sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

A necessidade de não esquecer - "Peço-vos que se lembrem disto: o lado certo da história é sempre o lado que tem uma memória"

Richard Zimler: "A memória do Holocausto tem de competir com a propaganda neonazi"

O progrom de 1506 em Lisboa.
O escritor Richard Zimler alerta para o facto de a memória do Holocausto estar a desvanecer-se rapidamente. Foi um dos temas da sua recente intervenção no Dia da Memória do Holocausto em Colchester, intitulada O Lado Certo da História, que o DN reproduz.

Tá bonito!..

A música portuguesa a gostar dela própria: há mãos para aplaudir?.. (19)

Marcelo, um artista. Não sei é se é verdadeiro...

Daqui
«Marcelo Rebelo de Sousa, mais rápido que o INEM a chegar à queda de uma avioneta em cima do telhado de um hipermercado a dezenas de quilómetros de Cascais; Marcelo Rebelo de Sousa, mais rápido que a própria sombra a chegar ao descarrilamento de um eléctrico numa calçada de Lisboa; Marcelo Rebelo de Sousa, sempre disposto a meter o bedelho onde não é chamado, e onde os poderes presidenciais não são tidos nem achados, para condicionar a acção do Governo; Marcelo Rebelo de Sousa, que se baba todo e que fica com a cara toda babada para beijar tudo o que respira à face da terra e que lhe renda simpatia popular; Marcelo Rebelo de Sousa não comenta o "vai para a tua terra" de André Ventura e "desaconselha escaladas" porque "o radicalismo fomenta o radicalismo, a agressividade fomenta a agressividade". Marcelo Rebelo de Sousa, o Presidente que jurou cumprir e fazer cumprir a Constituição, diz ao deputado do Chega que pode dizer tudo o que lhe vai na real gana e diz aos restantes deputados, partidos políticos, cidadãos anónimos deste país que devem ouvir e calar e se calhar até dar a outra face, fazer o sinal da cruz e dizer "amém!".»

Enfim, livre...

"Livre retira confiança política a Joacine Katar Moreira"

Na sequência desta decisão da Assembleia do Livre, dois elementos e membros fundadores, anunciaram que vão sair do partido: o assessor parlamentar de Joacine Katar Moreira, Rafael Esteves Martins, e André Barata.

"Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades"...

Diário as Beiras, 10 de Junho de 2002:

...nesse tempo, o militante socialista Carlos Monteiro era contra acumulação de cargos no PS!..
Mas, passados estes anos, confirma-se que não era por convicção. Era, apenas, uma indirecta a Victor Cunha,  por este, na altura, ser deputado à Assembleia da República...
"Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança"...
Diário de Coimbra, 4 de Julho de 2002:


Nota.
O Partido Socialista irá realizar no 1º. Semestre de 2020, as eleições para todos os seus órgãos estatutários.
Carlos Monteiro, actual presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, será, que se saiba, até ao momento, o único candidato a presidente da concelhia figueirense...
"Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades.
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades."

Da série, o areal urbano está assim por erros e falta de visão do homem... (5)

"O nosso areal afigura-se como um dos desafios mais exigentes nas próximas décadas para a nossa cidade. Uma área 45 hectares de extensão, só na frente de mar da antiga freguesia de São Julião, demonstra-nos que nenhum projeto de infra-estrutura financeiramente viável poderia resolver o problema na sua dimensão total. Acredito vivamente numa solução que envolva a criação de um ecossistema natural entre a cidade e a zona de banhos. Isto é, um parque urbano composto por árvores de grande porte, zonas verdes e percursos pedonais. Sei bem que esta solução demoraria 30 anos a estabelecer-se como um projeto finalizado.  Porém, a necessidade crescente de zonas verdes e arborizadas junto aos principais eixos rodoviários impele-nos a repensar áreas desaproveitadas das zonas urbanas, para a criação de zonas verdes, capazes de combater os efeitos do carbono e das altas temperaturas que se fazem sentir.
Esta solução que apresento parece um pouco radical. No entanto, é algo que podemos encontrar em algumas praias espanholas, nomeadamente, em Cabanas. Trata-se de um município Galego que recentemente se geminou com a Freguesia de Buarcos e São Julião. Lá, podemos vislumbrar uma praia que em tempos teve o dobro da área. Contudo, hoje, metade dessa área é ocupada por um parque verde densamente arborizado e com infra-estruturas desportivas e lúdicas para quem pretende usufruir das mesmas.
O ideal era conseguir reduzir o areal para as dimensões do anos 50, mas as opções tomadas no passado deixaram a nossa praia nesta situação. É necessário pensar esta zona da cidade de uma forma arrojada e corajosa. Tendo sempre como finalidade um futuro sustentável, em que todos possa-mos aproveitar os banhos frios do mar da Figueira."


