Oeiras alinhou nessa moda, juntamente com outras câmaras municipais. 
Não estou nada arrependido porque estão duas escolas construídas e dois lares de terceira idade também”.

Uma inutilidade chamada AO90...

"Não falo nem espanhol, nem portunhol".
Esta, foi a resposta de Bolsonaro a um jornalista português! 
O que espera Portugal para se libertar do A090, esse  aborto ortográfico que se criou com o sonho de reforçar uma homologia linguística entre os dois países?
Se esta, como sublinhou o ainda presidente do regime democrático brasileiro não existe, para que serve o AO90 que, na prática, obrigou os portugueses a amputar a nossa ortografia?

sábado, 29 de outubro de 2022

Entre o que se anuncia e o que se concretiza convém esperar sentado...

Na passada quarta-feira, António Costa anunciou que o sector da distribuição, terá os seus lucros extraordinários tributados. 
Confrontado por Mariana Mortágua no dia seguinte, quinta-feira, Fernando Medina não explicou como vai o Governo aplicar a medida.
A decisão de taxar os lucros excessivos das grandes empesas de distribuição, entre outras que estão a lucrar fabulosamente com a guerra, é uma medida oportuna e justa. Todavia, com António Costa o melhor é esperar para ver: não vá mais um anúncio ser esvaziado na realidade.

Miguel Figueira, "um activista com um percurso de relacionado com o mar"

 Via Diário as Beiras

sexta-feira, 28 de outubro de 2022

É o valor mais elevado desde maio de 1992, revela o Instituto Nacional de Estatística (INE)

Inflação atinge 10,2% em outubro
É o valor mais elevado desde maio de 1992, revela o Instituto Nacional de Estatística (INE).
"Tendo por base a informação já apurada, a taxa de variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) terá aumentado para 10,2% em outubro, taxa superior em 0,9 pontos percentuais (p.p.) à observada no mês anterior e a mais elevada desde maio de 1992", refere o INE em comunicado.

De acordo com o Instituto Nacional de Estatística, o "indicador de inflação subjacente (índice total excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos) terá registado uma variação de 7,1% (6,9% no mês anterior), taxa mais elevada desde janeiro de 1994".

"Estima-se que a taxa de variação homóloga do índice relativo aos produtos energéticos terá aumentado para 27,6% (taxa superior em 5,4 p.p. face ao mês precedente, destacando-se os aumentos de preços do gás natural), enquanto o índice referente aos produtos alimentares não transformados terá apresentado uma variação de 18,9% (16,9% em setembro), taxa mais elevada desde junho de 1990", lê-se ainda na nota.

Inflação tem impacto orçamental nas obras municipais

 Via Diário as Beiras

O actual Passos Coelho a imitar o antecessor: "Orçamento do Estado para 2023 um conjunto de truques, ilusões e propaganda"...

Sem surpresas, a proposta de Orçamento do Estado para 2023 foi ontem aprovada na generalidade. Para isso, apenas precisava de um voto do PS, que detém a maioria dos deputados na Assembleia da República. Contudo, ainda houve a ajuda extra das abstenções dos deputados únicos do PAN e do Livre.

Essa era a única incógnita, já que se sabia à partida que as bancadas do PSD, Chega, Iniciativa Liberal, PCP e BE iam votar contra.

  • Segue-se a apreciação em comissão na especialidade da proposta de Orçamento do Estado esta sexta-feira, 28 de outubro, iniciando-se com a audição do Tribunal de Contas, o secretário de Estado dos Assuntos Europeus e a ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares

  • Nas semanas seguintes haverá mais audições a vários ministros e outras entidades.

  • Em 11 de novembro realiza-se, pelas 15:00, a audição final do ministro das Finanças e às 18:00 termina o prazo para a apresentação de propostas de alteração ao diploma do Governo pelos partidos.

  • A discussão do documento na especialidade em plenário arranca em 21 de novembro estendendo-se por toda a semana.

  • O calendário acertado em conferência de líderes prevê que a redação final do documento seja fixada em 14 de dezembro. Só depois disso é que a proposta pode ser enviada para apreciação do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

Benefícios fiscais: a contenção orçamental não é para todos?

