segunda-feira, 17 de novembro de 2025

Será que a maioria dos portugueses "come gelados com a testa"?..

O pacote laboral não foi a votos, porque o PSD considera que ninguém lê os programas eleitoras?!.. 


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António Filipe

A entrevista que ontem deu à CNN tirou-me as últimas dúvidas: é, de longe,  o melhor dos candidatos. Serenidade, honestidade, competência, experiência e sentido de Estado não lhe faltam.
E, acima de tudo, se for eleito, será um autêntico guardião da lei fundamental do País - a Constituição da República Portuguesa.

Eu adoro rir, mas "hoje o candidato Vieira é o caminho mais direto para a ratoeira"...

Miguel Carvalho

"Sim: há uma diferença entre denunciar o grotesco de forma poética e sarcástica e ser o grotesco em versão folha dupla. O primeiro ato não é para todos e o segundo é aquele a quem os farsantes do poder limpam o rabo. Há 30 anos, Mário Viegas soube ser a "pequena palhinha nesta sinistra engrenagem”. Hoje, o candidato Vieira é apenas o caminho mais direto para a ratoeira".
Para ouvir a crónica, clicar aqui.

Os perigos das ferramentas digitais

 Diário as Beiras


quinta-feira, 13 de novembro de 2025

O mar vai ser celebrado este fim de semana no Núcleo Museológico do Mar, em Buarcos

«... no domingo, pelas 16H00, o Núcleo Museológico do Mar exibe o documentário “Mar maior”, de Rui Bela e Senos da Fonseca, gravado para o Canal 1 da RTP. 
A sessão tem entrada livre. 
“Mar maior”, vinca a nota, é “um tributo à pesca à linha do bacalhau e ao espírito de perseverança e resiliência dos pescadores portugueses, muitos naturais do concelho da Figueira da Foz, que enfrentaram tempestades e [outras] condições adversas, mantendo viva uma tradição secular, tendo como cenário as profundezas dos mares da Terra Nova e da Gronelândia”. “O documentário traz à tona segredos de uma vida tão dura quanto perigosa”, acrescenta a nota. E conclui que “apresenta relatos na primeira pessoa do figueirense Adelino Agostinho, cujo testemunho foi gravado e filmado no Núcleo Museológico do Mar, em fevereiro de 2023”.
Via Diário as Beiras (para ver melhor clicar na imagem)

Troika 2.0

«Enquanto Lisboa exibe ao mundo o brilho do Web Summit, fingindo ser o palco do futuro digital, o país está a ser empurrado para a economia do século XIX — uma economia de salários de miséria, turnos intermináveis e gente exausta a sustentar os lucros dos poucos que chegam de Ferrari. 
Chamam-lhe “Trabalho XXI”, mas é a Troika 2.0, e nem sequer precisou de chegar de avião. 
A AD escreve, a IL aplaude, o Chega distrai — e juntos compõem a mais violenta ofensiva contra quem trabalha desde o tempo da troika. 
Prometem “modernizar”, mas o que trazem é exploração:

 