CRÓNICA VIA Diário as Beiras
Nota via OUTRA MARGEM.
Manuel Luís Pata faz falta à Figueira.
Depois de tantos milhões gastos, para chegarmos aqui: "Requalificação do areal para aproximar a cidade ao mar"!..
Ouçam mas é quem sabe, por saber de experiência feita:
"... na pág. 8 do semanário “A Voz da Figueira”, de 13 de janeiro de 2016, com o anúncio da construção desta “milagrosa” obra onde irão gastar (estragar mais de 2,1 milhões de euros), fiquei perplexo!..
No entanto, os meus 91 anos não deveriam permitir que isso acontecesse! Mas, aparece sempre algo que nunca nos passaria pela imaginação.
Afinal: devemos aproximar a Cidade do Mar, ou o Mar da Cidade?
Insisto: devemos procurar a todo o custo aproximar o Mar da Cidade, como no tempo em que a Figueira era a Rainha das praias.
Leva-me a crer que quem tomou esta iniciativa desconhece que foi a “Praia da Claridade” que deu a grandeza e beleza à Figueira e não será esta “milagrosa” obra que irá repor essa condição!
Na realidade, o extenso areal existe e todos sabemos qual a razão e, mesmo sabendo, foi decidido acrescentar o molhe norte!
O resultado está bem visível e é lamentável! Pelo que li, o areal distancia o mar da cidade 40 metros em cada ano!
Julgo que todos sabemos - ou o que nos leva a crer, nem todos - que esta areia não pertence à Figueira e não deveria ali estar.

Enquanto não devolvermos ao mar as areias que lhe roubaram (e que lhe fazem falta) continuamos à sua mercê. O mar faz parte da natureza e o ser humano não tem poder para a dominar! Tem sim que a respeitar e, com inteligência, saber defender-se das fases nocivas.
Pelas razões que expus, terei, a contragosto e uma vez mais, de adicionar mais uma obra ao meu arquivo de obras “asnas” e gostaria que fosse a última, não porque na verdade já não terei muito mais tempo para o fazer, mas por deixarem de existir.
O mar deu brilho e riqueza à Figueira, à praia, à faina da pesca – com destaque para a do bacalhau -, grades secas, fábricas de conservas e indústria naval e a Figueira há muito lhe virou as costas."

Manuel Luís Pata, avisou em devido tempo, mas ninguém o ouviu...

"Museu do Mar poderá ser instalado no Cabo Mondego"...

Via Diário as Beiras

«O presidente da Junta de Buarcos e São Julião apresenta-se como “opositor a que o museu do mar vá para um sítio que não seja Buarcos”.
Em declarações ao DIÁRIO AS BEIRAS, revelou: “Já tive uma boa novidade; o presidente da câmara disse que já tem um local”
Carlos Monteiro, acrescentou o autarca buarcosense, numa tertúlia pública em que participava, avançou com a hipótese de a autarquia instalar o ambicionado equipamento nas instalações da antiga fábrica de cal hidráulica do Cabo Mondego. 
“O museu do mar, aí, era fantástico”, defendeu José Esteves. “Aí, ou num sítio que está à venda, em Buarcos, que é um lugar espectacular, que dava [para essa finalidade], mas não digo qual é , para evitar especulação imobiliária”.
“Quando [o presidente da câmara] referiu isso [que quer o museu do mar no Cabo Mondego], enchi o pulmão de ar”, disse ainda José Esteves.»

Pergunta OUTRA MARGEM:
Diário de Coimbra de 30 de Setembro de 2018, página 14. Para ler melhor clicar na imagem

O que é que tem a dizer, NESTE MOMENTO, depois de ter dito, EM 30 DE SETEMBRO DE 2018, O QUE DISSE, sobre o assunto o Exmº. Senhor Presidente da Junta de Freguesia de S. Pedro, António Salgueiro?..

Porque a memória é curta, fica a recordação de alguém que contribuiu para tornar "possível viver uma Democracia que pouco a pouco se foi consolidando" também na Figueira...

Imagem sacada daqui
"Cerqueira da Rocha, que há data do 25 de Abril era o principal rosto das actividades, umas toleradas, outras clandestinas, que a oposição democrática ia prosseguindo na Figueira da Foz."
Joaquim Barros de Sousa, 25 de Abril de 2016

quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

O declínio das árvores numa cidade em agonia...