"Enquanto se insiste em conter a despesa pública com aumentos salariais e medidas de apoio às famílias para fazer face à crise, o Governo não parece ter a mesma preocupação em conter a despesa fiscal. De acordo com as contas do Conselho de Finanças Públicas (CFP), a receita não cobrada de IRS vai voltar a aumentar em 2023, sobretudo devido ao regime de benefícios fiscais para residentes não habituais.

O regime para residentes não habituais oferece taxas reduzidas de IRS às pensões de reforma (10%) e aos rendimentos do trabalho (20%) para cidadãos estrangeiros ou a cidadãos portugueses que tenham estado emigrados por mais de 5 anos, ao invés das taxas progressivas aplicadas aos restantes cidadãos do país. O custo deste benefício tem vindo a crescer todos os anos, atingindo os 931 milhões de euros em 2021, de acordo com o relatório da Autoridade Tributária. E parece que não vai ficar por aqui: "Entre 2020 e 2023, a despesa fiscal em sede de IRS deverá aumentar 1062 M€ (68,6%). Este crescimento expressivo ficará a dever-se, essencialmente, ao regime de tributação destinado aos residentes não habituais", lê-se no relatório do CFP.

A principal justificação para a criação deste regime é a de que permitiria captar quadros qualificados e promover profissões de maior valor acrescentado no país. Mas isso nunca se verificou: a maioria dos beneficiários são pensionistas e, em 2019, só 8% tinha trabalho qualificado. Além disso, o regime constitui um tratamento desigual face aos salários e pensões dos residentes em Portugal e pode ajudar a explicar uma parte da bolha imobiliária nas cidades (não por acaso, o "eldorado fiscal" português é elogiado em sites como o Idealista)."

Para continuar a ler clicar aqui.

PCP saúda desagregação de freguesias



A Comissão Concelhia da Figueira da Foz do PCP, através de um nota de imprensa enviada aos órgãos de comunicação social, “saúda as decisões recentemente tomadas nas Assembleias de Freguesia das Alhadas, Buarcos e São Julião e Quiaios no sentido da reconstituição das seculares Freguesias de Brenha e de São Julião, extintas há cerca de 10 anos, e pelas quais o PCP e a CDU sempre se bateram”

Os comunistas sublinham que, “neste processo, é de realçar a mobilização da população de Brenha em torno da comissão de luta constituída” para o efeito.

quinta-feira, 27 de outubro de 2022

Costa fala em "brutal" perda de poder de compra em resultado de inflação importada

"António Costa assumiu esta posição no final da segunda ronda de perguntas no debate na generalidade da proposta de Orçamento para 2023, em que respondeu apenas a parte das 17 intervenções antes proferidas: sete do PS, seis do PSD, duas do Chega, uma do Bloco de Esquerda e uma do PCP."

"Fica o comentário do economista Jorge Bateira na Antena Aberta (a partir do minuto 11:38) sobre o Orçamento do Estado para 2023."
O plenário da Assembleia da República conclui esta quinta-feira o debate da proposta de Orçamento do Estado para o próximo ano, seguindo-se a votação na generalidade. A aprovação é garantida pela maioria absoluta socialista. Acompanhe aqui a sessão.

Segundo a vereadora Olga Brás, não são conhecidos casos de tráfico de seres humanos no concelho

 Via Diário as Beiras

16.º Festival Internacional de Xadrez da Figueira da Foz realiza-se de 5 a 13 de novembro

Via Diário as Beiras

OE. "Milagre" da redução do défice e da dívida à custa dos portugueses

«O alerta é dado por Eugénio Rosa
“Redução do poder de compra dos trabalhadores e dos pensionistas, aumento da pobreza, agravamento da situação da escola pública e do SNS, corte drástico no investimento público e aumento enorme das receitas de impostos”
é esta a receita do Governo para conseguir o “milagre” da redução do défice e da dívida pública.
Eugénio Rosa, que lembra que o défice orçamental, entre 2021 e 2022, passa de 2,9% Produto Interno Bruto (PIB) para -1,9% do PIB e em 2023 para apenas -0,9% PIB. O cenário de queda repete-se na dívida pública que cai de 125,5% do PIB para 115%, entre 2021 e 2022, até chegar aos 110,8%, no próximo ano. 