«– 50 horas por semana, disfarçadas de “banco de horas individual”; 
 – contratos a prazo até 5 anos, para eternizar a precariedade; 
 – menos formação, para garantir uma mão-de-obra dócil e barata; 
 – despedimento livre pela porta do cavalo, onde até quem ganha em tribunal perde o direito de voltar ao trabalho; 
 – greves esvaziadas por serviços mínimos automáticos;
– outsourcing sem regras, para trocar trabalhadores com direitos por subcontratados descartáveis. 
Tudo isto num país que cresce acima da média europeia, mas onde o crescimento foi para Ferraris, não para salários. O trabalhador ficou com a inflação, a renda impossível, a casa vendida a fundos, a escola degradada, o hospital sem médicos. E quando o povo acorda e protesta, chamam-lhe “incompreensível”. Quando os sindicatos unem forças, chamam-lhe “greve política”. Quando o povo se defende, dizem-lhe que “a precariedade não é má”. Claro — a precariedade não é má para quem ganha 4000 € e troca de emprego com indemnizações douradas. Mas é destruidora para a mãe que trabalha no retalho, para o operário, para a enfermeira, para o motorista. 
O Chega cumpre a função de sempre: atira pobres contra pobres. Inventam “invasões islâmicas”, “ciganos subsidiodependentes”, “imigrantes criminosos”. Mas o objetivo é claro: primeiro precarizaram os imigrantes, impedindo-os de se legalizar para ficarem presos a intermediários e patrões sem escrúpulos; agora vêm precarizar os portugueses. 
A Iniciativa Liberal embala o discurso com palavras bonitas: “flexibilização”, “escolha do trabalhador”. Mas sem sindicatos, sem rede, sem alternativas, não há escolha — há chantagem. Aceita ou és substituído. E a “flexibilidade” de uns é a servidão dos outros. 
E no meio, a AD — que dizia querer “a economia a crescer como nunca” — apresenta um pacote que destrói tudo o que fez o país resistir à crise: reduz direitos, agrava desigualdades e abre portas a despedimentos em massa. 
CGTP e UGT, unidas — até os sindicatos mais próximos do PSD — chamaram-lhe o que é: a lei final, o fim do trabalho com dignidade. 
E enquanto o Governo legisla o retrocesso, o país distrai-se com eleições de clubes de futebol, reality shows e os espetáculos do populismo. Cada vez que o Chega fala em “burqas”, em “criminalidade”, em “corrupção socialista”, um novo artigo da lei é aprovado para tirar direitos a quem trabalha. Cada vez que a IL fala em “produtividade”, um novo trabalhador é despedido e recontratado como precário. Cada vez que a AD fala em “modernização”, é mais um turno de 12 horas disfarçado de “escolha”. 
Esta é a nova Troika. Não vem da Alemanha. Vem das bancadas da Assembleia da República. E não pensem que isto fica pelo privado. Depois de destroçarem o sector privado, irão atrás dos funcionários públicos, dos professores, dos médicos, dos enfermeiros. Quem trabalha é o alvo. O projeto é claro: um país obediente, cansado, barato, onde o Estado serve os poderosos — nunca os que trabalham.
Um ano e meio bastou. Sem pandemias e sem guerras, rebentaram as finanças, travaram a economia, destruíram a coesão social, pioraram o SNS. 
Um Governo de ilusões e diversões: o que estava mal, piorou; o que estava bem, mal ficou… só ganharam os que já estavam a ganhar. 
Meus caros, votaram com medo de imigrantes, ciganos e burcas? 
Agora que lhes deram o poder que queriam, o alvo são vocês.»
Eduardo Maltez Silva, in Facebook,10/11/2025. 

quarta-feira, 12 de novembro de 2025

Redefinição territorial das freguesias freguesias do Bom Sucesso (Figueira da Foz) e Tocha (Cantanhede) precisa de solução

Via Diário as Beiras (para ver melhor clicar na imagem): "lado figueirense defende que deve ser o povo a decidir a redefinição territorial das duas freguesias".

Época natalícia com espetáculos em diversos espaços do concelho, incluindo igrejas

 Via Diário as Beiras (para ler melhor clicar na imagem)

Estão vazios desde 2021....

Via Diário as Beiras (para ler melhor clicar na imagem)

Avarias constantes da embarcação Carlos Simão não são normais: o que está a acontecer?

Segundo o Município da Figueira da Foz, devido a avaria da embarcação, a travessia fluvial entre as duas margens da foz do Mondego encontra-se  “suspensa por tempo ainda por determinar”.
Entretanto, o serviço é assegurado pelo miniautocarro elétrico “Fozbus”.
Em finais de Setembro de 2020«a Câmara da Figueira da Foz já tinha estudado o assunto e anunciou que iria apresentar a curto prazo uma embarcação elétrica para efetuar transporte de passageiros entre as duas margens do rio Mondego.
Em declarações aos jornalistas, o presidente da autarquia na altura, Dr. Carlos Monteiro, adiantou que o município estava a preparar o processo de aquisição.»
Segundo Carlos Monteiro, trata-se de uma embarcação com painéis fotovoltaicos, com capacidade para 45 a 50 passageiros e transporte de bicicletas, cujo preço ronda os 530 mil euros. 
Veio uma embarcação com lotação para 30 e poucos passageiros e transporte de bicicletas...
“Havendo uma embarcação elétrica, a transição entre margens é muito menos poluente e mais rápida”, sublinhou o autarca, que pretendia ter a embarcação a operar todos os dias. 
O presidente da câmara justificou ainda a aposta nas ligações de barco no Mondego com o facto de o Hospital Distrital da Figueira da Foz, que “tem 800 funcionários”, se encontrar na margem sul da cidade. Depois de ouvir a intenção do autarca, a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, disse que não será “nada difícil incluir” o projeto nas “elegibilidades”, com vista a financiamento. A governante destacou o projeto da Ciclovia do Mondego como um exemplo de coesão e de diminuição do trânsito e da poluição em zonas urbanas. “Esta primeira fase é simbólica e é sinal da aposta deste concelho numa mobilidade de futuro”, salientou a ministra, na inauguração dos primeiros quatro quilómetros da ciclovia no concelho da Figueira da Foz, entre a estação de caminho-de-ferro e Vila Verde, no distrito de Coimbra.»
Os anos passaram. Mudou o presidente de Câmara e no dia 24 de Maio de 2023 realizou-se na Estação Fluvial da Margem Sul – Cabedelo (Figueira da Foz) a cerimónia de Baptismo do Barco Eléctrico que passou a ter o nome do ex Presidente da Junta de Freguesia de São Pedro, Carlos Simão.
A retoma da travessia do Mondego por barco foi um sucesso e foi necessário o reforço com outra embarcação: o Costa Nova que veio de Aveiro.
«As embarcações Carlos Simão e Costa Nova, as duas embarcações que asseguraram a travessia da foz do Rio Mondego nesse verão, uma elétrica e outra com motor de combustão, entre 16 de julho e 30 de novembro de 2023, transportaram 69.744 passageiros.»
O Costa Nova desapareceu e a embarcação Carlos Simão tem tido avarias constantes.
Neste momento, a travessia fluvial entre as duas margens da foz do Mondego encontra-se  “suspensa por tempo ainda por determinar”. 
Alguma coisa está a correr menos bem: tantas avarias numa embarcação com pouco mais de 2 anos de actividade não será algo anormal?..