Rui Pinto: Os próximos leaks

Ricardo Ferreira Pinto, via Aventar

"Não faltará muito para os próximos leaks virem a público: Vistos Gold, Escom, BES…
Claro que não servirão para nada. Tudo obtido ilegalmente. Tudo obra de um criminoso que rouba e trunca. Tudo para guardar na gaveta.
Os poderosos não devem ser incomodados…
Matem o mensageiro, ele é o culpado. O resto não interessa. Roubaram milhões e continuam em liberdade? MataramViolaram e ameaçaram de morte?
Tudo coisas de somenos. De pouca importância. Pedir dinheiro em troca de silêncio a uma sociedade mafiosa sediada em Malta, isso sim, é muito mais grave do que matar, violar, roubar milhões.
Prisão preventiva.
Prisão perpétua.
Pena de morte.
Quando o Rui Pinto acordar enforcado na prisão, dirão que foi suicídio. E aí sim, o país poderá dormir descansado. Todos os seus males terão sido expurgados. Os portugueses dormirão em paz."

A música portuguesa a gostar dela própria: há mãos para aplaudir?.. (18)

Câmara de Pombal reforça divulgação sobre prevenção de incêndios

Via Jornal Terras de Sicó
"Sob o mote “Pombal é Floresta sem Incêndios”, a Câmara Municipal de Pombal reforça este ano a divulgação das medidas de prevenção de incêndios, com particular enfoque na legislação sobre a limpeza das Faixas de Gestão de Combustível.

Neste sentido, voltam a ser realizadas, em todas as freguesias, sessões de esclarecimento, nas quais os técnicos do Município irão apresentar informação actualizada e procurar responder às dúvidas da população. Além de esclarecer, estas sessões, que decorrem de 26 de Fevereiro a 9 de Março, pretendem também sensibilizar os proprietários e a população em geral para a importância do tema.

Para complementar as sessões de esclarecimento, “será elaborado um novo desdobrável que sistematiza a informação útil sobre a prevenção de incêndios e limpeza de terrenos”, refere a autarquia, adiantando que serão produzidos 30.000 exemplares deste folheto que “tem informação mais completa e actualizada”, o qual, entre outros meios de distribuição, será remetido conjuntamente com a factura da água no início do mês de Fevereiro.

“A preservação e valorização da floresta tem sido uma das grandes prioridades da Câmara Municipal, que tem anualmente lançado campanhas de esclarecimento sobre a prevenção de incêndios florestais, mas tem também procurado promover a floresta como um activo económico, ambiental, cultural e social”, realça a edilidade."

Figueira da Foz, Largo de Santo António...

... antes da passagem de Carlos Moto Serra Monteiro, pela Câmara Municipal da Figueira da Foz.
Depois...

Ainda não é desta que a Figueira vai voltar a estar cheia encher de estudantes...

* Espera-se que a iniciativa tenha êxito. Porém, isso vai depender do número de matrículas...

* São cursos para  técnico superior profissional. 2 anos lectivos, o que não dá direito a uma licenciatura.

Fonte: Diário as Beiras

"Foi  assinado  ontem o protocolo que abre caminho a cursos profissionais superiores, que arrancam no próximo ano lectivo na Escola Secundária Bernardino Machado. Serão leccionados  pelo  Instituto  Superior de Engenharia de Coimbra (ISEC), ao abrigo de uma parceria que envolve a autarquia, a Associação Comercial e Industrial da Figueira da Foz (ACIFF) e a Bernardino Machado.
Os três  cursos que vão ser ministrados (eletromecânica, robótica, manutenção industrial e sistemas informáticos), não conferem licenciatura, mas garantem acesso directo àquele grau académico, com equivalência em diversas cadeiras. As aulas serão leccionadas em horário pós-laboral. Cada turma terá um mínimo de 20 alunos. Este é, porém, um indicador, pois a tutela do ensino superior pode autorizar que os cursos arranquem com menos alunos.
O presidente da ACIFF foi o primeiro a usar da palavra, após a assinatura do protocolo.
“Está identificada a lacuna dos quadros intermédios das empresas”,  disse Nuno Lopes. Para o dirigente da estrutura patronal, os cursos do ISEC irão colmatar aquela falta.
O director da Bernardino Machado, Pedro Mota Curto, frisou que a escola deverá ser a única em Portugal a cumprir a directiva da União Europeia segundo a qual as escolas da rede pública europeias devem ter metade dos alunos a frequentar o ensino profissional. A contextualização de Pedro Mota Curto serviu para reforçar a vocação histórica daquela escola para cursos técnico-profissionais.  Neste  momento, a Secundária Bernardino  Machado  tem seis cursos profissionais, distribuídos por 20 turmas, e os alunos têm emprego garantido. Aliás, a procura, por parte das entidades patronais, é superior à oferta. “Sabemos das necessidades das empresas”, afirmou ainda Mota Curto.
O presidente do ISEC, Mário Velindro, começou por recordar: “já houve uma série de tentativas de colaborar com escolas da Figueira da Foz, mas, por um outro motivo, não foi possível”.  “Espero que seja o primeiro de muitos projectos que temos pela frente”,  afirmou o responsável do ISEC.
Por sua vez, o presidente da Câmara da Figueira da Foz, Carlos Monteiro, iniciou a sua intervenção lembrando que, este mês, foi aprovado o protocolo com o Instituto de Emprego e Formação profissional para a cedência do Sítio das Artes para a instalação de um pólo de formação. Por isso, e se for aprovada a candidatura para a expansão da Zona Industrial,  destacou, “2020 pode ser um ano importante para a Figueira da Foz”. E porque a indústria exige mão de obra especializada, o autarca defendeu: “Não faz sentido não termos recursos humanos o mais possível qualificados”
Em resposta aos jornalistas, Carlos Monteiro defendeu que, “se houver condições para o futuro museu do mar”, a Escola do Mar poderá ser instalada junto ao equipamento. Há vários anos que o Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Coimbra procura um espaço na cidade para instalar aquela valência. Entretanto, com os cursos do ISEC, a Figueira da Foz passará a ter o ciclo completo de ensino profissional, incluindo pós-graduações, mestrados  e  doutoramentos do Marefoz."