“Estas reduções são transformadas em grandes feitos, em autênticos “deuses”, a que o país e os portugueses deviam render-se. Querem ser vistos em Bruxelas como os campeões na União Europeia na redução do “tão elevada”  défice e da dívida”, diz o economista, afirmando que essa queda é feita “em tempo curto e em plena crise”, o que no seu entender, irá ter consequências para o país e para os portugueses.»

Direita, Esquerda e Centro.

Maria Isabel Sousa


"Como professora de História, constato que os alunos do 3.º CEB., e mesmo do secundário, têm dificuldade em compreender as diferenças, no espectro político, entre a Direita, a Esquerda e o Centro.

Não obstante, muitos adultos também têm a mesma dificuldade. Mesmo alguns políticos muito conhecidos desconhecem a ortodoxia da génese dos seus partidos, assumindo pertencer a fações políticas de uma ala, quando na sua origem a matriz ideológica não condiz com princípios que defendem. Não é uma discussão fácil…"

Nervos...

“No próximo mandato cá estarei”, disse, na passada segunda-feira ao Diário de Coimbra, Santana Lopes...

Houve logo "quem se enervasse"...

terça-feira, 25 de outubro de 2022

Da série, a "mercearia" figueirense continua a crescer!..

O comércio tradicional foi cilindrado na Figueira e no concelho. Só o Pingo Doce tem três lojas na cidade. O Lidl tem duas, o Jumbo uma, o Continente duas, o Intermarché uma e o E.Leclerc uma. Já tivemos o Minipreço... Para o ano teremos a Mercadona.

Perante a vaga de novas superfícies, têm-se levantado vozes contra, fazendo coro com os poucos comerciantes locais que ainda vão resistindo. Os contestatários questionam a equação sobre os postos de trabalho gerados pelos recém-chegados e os que se perdem com o encerramento de espaços comerciais pré-existentes. 
Na opinião pública e publicada figueirense debate-se, também, o impacte urbanístico e ambiental que as novas superfícies produzem nas zonas onde se instalam. 
Por sua vez, a autarquia tem respondido que, ao licenciá-las, limita-se a cumprir a lei.
Em tempos a ACIFF tinha esta posição. Declarações publicadas pelo jornal AS Beiras, feitas por Nuno Lopes, vice-presidente da Associação Comercial e Industrial da Figueira da Foz (ACIFF) para o sector do comércio, em 3 de Agosto de 2017.
O investimento privado na nossa cidade é bem-vindo e necessário. Cria postos de trabalho, aumenta a oferta de produtos e a concorrência estimula a melhoria da prestação dos serviços. “Enquanto defensora do comércio de proximidade, a ACIFF defende que estes investimentos deviam ser realizados na Baixa da cidade, contribuindo para o desenvolvimento do seu tecido empresarial e repovoamento das zonas históricas”.
No seu ponto de vista,  “a instalação de grandes superfícies na periferia origina a dispersão dos consumidores, não contribuindo para o aumento da habitabilidade dos centros urbanos, que, na nossa opinião, passa por uma aposta clara na revitalização do comércio e recuperação imobiliária”. 

Ontem, foi assinado o contrato...

Pedro Santana Lopes, Presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz.

“É escusado sublinhar a importância da assinatura deste protocolo enquanto garante de afirmação das condições tidas como necessárias e indispensáveis para que o Porto da Figueira materialize, finalmente, os seus propósitos e objetivos em prol do desenvolvimento e da segurança tão reclamados desde há muito. Que através dele as dragagens se tornem um costume e não uma esporádica realidade, na certeza de que para a administração há pouco empossada este seja o Porto da Figueira da Foz e não de Aveiro- Figueira da Foz”.