segunda-feira, 10 de novembro de 2025

“Um trabalhador não pode ser pobre!”

"A não existência no programa eleitoral da AD de uma palavra sobre as medidas gravosas do pacote laboral revela zero transparência democrática. Mas o programa diz: “Um trabalhador não pode ser pobre!”.
Um pacote laboral ao estilo troika merece uma greve geral como na troika Um pacote laboral ao estilo troika merece uma greve geral como na troika.
Opinião de Ana Sá Lopes hoje no jornal Público
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Município pede e agradece "a compreensão dos utentes"

O Município da Figueira da Foz informa que, devido a avaria da embarcação, o serviço de travessia encontra-se suspenso. Será retomado assim que possível.

Promovido pela ACIFF

"estudo destaca que a Figueira da Foz assegura 30,5% do volume das exportações da Região de Coimbra"

Via Diário as Beiras

Paulo de Carvalho em Concerto com as Filarmónicas Quiaense e S.I.R.L. no CAE

SÁBADO | 22 NOVEMBRO 2025 | 21H30 | Preço do bilhete: 15 euros

domingo, 9 de novembro de 2025

... a exploração da doença, esse enorme negócio...

Via UM JEITO MANSO

"Ouço e leio jornalistas a falarem em médicos tarefeiros contratados por empresas e vejo que ainda não perceberam o esquema.

Os médicos, para fugirem aos impostos e, ao mesmo tempo, para conseguirem fazer os horários que lhes apetecer e, cereja em cima do bolo, para não terem que se sujeitar a protocolos, 'serviços mínimos' ou ao que for, formam as suas próprias empresas. São empresas unipessoais, ou quase, e podem estar em nome deles ou das mulheres ou deles e de amigos. Não sei se há estatísticas mas diria que a maioria são empresas unipessoais, empresas com nomes criativos que nada têm a ver com os seus nomes (por exemplo, 'Sol Radiante', 'Plano Azul', 'Bem Sentir', etc.). 

De forma automática, é muito difícil saber qual o médico que está por detrás da dita empresa pois, quando os médicos prestam serviço aos hospitais, ou clínicas, ou lares, 'escondem-se' atrás dos nomes das ditas empresas. Os hospitais, clínicas, lares. etc, pagam a essas empresas, que aparecem como simples fornecedores. Estatisticamente, de forma directa, não se consegue saber de que médicos se está a falar pois não aparecem enquanto tal. O hospital ou a clínica contrata a 'empresa', não o médico.

Na contabilidade e nos sistemas de informação dos hospitais (ou clínicas, ou o que for), ao passo que os médicos do quadro podem ser controlados facilmente -- quanto ganham, quantas horas trabalham, quantas horas extraordinárias fazem, em que escala estão, etc. -- já o mesmo não acontece com os que médicos que 'faz de conta' que são tarefeiros, estando 'escondidos' atrás do nome da empresa. As ditas 'empresas' (que, na prática são os próprios médicos) cobram, e cobram bem (e com esta ministra, então, upa, upa, em especial ao fim de semana, em especial nas urgências) consoante as horas que os médicos fazem. 

Muitas vezes, os médicos trabalham para o SNS e depois, como tarefeiros, escondidos atrás do nome da sua própria empresa, vão trabalhar para o Privado. Ou vice-versa. Até em simultâneo... ou seja, para o SNS enquanto médicos do SNS e depois, enquanto tarefeiros, a fazer mais horas, por exemplo ao fim de semana. Ou para o Privado enquanto assalariados e, em simultâneo, enquanto tarefeiros.

Qual a vantagem para estes médicos (e gostava de saber quantos médicos não recorrem a este estratagema...)?