Da série, o areal urbano está assim por erros e falta de visão do homem... (4)

Baía de Buarcos

"Antes da construção do molhe do porto da Figueira, existia uma baía em Buarcos. A Praia da Claridade apresentava um areal razoável onde cabiam botes de pesca e para-sóis de aluguer. Dificilmente voltaremos a esse cenário, mas podemos fazer muito melhor do que assumir como uma fatalidade um areal que é uma artificialidade criada pelo homem.
Plantar mais betão (o areal já engoliu uma piscina junto ao Relógio) em cima de uma extensa artificialidade arenosa será certamente uma excelente oportunidade de negócio para muitas cabeças, mas não é a melhor forma de uma cidade do litoral se relacionar de um modo sustentável com a orla costeira e com o mar.
Em 2014, foi criado o Grupo de Trabalho do Litoral (GTL), coordenado pelo professor Filipe Duarte Santos, que estudou detalhadamente os variados problemas do litoral: a erosão costeira, a escassez de areia proveniente dos rios e a subida do nível dos oceanos causada pelas alterações climáticas.
A resolução destes problemas requer uma solução integrada aplicada a toda a orla costeira portuguesa e não deve depender de apetites económicos locais. O relatório do GTL aponta de uma forma fundamentada as possíveis vias de resolução dos problemas referidos. Desde a apresentação pública do relatório pouco se avançou na aplicação das medidas de ordenamento da costa preconizadas pelo GTL, apesar de os orçamentos de estado mais recentes incluírem verba destinada à defesa do litoral.
Entre as soluções que são equacionadas pelo GTL, está a possibilidade de implementar um sistema de bypass para transferir areia da Praia da Claridade para a margem sul, onde a erosão costeira e a falta de areia colocam em risco a segurança de pessoas e casas. No entanto, o estudo sobre o bypass continua uma promessa por realizar. Até à implementação das soluções propostas pelo GTL, o mais judicioso é limitar as intervenções na praia a estruturas ligeiras, como as passadeiras em madeira, ou a equipamentos desportivos re-movíveis, como os do vólei ou do futebol de praia. Entretanto continuaremos a sonhar que um dia a baía voltará a Buarcos."


Via Diário as Beiras
Nota via OUTRA MARGEM. Há alturas da vida em que o que desejamos demora imenso a acontecer...

Não adianta diabolizar a internet...

Uma das formas mais eficazes para evitar ser manipulado é tentar estar o mais bem informado possível...
imagem via Diário as Beiras

Fernando Gonçalves, uma dedicação ao associativismo

Paulo Novais, um fotojornalista: "uma coisa é documentar, outra é informar..."

quarta-feira, 29 de janeiro de 2020

A música portuguesa a gostar dela própria: há mãos para aplaudir?.. (17)

Há o jornalismo de merda...

Toda a família de artistas tem um pirata... (sou eu!)

O antes e o depois...

Que se passa?.. Descemos ao inferno da loucura?

Município da Figueira da Foz virou manicómio?
Não existe uma explicação a dar aos munícipes?..

Que se passa?... Descemos ao inferno da loucura?

O Município da Figueira da Foz virou manicómio?
Imagem via Tiago Cadima Jorge

Da série, o areal urbano está assim por erros e falta de visão do homem... (3)

Não "inventem"!