Imagem via Diário as Beiras

Populismo... E assim se vai desfazendo um País

"Depois de Guimarães Pinto ter saído para dar lugar a um novo rosto que comunicasse melhor, Cotrim Figueiredo também abandona a liderança da Iniciativa Liberal para dar lugar a protagonistas mais populares."
Recordando Vasco Pulido Valente.
«O populismo é, em substância, uma doutrina ou uma prática política que nega ou tenta enfraquecer o princípio da representação. O populismo promete ao "homem da rua" ou às "bases do partido" (ao povo numa variante ou noutra) o exercício directo do poder.»
A base do argumento de Vasco Pulido Valente é algo pernicioso.
Como, por exemplo, ligação directa do chefe ao país real”
Essa ligação, liberta o chefe de qualquer programa ou obrigação programática, porque tudo passa a depender da vontade do chefe, em ligação privilegiada à vontade do povo.
Francisco Pinto Balsemão, já lá vão muitos anos, num programa de televisão (penso que num Prós e Contras) afirmou-se  satisfeito pelo sistema político português congregar  um número assinalável de profissionais da política.
E foi aqui que chegámos. Marques Mendes é o quê, senão um profissional da política? Sócrates, foi o quê? Costa é quê? Montenegro é o quê? Passos Coelho é o quê? E por aí adiante...
O que dizer da governamentalização do sistema político, com subalternização do Parlamento, como se tem visto em Portugal? E que dizer do modo como se escolhem deputados e comissários vários? 
Isto é o quê? A democracia avançada do século XXI?
Assim se foi desfazendo um país. 
Porém, embora com lugar de destaque para os políticos "que desprezam a coerência e que, muitas vezes, não têm sequer formação para os lugares que ocupam", a culpa acabou por ser um pouco de todos nós.

Surto de covid-19 no grupo parlamentar do PSD

"Vários deputados e funcionários ligados ao grupo parlamentar do PSD na Assembleia da República estão infetados com covid-19. O número de infetados não é certo e só será apurado terça-feira de manhã. Para já, ao JN, o partido confirma "alguns casos".

O JN sabe que os primeiros casos de infeção surgiram na semana passada e, desde então, vários deputados e funcionários do grupo parlamentar têm testado positivo para SARS-CoV-2. O "Expresso" avança que são pelo menos nove casos, mas podem ser mais."

segunda-feira, 24 de outubro de 2022

Rosa Oliveira nas Terças com Poesia

"A sala de exposições do Museu Municipal Santos Rocha, onde se encontra actualmente patente a exposição «João Reis 1889-1982 | A intuição da Pintura», foi o local escolhido para a próxima sessão de «Terças com Poesia», que se realiza amanhã, dia 25 de outubro, pelas 21h30, e que terá como convidada a poetisa Rosa Oliveira.
A iniciativa é dirigida ao público em geral, tem entrada livre, mas encontra-se sujeita à lotação da sala."

Um político sabe que palavra dada tem de ser palavra honrada...

« No próximo mandato cá estarei”, assegura Santana Lopes ao Diário de Coimbra, disposto a levar o concelho rumo ao futuro»...

Imigrantes contribuem para o aumento da população na Marinha das Ondas

Via Diário as Beiras
«Em poucos anos, a população imigrante duplicou na Marinha das Ondas, de 10 por cento para 20 por cento. 
Neste momento, segundo as estimativas do presidente da junta, José Alberto Susana, serão cerca de 600 os estrangeiros que ali residem, a maioria asiáticos e trabalhadores na indústria e outros setores onde falta mão de obra portuguesa. De acordo com os Censos mais recentes, a freguesia tem 3180 habitantes. Todavia, se os imigrantes contribuem para a laboração de empresas, para o aumento das receitas da Segurança Social, para a economia local e para o equilíbrio demográfico, a chegada de estrangeiros agudizou a falta de habitação para arrendar. Este problema acaba por promover a sobrelotação das casas arrendadas, onde, em algumas delas, habitam várias famílias, já que também na Marinha das Ondas as rendas não são acessíveis a todas as carteiras. 
“Havia muitas casas devolutas que, entretanto, foram reabilitadas e onde estão muitos imigrantes a viver. Por outro lado, estamos a trabalhar com a Câmara da Figueira da Foz para que seja construída na freguesia habitação pública a custos controlados, que não será habitação social”, adiantou José Alberto Susana. 
Por sua vez, a Extensão de Saúde da Marinha das Ondas deverá reabrir em breve. Encerrada para reabilitação, as obras estão concluídas, faltando, apenas, instalar a central telefónica, afirmou o autarca marinhense. Quando a empreitada foi iniciada, não havia tantos residentes na freguesia como há hoje, com a chegada de novos imigrantes. José Alberto Susana antevê que o equipamento não terá recursos humanos suficientes para a procura. Caso se confirmem os seus receios, apontou, haverá utentes que terão de se deslocar ao Paião, a Lavos ou a São Pedro, onde os marinhenses estão a ser atendidos desde o início das obras de remodelação da sua Extensão de Saúde.»