É simples. Enquanto assalariados, tudo o que ganham é sujeito a IRS (e têm que se sujeitar às escalas e etc). Enquanto tarefeiros, quem recebe o dinheiro são as suas empresas. Ou seja, não pagam IRS sobre essas verbas chorudas. E, por outro lado, nessa empresa metem toda a espécie de despesas até porque a sede é, quase sempre, a própria casa. E a casa tem que ser limpa, tem despesas de água, luz, comunicações, a empresa tem um carro que é preciso pagar, bem como o combustível, reparações, portagens, etc. E, se calhar, a própria casa tem que ser paga. E há despesas de representação e deslocações e estadias e, portanto, restaurantes, hotéis e viagens 'vai tudo' para a empresa. Claro que há que pagar ao gerente mas pode ser um ordenado baixinho, neutro em termos de IRS. Em contrapartida, a empresa, afogada em custos fica isenta de IRC ou, em casos raros, pagará uma bagatela. Claro que, na prática, o dinheiro vai todo para os médicos. O resto são liberalidades e habilidades contabilísticas e fiscais.

Estes médicos, que são muitos, se calhar a maioria dos médicos (pelo menos nos locais em que há mais procura - Grande Lisboa, Algarve, etc), tal como o meu marido referiu no outro dia, conseguem ter uma vida tão regalada que, com as verbas que recebem enquanto tarefeiros (que, face às habilidades acima referidas, são líquidas ou quase), já se dão ao luxo de escolher os dias em que já não querem trabalhar. Há muitos que já fazem semana de 4 dias ou 3 dias e meio, compondo o ordenado com um ou dois fins de semana enquanto tarefeiros.

E com o que esta ministra lhes paga, claro que os médicos já não querem outra coisa. Trabalham quando querem e ganham o que querem. Nessa qualidade não há vínculo laboral, não podem ser sujeitos a sanções, a processos disciplinares nem a serviços mínimos. Se os chatearem vão oferecer os seus serviços, através das ditas empresas, a outro lado.

Como se pode acabar com esta pouca vergonha?

Não é fácil. Só mesmo com um grande entendimento entre muita gente, entre partidos e entre entidades contratantes, SNS, Privados ou Sociais.

Para isso, deveria haver uma regra 'simples', uma regra que deveria ter forma de lei. Quem precisar de médicos, deve contratar médicos -- não 'empresas' nem free lancers. Só isto, mudaria tudo.

Se for preciso criar um regime laboral específico para eles, que se crie. Podem ser vínculos temporários, pode o horário ser mais 'liberal' -- mas a regra deve ser esta. Médicos devem ser contratados como médicos. Idem para enfermeiros, claro. Quando se conseguir isto, acaba a 'bandalheira' que é hoje esta brincadeira dos tarefeiros (leia-se, habilidosos fiscais).

Enquanto não se chegar a este ponto, pois este entendimento pode demorar, deveria ser obrigatório que as empresas de prestação de serviços médicos ou de enfermagem declarem o nome e o NIF dos médicos que, enquanto tarefeiros, trabalharão num qualquer hospital, clínica, lar, etc. E os hospitais, clínicas, lares, deveriam ser obrigadas a comunicar essa informação à AT.

E a AT, por seu lado, deveria, em paralelo, desencadear uma acção contra estas empresas unipessoais ou quase (usadas por profissionais de saúde para fugirem ao fisco, mas também por advogados, consultores, senhorios e sabe-se lá mais o quê, se calhar até jornalistas -- que, se calhar, por isso até fazem de conta que não percebem de que se fala quando se fala de tarefeiros...) que são apenas um ardil legal para pagar menos impostos.

E depois há a questão fiscal de base. Os médicos, se declarassem para efeito de IRS, tudo o que ganham ficariam todos no último escalão, ou seja, cerca de 50%. A somar a isso, a TSU. Ou seja, na prática, recebem menos de metade do que ganham. Concorde-se que não é motivador. É, isso sim, um esbulho.

Também já o referi. Sei de médicos reformados, a receberem a reforma, e que ainda trabalham. Fazem bem. Gostam do que fazem e com a falta de médicos, é útil que trabalhem. Mas mais do que dois dias por semana, dizem eles que é para os impostos. Por isso, não trabalham mais que dois dias por semana.

E é também este exagero de carga fiscal que faz com que muitos jovens que foram estudar lá para fora depois não voltem (pois rapidamente atingem os 35 anos e não estão para receber trocos face ao que ganham líquido lá fora).

Não sei quando é que vamos ter um Governo verdadeiramente reformista, que avance sem medo para uma reforma fiscal que acabe com tanto escalão e que seja justa e decente no dinheiro que retira aos contribuintes. Se houvesse justiça e razoabilidade não haveria tanta gente (tanta, tanta!) a recorrer a habilidades para fugir ao fisco.