"Uma pergunta colocada logo é rotulada de difícil, fácil ou descontextualizada. A presente não me parece caber em nenhuma das categorias elencadas, pela sua complexidade e desenraizamento no tempo.
Há muito que nos lastimamos do comprimento da praia, do vastíssimo areal, tendo havido propostas do seu “encurtamento”, através da implantação de infraestruturas que, construindo uma “segunda” marginal oceânica, “trariam” o mar para mais perto. A ideia está arredada, particularmente após o famigerado prolongamento do molhe, que tem produzido a tragédia conhecida: o “afastamento” do mar e o défice de sedimentos nas praias a sul, hoje uma pálida imagem do que foram. Tudo isto tem a ver com a barra que, apesar das ideias produzidas por académicos, continua a revelar-se uma das mais perigosas do país, como ficou demonstrado naquela fatídica noite de 6 de outubro de 2015.
Não sendo especialista na matéria, sei o que não quero para o areal urbano: qualquer tentativa megalómana e destinada ao insucesso de transformá-lo num arremedo de Torremolinos ou afim, com a transplantação de espécies fadadas a não vingarem. Muito se falou do chamado processo de “naturalização” da praia que, na altura, não foi mais do que desleixo.
Hoje não se me afigura sensato mexer no que está, já que esta vegetação está cumprindo um papel relevante: segurar as areias impedindo que os ventos, sempre assanhados, se levantem para acções vigorosas de decapagem do que encontrarem pela frente: pessoas, haveres e a própria natureza, tão fragilizada. Chega de propostas ridículas consumidoras de fundos.
Bastante se gastou com a iluminação do areal, favorecendo o seu aspecto nocturno, permitindo uma imagem de menor insegurança. Não é admissível que agora fossem retiradas as estruturas. Não quero aquele abominável “parque de merendas”, onde obviamente nenhuma família se senta para um piquenique, fazendo as suas crianças correrem o risco de partir a tolinha no horrendo mobiliário de cimento!
Diria: “deixem o areal em paz!”. Tratem do essencial: a urgente e eficaz drenagem da barra, a criação de condições de segurança e navegabilidade e o alimento e cuidado das praias a sul."

Via Diário as Beiras
Nota via OUTRA MARGEM: "A barra da Figueira está assim por vontade dos homens".

Que nos continue a valer a ironia...


Valha-nos a "ironia"!..

Ontem, na Rua dos Combatentes, foi dia de "festa", que meteu "ironia, "que, como muitos de nós sabemos, é um artifício da inteligência inacessível a uma imensa casta de imbecis - o que pode trazer algumas chatices".
Os comerciantes mostraram o seu descontentamento.
.
 
E o que diz o presidente da câmara, que preside à entidade responsável pela obra?

Passaram 365 dias. O problema está a afectar e a interferir na vida dos figueirenses. O presidente da câmara da Figueira da Foz, o primeiro, mas não o único responsável, em vez de assumir as responsabilidades que tem, apresenta a justificação acima.
Sejamos minimamente honestos e sérios: já é tempo de esquecermos as soluções políticas vividas num quando mental e ideológico que fez o seu caminho em Portugal na primeira metade do século XX. Os político que pensavam assim, encontravam sempre desculpas para tudo. Até para a morte...
“Não são as sublevações que hão-de definir os resultados finais.”

Valha-nos, não a "ironia", "que, como muitos de nós sabemos, é um artifício da inteligência inacessível a uma imensa casta de imbecis - o que pode trazer algumas chatices", mas o "humor", uma arma difícil de manejar. A primeira página do jornal "Diário as Beiras" de hoje é disso um grande exemplo!
 
E não podemos esquecer o "humor" do presidente da ACIFF Nuno Lopes.
Juntou-se aos organizadores do evento, para dizer aos jornalistas que não podia deixar de estar ao lado dos comerciantes. “Estas obras são penosas para quem aqui habita ou tem negócio. Este problema está na lei da contratação pública, porque permite a entrada de empresas nos concursos que não têm capacidade de execução da obra”, disse o dirigente patronal.
“É fundamental olhar para isto com olhos de resolver no imediato. Se não houver outra maneira, nem que seja por adjudicação directa”, defendeu Nuno Lopes.

terça-feira, 28 de janeiro de 2020

... já vamos em "2021, 2022"...



Via Quiaios Beach

Vídeo na integra, via Figueira TV 

"Comerciantes e moradores da rua dos Combatentes na Figueira da Foz em protesto pacífico contra as obras que estão paradas há um ano. Um bolo com uma vela de aniversário assinalou um ano de paragem"

Ao trabalho senhor ministro dos Negócios Estrangeiros , ao trabalho...