Décimo primeiro encontro de Filarmónicas da Sociedade Boa União Alhadense

 Via Diário as Beiras

Discutir salários com o patrão é falta de educação

- assim se ensina na faculdade

«Portugal assiste há duas décadas, de forma quase ininterrupta, a uma transferência de rendimento do trabalho para o capital. Os determinantes são múltiplos. Mas o inculcar de uma cultura de submissão, de comer e calar, das empresas que falam de "amor à camisola" para engordar acionistas enquanto os jovens trabalhadores nem dinheiro têm para a renda, é certamente também um deles. 

No âmbito da sua feira de emprego, o ISEG coloca um conselho a negrito onde previne  os estudantes: "não abordes questões salariais!" (ver imagem acima e aqui). 

Para esta faculdade, discutir salários é feio, é falta de educação. E os estudantes, num processo infantilização em curso, são "aconselhados" a não serem mal-educados. 

Coisas que os alunos deveriam aprender na faculdade, se esta fosse, como já foi, um veículo emancipatório de transmissão de conhecimento: "num sistema capitalista, os que não detêm meios de produção estão condenados a vender a sua força de trabalho no mercado para garantir a sua subsistência. O salário não é algo indiferente. É o que permite ao trabalhador viver. Afora questões de âmbito tecnológico, que determinam o nível de produtividade numa economia, o salário é sobretudo determinado pelo conflito social num contexto da distribuição de rendimento que advém do processo produtivo. Favorecer um comportamento de submissão à partida é ser conivente com as assimetrias de poder associadas ao trabalho assalariado e assim contribuir para a queda do salário em favor do lucro."

Há quem ache tudo isto normal. Só restam duas interpretações: ou a cumplicidade ou a ausência de noção dos efeitos perversos que este discurso. Nenhuma das opções é positiva.»

domingo, 23 de outubro de 2022

O liberalismo económico nunca existiu

"O que têm em comum a habitação, a floresta ou a rede elétrica? 
A propriedade pública em Portugal é residual ou inexistente. 

Nos países desenvolvidos, a rede elétrica tende a ser pública, o peso da habitação social pode ir dos 17% em França aos 32% na Holanda e não é nada incomum a floresta nas mãos do Estado representar valores significativos, dos 37% nos EUA aos 44% da média europeia. 

O que têm em comum o emprego e o investimento públicos? O seu contributo em Portugal está respectivamente abaixo ou muito abaixo do registado na média dos países desenvolvidos. 

A iniciativa liberal tem décadas, pelo menos desde as “reformas da década” de Cavaco, as das privatizações, desregulamentações e liberalizações, culminando na assinatura de um Tratado de Maastricht que nos iria crucificar numa moeda forte. Tudo assumido com orgulho tecnoliberal em livro de 1995. Tudo aceite e continuado por Guterres e sucessores: das privatizações ao euro, passando por sucessivas rondas de redução dos direitos laborais, para já não falar de austeridade mais ou menos assumida que marca este milénio.

O truque da IL é tão medíocre quanto a falsa liberdade que alardeia: porque sobrevivem, aqui e ali, elementos da economia política de Abril, então o “liberalismo” nunca existiu em Portugal. 

A IL e o Chega, convergentes onde mais conta, querem reforçar o braço direito do Estado: menos Estado social, mais Estado penal. Nunca se trata de mais ou menos Estado, insistimos. O liberalismo económico é simplesmente a ausência de soberania democrática na economia."

Adriano Moreira morreu na manhã deste domingo

A notícia foi avançada pelo “Diário de Notícias” e confirmada pelo CDS, partido que liderou. Advogado, académico e ensaísta, foi ministro do Ultramar no Estado Novo e membro do Conselho de Estado.
Atravessou dois regimes. Foi pioneiro da Ciência Política, em Portugal, como área do saber. Intelectual respeitado, professor influente, autor prolífero, humanista reconhecido, Adriano Moreira completou 100 anos, lúcidos e atentos, no mês passado. Das origens, em Grijó de Vale Benfeito, ao governo de Salazar, à rutura com o ditador e à liderança do CDS, no pós-25 de Abril. 
Recorde a sua vida, num texto publicado na Visão por ocasião do seu centenário.
Protagonista de duas épocas: no governo do Estado Novo, ao lado de Salazar e de Américo Tomás, e em democracia, na liderança do CDS.