Enquanto não se encararem os assuntos de frente, enquanto não se chamarem os bois pelos nomes e enquanto não se resolverem os assuntos pela raiz não sairemos da cepa torta, uns tontos às voltas dos problemas, incapazes de resolver o que quer que seja."

Nota de rodapé

"A saúde, meus amigos, é cada vez mais um bom negócio.
Senão olhem. O governo fecha. Os privados abrem.
Porque será?
Entretanto, fica a memória: da democracia nasceu o Serviço Nacional de Saúde.
Antes do 25 de Abril a saúde estava a cargo das famílias, das instituições privadas ou da previdência. Não havia serviço de saúde universal, hospitais e médicos espalhados pelo país ou acesso assegurado a todos os portugueses.

O Serviço Nacional de Saúde foi implantado em Portugal em Setembro de 1979 (com os votos contra do PSD e CDS) e só a partir desse momento os portugueses passaram a dispor de um sistema que assegura uma cobertura de saúde universal a cargo do Estado."

Via António Agostinho

sexta-feira, 7 de novembro de 2025

O princípio da bondade

Miguel Esteves Cardoso

«Partir do princípio que os nossos interlocutores são boas pessoas é mais eficaz. Poupa tempo. Mas também entala: os interlocutores, se não forem boas pessoas, são forçados a dissimular, e isso enfraquece-os, e expõe-nos. Partir deste princípio não é ingenuidade. E igualdade. É decência. É vontade de discutir, de aprender, de ser corrigido, de conseguir chegar a uma conclusão superior aos esforços que se fizeram para lá chegar. A tragédia - o desequilíbrio, a violência, a infertilidade - da discussão pública portuguesa é que se parte do princípio que os interlocutores são maus. Não é todaa discussão pública, mas é quase. Partindo do princípio que o outro lado é composto de más pessoas, o único objectivo é tentar abatê-lo, destruí-lo para que só sobrevivam as pessoas de bem: eu. Os fins justificam os meios: quaisquer meios servem. O problema é que, como são o mal em pessoa - o Diabo impante -são dificílimos de destruir. E é assim que os bons nunca ganham: com grande glória.»

Luzes de Natal devem ser ligadas no final deste mês

 Via Diário s Beiras

19.º Festival Internacional de Xadrez da Figueira da Foz: restrições de entrada no país afetaram dezenas de jogadores inscritos

 Via Diário as Beiras

Rua da Liberdade vai entrar em obras no próximo ano

 Via Diário as Beiras (para ler melhor clicar na imagem)

Regulamento para utilização do CAE deverá ser alterado

Na foto João Paulo Rodrigues, vereador do PS
O assunto foi levantado ontem pelo vereador João Paulo Rodrigues. 
Numa intervenção na reunião de câmara disse, que “deveria haver um regulamento, com os critérios [bem] definidos”, para isenção de taxas na utilização do Centro de Artes e Espetáculos (CAE) da Figueira da Foz. “Deve haver regras claras para todos”, sublinhou ainda o vereador socialista. Por outro lado, propôs que o município deve praticar discriminação positiva em relação à Universidade de Coimbra para a utilização do equipamento municipal, por ter um campus na cidade e por promover grandes seminários. 
O regulamento já existe, desde 2010, mas, na sequência da intervenção do vereador da oposição, deverá ser alterado.

Vai ser criada em 2026 empresa municipal para gerir os parques industriais

Imagem via Diário as Beiras. "Segunda fase da infraestruturação da Área Industrial e Empresarial do Pinhal da Gandra, no Pincho. O contrato da consignação desta empreitada do Município da Figueira da Foz, de 4,5 milhões de euros (mais IVA), foi assinado em Maio passado

Via Diário as Beiras: "o presidente da autarquia avançou ontem, na reunião de câmara, que será criada em 2026 uma empresa municipal para gerir os parques industriais. “Os parques industriais requerem uma gestão permanente e têm de ser geridos por uma entidade com capacidade de intervenção própria”, defendeu o autarca figueirense, falando aos jornalistas. O município já teve uma, a Paraíndustria, que foi dissolvida. Entretanto, o concelho passou a ter novas áreas industriais."

quinta-feira, 6 de novembro de 2025

Embora "não tenha intenção de se candidatar ao cargo", "nem tenha vontade"...

Zohran Mamdani e Zack Polanski: uma fórmula para a regeneração da esquerda?

"Ontem, quarta-feira, dia 5 de Novembro, foi feita história."

«Sensivelmente um ano depois da eleição que colocou Trump de volta na Casa Branca, a cidade de Nova Iorque, a maior dos EUA, elegeu Zohran Mamdani. Um candidato progressista e um declarado socialista democrático, cuja campanha abalou o establishment democrata e ecoou por todo o mundo. A sua premissa foi simples: baixar o custo de vida, indo ao encontro das preocupações mais gritantes do cidadão comum: as contas que faz ao fim do mês.