A música portuguesa a gostar dela própria: há mãos para aplaudir?.. (16)


Tamargueira

Da série, o areal urbano está assim por erros e falta de visão do homem... (2)

Pela transposição

"Tomando como ponto de referência os dados coligidos pelo meu bom amigo e geógrafo José Nunes André, provavelmente a referência a partir da qual podemos tecer qualquer opinião, uma vez que aqueles se baseiam na monitorização sistemática das alterações da linha de costa entre a Figueira da Foz e São Pedro de Moel, a cada dez anos acumulam-se em média um milhão e 285 mil metros cúbicos de areias nos primeiros 1250 metros de comprimento, a norte do molhe norte, podendo muito brevemente o areal urbano chegar aos 800 metros de largura, distância entre a marginal oceânica e o mar.
Assim, ao ritmo de um aumento médio, mas constante, de entre oito e doze metros anuais, o areal urbano da Figueira é uma realidade para a qual podemos equacionar três respostas possíveis:- utilizá-lo como prolongamento natural da cidade, entendendo-o como espaço a conquistar, através da edificação de equipamentos e espaços diversos;- promover a sua diminuição, através da transposição sedimentar (com a instalação de um sistema contínuo – bypass – ou através de dragagens);- não fazer nada de concreto, “empurrar o problema com a barriga”, e preferir o refúgio em manobras de diversão.Embora a maior parte dos figueirenses venha sistematicamente preferindo e votando na última opção, aparentemente cómoda, mas profundamente lesiva de um futuro sustentável, sou dos que defende inequivocamente a segunda, dado que:- pela negativa, o investimento no prolongamento da cidade via areal seria monumental e de retorno muito incerto, para além de perigoso porque o mar normalmente vem buscar o que lhe foram roubar...;- pela positiva, porque a transposição sedimentar resolve quatro problemas: atenua o excesso de areia a norte, possibilita o seu depósito a sul, preserva a onda e regulariza a entrada da barra.Resta, assim, a opção entre a transposição sedimentar através da instalação de um sistema contínuo – bypass – ou de dragagens permanentes. Embora já se tenha perdido demasiado tempo, acredito que o estudo sobre os custos e os benefícios do bypass que a Agência Portuguesa do Ambiente irá fazer deve, definitiva e rapidamente, levar a uma decisão."

Via Diário as Beiras

Nota via OUTRA MARGEMO aumento da praia da Figueira
"O bypass  proposto  pelo  movimento  SOS  Cabedelo,  poderia  ajudar  a atenuar  as sucessivas  dragagens  que  o  porto  tem  vindo  a  efectuar e, ao mesmo tempo, atenuar os efeitos da erosão a sul."

À atenção do Movimento Parque Verde: cuidado com a cabeça grande e chata dos pioneses...

 Imagem via Diário as Beiras

EN 109 / IC1: mais uma «estória» que vem de longe...

27 de Janeiro de 2020. Via PSD/Figueira. 


 
"Não há uma data concreta para o inicio da requalificação da EN 109!! Mas a Propaganda continua...
O PSD aguarda há 6 meses! Por uma resposta ao requerimento, onde solicitou toda a troca de correspondência entre o Município, o Ministério da tutela e, as Infraestruturas de Portugal.
Todo este atraso é fruto da falta de influência política, de quem Governa a Câmara Municipal e o receio de enfrentar o Governo Socialista!
Foram perdidos 10 anos, dez!"

"Uma estrada onde continuam a ocorrer acidentes nos cruzamentos da Costa de Lavos e Marinha das Ondas, onde faleceram vários concidadãos, um atentado à segurança rodoviária, é vergonhoso ter-se deixado chegar ao ponto em que se encontra!
Em 2016, a Câmara Municipal anunciou em Reunião da Vereação e, até emitiu um comunicado que a empresa pública Infraestruturas de Portugal (IP) anunciava o investimento de 3,25 milhões de euros para as obras da sua requalificação, valor que seria distribuído em dois anos, sendo 1,2 milhões em 2016 e 2,05 milhões em 2017.
Passaram dois anos, nada foi feito..."

IC1/109, uma «estória» que já vem de longe. Como tudo de importante que tem a ver com a Figueira e o seu concelho, contada aqui no OUTRA MARGEM. E ainda não estou farto de escrever, pois esta «estória» ainda está longe de conhecer o final feliz que todos desejamos.
Como recordou ontem o PSD/Figueira, é uma «estória» "onde continuam a ocorrer acidentes nos cruzamentos da Costa de Lavos e Marinha das Ondas, onde faleceram vários concidadãos, um atentado à segurança rodoviária, é vergonhoso ter-se deixado chegar ao ponto em que se encontra!"

E, ainda e depois, temos as respostas a que temos direito, do presidente Carlos (Moto Serra) Monteiro, via Diário as Beiras.
"Contactado pelo DIÁRIO AS BEIRAS, Carlos Monteiro considerou “um mau princípio de conversa alguém que tem responsabilidades políticas afirmar que estas situações se resolvem com influências”. O presidente da autarquia acrescentou que “os governos e as câmaras não funcionam por influências, funcionam porque as obras são necessárias”.
Assim sendo, conclui: “O Governo entende que a obra é necessária, mas ainda não conseguiu realizá-la devido à situação calamitosa do país deixa-da pelo Governo do PSD”. Carlos Monteiro garantiu, por outro lado, que os documentos solicitados por Ricardo Silva serão entregues “rapidamente”
"O poder funciona porque as obras são necessárias"!  
Brutal, não acham esta resposta "breve" do presidente substituto?...