Qual será o futuro de Passos Coelho? E o nosso?

Uma foto de Luís Carregã/As Beiras, que mostra um homem que
 gosta  de andar de carro com um livro de Salazar debaixo do cu!..
Hoje, no Diário de Notícias, Paula Sá assina uma peça jornalística com o título: "Passos Coelho. Quo vadis? A gestão do silêncio gera ruído."

Começa assim.
«Marcelo voltou a chamá-lo para a política: "Tem muito a dar". Quem o conhece garante que ninguém sabe o que vai na cabeça do antigo primeiro-ministro. Mas descartar que possa vir a ter um papel no futuro do país é coisa que não fazem. Para já dá aulas e vai seguindo os que o querem dar-lhe um empurrão.
O futuro de Pedro Passos Coelho só ele conhece, mas entre o que faz e já fez e pode vir a fazer há todo um mundo de possibilidades. O DN coloca cinco cenários.»
A saber:
"1 - Professor universitário? Entusiasmo posto nas aulas limita futurologias
(Probabilidade elevada)
2 -Gestor? Voltar às empresas seria "sinal que tinha desistido"
(Probabilidade muito reduzida)
 3 - Cargo internacional? Mais depressa a Gulbenkian do que voos no estrangeiro
(Probabilidade reduzida)
4 - Presidente da República? Um fato que todos lhe veem a vestir e a cair bem
(Probabilidade elevada)
5 -Líder do PSD? Se um dia quiser, o PSD estará rendido a seus pés
(Probabilidade média)."

Na peça jornalística (pode ser lida na íntegra no Diário de Notícias), pode ler-se que Passos Coelho "pode falar com 100 pessoas que ninguém lhe vai saber dizer o que Passos pensa fazer".

Discordo. Penso saber - e muito bem -, o que Passos Coelho quer e pensa.
Por exemplo: agora, ao que parece, para Passos Coelho a carga fiscal é insuportável.
Todavia, houve tempo em que portugueses podiam suportá-la. 
É, digamos, um ser que desafia a sinonímia. 
Vive numa bolha onde o ar é rarefeito e tudo está desenhado para que permaneça irrepreensivelmente isolado de contactos com humanos de carne e osso.
Em especial, com os que se servem da sopa dos pobres no Saldanha e os que pernoitam nas arcadas do Terreiro do Paço.
Sempre foi assim. Também no seu tempo de primeiro-ministro.
As caravanas oficiais dos políticos  não param para ver a miséria em que se vive. Se tivessem parado, rapidamente teriam percebido que o importante não era o «ajustamento dos desequilíbrios», mas evitar que o desequilíbrio se apoderado do ajustamento. 

Já passou o tempo suficiente para perceber, apesar de ainda haver muita coisa para ajustar, que tudo isto que continuou a acontecer depois de Passos Coelho, não passa de um assalto ao bolso dos pobres em favor dos grandes interesses e das grandes empresas.
Qualquer dia, quando nos cortarem definitivamente a dignidade, ainda nos dirão que o futuro de tudo isto é o subdesenvolvimento e que o melhor é esquecermos os sonhos de «civilização»
Enquanto o empobrecimento for um problema abstracto, longinquamente reduzido a pano-de-fundo, as elites vão vivendo - e bem. 
Como canta o Sérgio Godinho, "cá vão andando com a cabeça entre as orelhas"
O problema será quando os pobres já não puderem empobrecer mais. Quando não puderem ser ainda mais pobres. 
Aí, «na precariedade de todos os nomes», acabaremos. 
Inexoravelmente.

Esquisito...

É possível que nunca se saiba o que motivou realmente a saída abrupta de Hu Jintao, de 79 anos, da sessão de encerramento do 20.º Congresso do Partido Comunista Chinês, ontem, sábado. Segundo a agência noticiosa oficial Xinhua, foi porque “não se estava a sentir bem”.
«[ex] Presidente Hu Jintao foi escoltado para fora do pódio sob o olhar da mídia na sessão de encerramento do Congresso do Partido Comunista.(...)»