Por outro lado, a Grã-Bretanha vive, também ela, uma profunda transformação no seu panorama político. A vitória de Zack Polanski na liderança dos Verdes britânicos, pautada por uma agenda igualmente progressista e assumidamente de esquerda, trouxe ao partido um aumento em 80% da sua militância e as sondagens já colocam os ecologistas como a segunda força política. Será esta a bala dourada de que a esquerda mundial precisa?»

Torneio Internacional de Xadrez decorre entre 9 e 16 do corrente mês

Via Diário as Beiras: O “Figueira da Foz Sabir Ali International Tournament” tem a presença de xadrezistas de 23 países, entre os quais nove Grandes Mestres (duas femininas) e nove Mestres Internacionais (uma feminina).

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A segunda reunião deste mandato tem lugar hoje a partir das 10 horas e 15 minutos

Citando o Diário as Beiras,  "a empresa municipal de habitação social Figueira Domus (FD) apresenta hoje, na reunião de câmara, para conhecimento do executivo camarário, o relatório de execução orçamental do segundo trimestre do corrente ano."

A ordem de trabalhos da sessão tem 13 pontos e inclui, também, a apreciação do relatório de actividades e contas do primeiro semestre da FD, para aprovação, e mandatar o representante da câmara municipal na assembleia geral da empresa municipal de gestão de habitação.
Esta é a segunda reunião de câmara do actual mandato autárquico (quadriénio 2025/2029). A sessão começa às 10H15M.

quarta-feira, 5 de novembro de 2025

Deixem o Ventura falar!...

"O presidente preferido de Ventura", é:


Ciclo Terças com Poesia

 Diário as Beiras (para ler melhor clicar na imagem)

F!Next, promovida por um consórcio liderado pela Streak, realiza-se este mês

 Via Diáro as Beiras

Ecomuseu da Praia de Quiaios transformado no posto de informação Ponto Q

Via Diário as Beiras (para ler melhor clicar na imagem)

O drama de Ventura

Todos os dias Ventura tem dado uma entrevista nas televisões. 
Ontem, foi na RTP
Anteontem, tinha sido na CNN.
Não há cassete que resista a tanta exposição. Esta desmesurada exposição de Ventura já começa a cansar largos sectores de eleitores portugueses. Aquilo é sempre a mesma coisa. Quando não consegue falar ao megafone, sobra o homem. E é aí que se percebe o drama: «sem gritar, Ventura não existe.
“Os seus argumentos sobre imigração são como a carne picada do supermercado. Até podem ter alguma coisa boa, mas ninguém confia nela.” É o ponto em que se vê nos olhos de Ventura o mesmo pânico de quem percebe, à saída do talho, que o rótulo diz “validade até Janeiro”.
“Vale mais um deputado do Chega condenado do que um imigrante ou um cigano cumpridor da lei?” E foi aí que o silêncio (aquele som que Ventura mais teme), ainda que momentâneo, se fez ouvir por cima dos gritos. Porque não há resposta boa para quem construiu o prestígio à custa de medir o valor das pessoas pela origem e não pela decência. E Ventura sabe-o: o eco dessa pergunta é mais alto do que todos os seus berros juntos.»

Chuva, vento forte e agitação marítima

Via Município da Figueira da Foz: "Segundo o Instituto do Mar e da Atmosfera (IPMA) são esperadas, nos próximos dias, condições meteorológicas adversas para o Distrito de Coimbra."

terça-feira, 4 de novembro de 2025

Já não é só a oposição que quer saia...

"Ministra da Saúde terá pedido para abandonar o cargo a Luís Montenegro"...

VEREAÇÃO ABERTA

Via PS/Figueira

Santana assume Planeamento, Ordenamento do Território, Urbanismo Projetos e Obras Estruturantes, Turismo e Desenvolvimento Económico, Proteção Civil e Bombeiros, Assuntos Jurídicos e Contencioso, Património e Ciência, Investigação e Inovação

Via Diário as Beiras: "Presidente delegou 28 competências nos cinco vereadores da maioria absoluta conquistada pela coligação Figueira a Primeira.

Os vereadores da coligação Figueira a Primeira exercem funções a tempo inteiro, conforme a proposta aprovada na reunião de câmara. Seguindo uma prática antiga, apenas os autarcas da força política vencedora das eleições autárquicas assumem pelouros. Santana Lopes tem-se mostrado favorável à distribuição de pelouros pela oposição, que esta tem rejeitado. A exceção, no anterior mandato, em junho de 2023, foi o vereador único do PSD, Ricardo Silva, que se juntou à vereação do movimento FAP, ao abrigo de um acordo que envolveu altas figuras nacionais do PSD, alcançado à margem da direção local do partido.