Sobre os filhos da puta...

"A vida é filha da puta, a puta é filha da vida, nunca vi tanto filho da puta, na puta da minha vida!
Por mais, que queiramos lutar, por mais intensa, que seja a luta, nunca havemos de lá chegar, da cepa torta, não vamos passar, a vida é filha da puta!
Vende o corpo, para sobreviver, porque já não tem outra saída, mas o que vai a puta fazer, para aos filhos dar de comer, a puta é filha da vida!
Andam, por aí chorudos ordenados, mas o povo, é quem mais labuta e estamos sempre lixados, todos os dias somos roubados e nunca vi tanto filho da puta!
Esta vida, é uma miragem, a esperança está perdida, só se vê, é vil bandidagem, nunca vi tanta ladroagem, nesta puta da minha vida!"

Manuel Maria Barbosa du Bocage

"Uma das histórias judiciais que ficaram célebres, na primeira metade do século XX, teve a ver com a defesa de um arguido acusado de chamar "filho da puta" ao ofendido, dito que, na altura, era considerado altamente ofensivo.

Nas suas alegações, o escritor e advogado Ramada Curto começou por chamar a atenção do juiz para o facto de muitas vezes se utilizar esta expressão em termos elogiosos: «Grande filho da puta, és o melhor de todos!», ou carinhosos: «Dá cá um abraço, meu grande filho da puta!», tendo concluído da seguinte forma:
«E até aposto que, neste momento, V.Exa. está a pensar o seguinte: "Olhem lá do que este filho da puta não se havia de ter lembrado só para safar o seu cliente!"...»

Chegada a hora da sentença, o juiz vira-se para o réu e diz :
«O senhor está absolvido, mas bem pode agradecer ao filho da puta do seu advogado!»"

E, depois, segundo Alberto Pimenta, ainda temos "os pequenos filhos da puta"!..



Apontamento sobre o segundo dos Encontros do Mar 2020...

Pequeno excerto, com o essencial da tese de Alfredo Pinheiro Marques, condensado numa só frase (“O Rei Dom João II foi Duque de Coimbra”)... [sic]


"No debate, muito interessante, que se seguiu a esta intervenção de 25.01.2020 de Alfredo Pinheiro Marques, houve ocasião de trocar ideias, acerca da História Local, do património e das heranças marítimas locais e regionais, e do seu peso e significado na História geral de Portugal e dos “Descobrimentos Portugueses”, em diálogo com a assistência, nomeadamente a proveniente de locais como Ílhavo e Aveiro, Tomar, Ovar e Vila Nova de Gaia. Infelizmente, parece que não se terá encontrado na assistência (ou, pelo menos, não se manifestou como tal) uma só pessoa da cidade da Figueira da Foz, em que este Encontro se realizou (e onde vão continuar a realizar-se os próximos), e por isso não houve ocasião de neste debate se aprofundar mais matérias respeitantes à herança marítima da região da Figueira da Foz, e à sua importância nos séculos passados (escandalosamente, até hoje, silenciada, sobretudo na Figueira da Foz), nomeadamente na chamada “Época dos Descobrimentos”.

Alfredo Pinheiro Marques reiterou a sua tese -- a tese que “mudou para sempre a História dos Descobrimentos e a História de Portugal”-- de que existiu aqui, na Beira Litoral, uma “continuidade da Casa de Coimbra, decisiva nas origens dos descobrimentos e da modernidade em Portugal, desde o Infante Dom Pedro assassinado em Alfarrobeira até ao seu neto, e herdeiro (de sangue), e vingador, o “Príncipe Perfeito” Rei Dom João II, o qual foi também Duque de Coimbra (Senhor da Casa e Ducado de Coimbra, tal como o avô assassinado)”. E, para além disso, agora, em 25.01.2020, uma vez mais (e cada vez com mais impaciência perante a inércia, ignorância e imobilismo que se perpetuam ao longo dos anos) o director do CEMAR, Alfredo Pinheiro Marques, apontou a gravidade, verdadeiramente anedótica, da situação em que se encontram, perante a História de Portugal, desde há mais de duas décadas, os responsáveis de grande parte dos círculos decisores, políticos, autárquicos, institucionais e escolares desta região da Beira Litoral (o antigo Ducado de Coimbra), por insistirem em silenciar, ignorar, omitir e esconder o seu próprio contributo regional e local para o momento mais emblemático, decisivo e célebre dessa mesma História de Portugal (!) -- o momento dos celebérrimos “Descobrimentos Portugueses” (!).. --. ao mesmo tempo que continuam a aceitar, acefalamente, e a trombetear, infantilmente, todas as lenga-lengas da versão oficial e salazarista desses tais “Descobrimentos” (o Algarve, e Lisboa, e as “escolas de Sagres” em Sagres e em Lagos, e as “Grandezas Manuelinas” em Lisboa, e o persistente confusionismo, salazarista e colonialista, de identificar, como se fossem a mesma coisa, duas coisas tão distintas como são os Descobrimentos Geográficos, iniciais [século XV], e a Expansão Colonial, posterior [séculos XVI, etc.]).