Das últimas eleições autárquicas resultou a vitória da coligação Figueira a Primeira (FAP) - PPD/ PSD e CDS/PP - , lidera por Santana Lopes, que se recandidatou ao segundo mandato consecutivo na presidência da Câmara da Figueira da Foz, cargo que já havia desempenhado de 1997 a 2001, num mandato único. A candidatura da coligação venceu as eleições com maioria absoluta, na câmara (seis vereadores da FAP, dois do PS e um do Chega) e na Assembleia Municipal. E conquistou a presidência de 10 das 17 juntas de freguesia do concelho. O atual ciclo autárquico começou no dia 26 de outubro."


PROPOSTA DE ORÇAMENTO DO ESTADO PARA 2026 E OS INTERESSES QUE DEFENDE

"PARA COMPREENDER A PROPOSTA DE ORÇAMENTO DO ESTADO PARA 2026 E SABER QUE INTERESSE DEFENDE - A Proposta de Lei do Orçamento do Estado para 2026 e os relatórios que a acompanham têm 813 paginas. É difícil, para não dizer mesmo impossível, para quem não esteja habituado a fazer a análise deste tipo de documentos, identificar o que é essencial para os trabalhadores e pensionistas. Num primeiro estudo que divulguei, e que está disponível gratuitamente para todos os interessados em www.eugeniorosa.com, fiz uma primeira analise e mesmo essa poderá não ser facilmente entendível para muitos leitores dos efeitos deste orçamento. No entanto como existe uma campanha muito forte por parte de muitos órgãos de comunicação social e do governo para que a opinião publica acredite que este orçamento é diferente dos anteriores e é um orçamento pacifico para todos os portugueses, o que não é verdade, decidi elaborar este vídeo, que é um vídeo pedagógico, onde de uma forma pausada procuro esclarecer o impacto que este orçamento, se for aprovado, terá nos trabalhadores e pensionistas. Espero, que este acréscimo de trabalho possa ser útil a todos aqueles que se interessam pelas consequências das decisões dos governos nas nossas vidas, como simples cidadãos interessados."

segunda-feira, 3 de novembro de 2025

Passos Coelho vai ser o unificador da direita

"Ο regresso de Passos Coelho era para acontecer antes: uma eventual derrota de Luís Montenegro nas europeias abriria o caminho a que o ex-primeiro-ministro se voltasse a candidatar à liderança. Só que, entretanto, António Costa demitiu-se, houve novas legislativas antes das europeias, Montenegro ganhou e o retorno de Passos ficou em banho-maria. 
Foi há precisamente 10 anos que Passos Coelho (em aliança como CDS de Portas) foi o "candidato a primeiro-ministro" mais votado. Nessa época, o PS não era especialmente forte, mas a esquerda era-o e, com a maioria de esquerda no Parlamento, António Costa conseguiu formar governo com o apoio do PCP e do Bloco de Esquerda e remeteu Passos à oposição. 
Os dias de Passos na oposição foram duros. São sempre, mas ainda mais quando já se foi primeiro-ministro, com o novo governo em estado de graça. A frase "vem aí o diabo" - a sua previsão sobre a gestão das contas públicas pelo governo PS - marcou esse tempo. O diabo não veio. Agora, Passos avisa para novo diabo, desta vez com um Governo PSD. 
Passos podia ter ido trabalhar para um sítio qualquer e, neste momento, estar a ganhar muito dinheiro. Oportunidades destas nunca faltam a antigos primeiros-ministros. Não o fez: manteve-se professor universitário, com um salário que qualquer antigo primeiro-ministro haveria de considerar baixo: pouco mais de 2000 euros. 
As suas intervenções públicas têm confirmado uma aproximação ao discurso do Chega - desde o combate às aulas de cidadania ao mais recente apontar do risco de "os portugueses se sentirem estrangeiros na sua terra". 
É um facto que o Governo também se tem aproximado do discurso do Chega, mas há uma diferença - Passos é contra o "“não é não". A sua relação com André Ventura é conhecida. Foi Passos que indicou Ventura para candidato do PSD à Câmara de Loures e que não lhe retirou a confiança depois do discurso anti-ciganos, ao contrário do que fez Assunção Cristas, na altura líder do CDS. 
Com Pedro Passos Coelho na liderança do PSD será fácil um acordo de governação com André Ventura. Ventura é fã de Passos: seria o único candidato presidencial que admitia apoiar, depois da desilusão com Gouveia e Melo. Passos não quis ser candidato a Belém, mas agradeceu o apoio de Ventura (ao contrário do que fez Gouveia e Melo). Quando lhe perguntaram se sentia incomodado com este anunciado apoio, respondeu, a 20 de Setembro: "Porque é que eu havia de ficar incomodado com alguém que diz que votava em mim e me apoiava sempre que me candidatasse? Não estou a ver por que é que havia de ficar incomodado". 
Na sexta-feira, Passos Coelho fez uma crítica violenta e uma verdadeira demarcação ao Governo de Montenegro e ao Orçamento, crítica com a qual até o secretário-geral do PS se identificou. "Chegámos ao fim das margens de manobra que nos permitem adiar decisões importantes. Agora, não vale a pena haver mais cálculos eleitorais nem perder tempo com preocupações distributivas", disse Passos, criticando as "habilidades orçamentais para salvar o ano" e defendendo um crescimento que não seja apenas por via do consumo. 
Tem havido um crescendo nas críticas de Passos a Montenegro. As eleições foram em Maio e o avanço de Passos para o poder (em coligação com Ventura) pode parecer a muitos uma coisa fora de tempo. 
Mas uma sombra paira sobre o primeiro-ministro. Até agora, que seja público, Luís Montenegro ainda não deu os esclarecimentos ao Ministério Público no âmbito da averiguação preventiva do caso Spinumviva. A 19 de Setembro o primeiro-ministro disse que "iria aproveitar a tarde para tentar reunir os documentos que foram solicitados e enviá-los o mais rápido possível". É verdade que Montenegro disse, aa 8 de Outubro, que enviou elementos, mas devem ter-se perdido pelo caminho e não terão chegado ao destinatário.
É muito difícil conceber que não venha a ser aberto um inquérito-crime tendo em conta o que está em causa. È certo que os portugueses não são um povo muito exigente com a transparência dos seus políticos e a vitória de Montenegro em Março funcionou como uma espécie de absolvição em tribunal popular. Mas ficou muito por esclarecer. 
A dúvida é se Montenegro terá condições de continuar primeiro-ministro se o Ministério Público abrir o inquérito. Num cenário em que as condições não estejam reunidas, é óbvio que Pedro Passos Coelho é o primeiro da fila para a sucessão (Carlos Moedas nunca se candidatará contra o ex-primeiro-ministro). E já sabemos que Passos faz o acordo com o Chega."

"Empreitada arranca até ao fim do ano. USF Nautilus será deslocalizada durante as obras"

 Diário as Beiras

domingo, 2 de novembro de 2025

Como a extrema-direita chega ao poder

"A extrema-direita lidera as intenções de voto com 25% à frente de todos os outros partidos na Alemanha.
É preciso recuar 103 anos para ver como tudo começou - como o NSDAP chegou a poder - e em que armadilha corremos o risco de voltar a cair.
NSDAP
1928: 2,6%
1930: 18,3%
1932: 33,1%
1933: 43,9%
Quem votava no NSDAP do senhor Adolfo não eram todos nazis, fascistas ou nacionalistas racistas. Eram pessoas desiludidas, preocupadas, pessoas normais que se sentiam traídas pelo sistema e atraídas pelas soluções fáceis.
O partido de extrema-direita do senhor Adolfo deveria ter sido proibido em 1928 ou 1930 por violar preceitos fundamentais da República de Weimar. Não o foi. Em 1932, quando Brüning, o chanceler democrata-cristão, tentou proibir o NSDAP, era tarde demais.
A abertura de um processo de proibição da AfD, um partido xenófobo e racista, está neste momento a ser discutido na Alemanha e é apontada como um passo necessário por muitos políticos e juristas.
Um relatório de centenas de páginas do "Verfassungsschutz", os serviços de segurança interna alemães, aponta o partido como um risco para o regime democrático e classifica-o como uma força desestabilizadora e "confirmadamente de extrema-direita", não pelo que diz o programa partidário, mas por causa dos discursos públicos dos seus líderes e das suas comunicações internas.
Nos anos 50 foram proibidos na Alemanha dois partidos, um partido de extrema-esquerda e um de extrema-direita (o SRP sucessor do NSDAP). Ambos tinham, na opinião dos juízes, como objectivo derrubar o regime constitucional vigente. Houve também vários processos que avaliaram a proibição do NPD (partido neo-nazi que nas últimas eleições a que concorreu teve 0,1% dos votos), estes processos mais recentes decorreram já nos anos 2001 e 2017. A proibição não avançou, por o Tribunal Constitucional ter considerado que o partido era… "demasiado pequeno e insignificante” para pôr em prática os seus objectivos anticonstitucionais e de derrube do regime.
Será outra vez tarde para parar a extrema-direita? A Alemanha está prestes a ter outro 'momento Brüning', o chanceler que acordou tarde demais? Será que nas próximas eleições a intolerância chega ao poder? E em Portugal?
As consequências de não se proibir o discurso de ódio e a xenofobia são previsíveis. Porque a tolerância democrática para com os intolerantes e anti-democráticos tem consequências: o fim da tolerância e o fim da democracia."