Silenciar, ignorar, omitir e esconder (!) a sua própria História local e a sua própria identidade, nestas regiões de Coimbra, de Montemor-o-Velho e da Foz do Mondego. É, de facto, simplesmente, ridículo.
Não se imagina que algo assim possa acontecer em qualquer outra região; onde, naturalmente, sempre existe uma identidade local e uma auto-estima, um bairrismo e um amor à sua própria terra, que levam a que não seja concebível que alguém queira, e consiga, localmente, censurar e silenciar as suas próprias glórias e os seus próprios contributos locais para as maiores glórias nacionais (as glórias como tal, nacionalmente, consideradas).
Mas, de facto, aqui, nestes arredores de Coimbra (entre Coimbra e o mar), isso acontece desde há muito, e continua.
E a razão desse facto é, na verdade, muito fácil de explicar, e Alfredo Pinheiro Marques desde há anos tem deixado explicado o seu porquê (e, agora, em 25.01.2020, nestes Encontros do Mar 20202, uma vez mais, explicou-o), quando explanou as circunstâncias em que em 1537 a Universidade de Lisboa (a fundada nessa cidade em 1290, e que, desde então, por lá e por outros locais ia sobrevivendo mediocremente) foi instalada em Coimbra pelo segundo Rei da Dinastia de Beja-Viseu, Dom João III, ao mesmo tempo da criação, que fez, da Inquisição portuguesa, precisamente para asfixiar Coimbra (e asfixiar a sua região inteira, do Ducado de Coimbra, Montemor e Buarcos, até ao mar), e para impedir a recomposição da unidade política que antes havia sido o antigo Ducado de Coimbra, do Infante Dom Pedro, e do seu neto Dom João II, e do então ainda vivo Senhor Dom Jorge de Lancastre (filho do “Príncipe Perfeito” Dom João II, e bisneto de Dom Pedro).
E esse objectivo de destruição e de asfixia foi conseguido, ao longo do tempo, por essa Universidade vinda de Lisboa que desde então passou a auto-designar-se como “Universidade de Coimbra” (ao mesmo tempo que foi feita desaparecer a verdadeira universidade criada em Coimbra, a Universidade de Coimbra criada em 1443 pelo Infante Dom Pedro). E, para além dessa destruição económica e social, é óbvio que essa universidade vinda de Lisboa para Coimbra juntamente com a Inquisição, e que desde então passou a chamar-se “Universidade de Coimbra”, no aspecto da destruição cultural e identitária, passou a ser também para futuro a principal agente do silenciamento e da “maldição da memória” da Casa e Ducado de Coimbra e dos seus contributos antigos para a História de Portugal e dos “Descobrimentos Portugueses”.

Compreende-se portanto que, nos arredores, onde chega a sombra, verdadeiramente feudal, das torres dessa Universidade trazida de Lisboa e que passou a intitular-se “de Coimbra” (nos seus arredores rústicos), possa existir uma subserviência de tal maneira acéfala que leve a que os respectivos círculos dirigentes desses arredores, e os respectivos habitantes (os indígenas que, pelos académicos, são chamados “futricas”, etc.), se abstenham de rezar outra qualquer cartilha e de recitar outra qualquer ”sebenta” que não aquelas que sempre lhes foram rezadas, e lidas, pelos seus lentes, “doutores”, conimbricences. E é óbvio que essa cartilha e essa “sebenta” incluem, e sempre incluíram, sobretudo, o silenciamento e a maldição da memória do Infante Dom Pedro, da sua Casa e Ducado de Coimbra, e da sua continuidade no “Príncipe Perfeito” Dom João II.

Mas, desde a sua criação (em 1995), o Centro de Estudos do Mar (CEMAR), estudando e defendendo o Património Cultural e Histórico Local (como compete a qualquer entidade cultural isenta e honesta nestas regiões), dedicou-se especialmente à figura histórica do Duque de Coimbra, Senhor de Montemor-o-Velho, de Aveiro e Ílhavo, de Buarcos (Foz do Mondego), de Mira, de Penela, etc.., o autor da “Virtuosa Benfeitoria” que foi o Regente da Coroa de Portugal na “Época dos Descobrimentos". A figura fascinante e decisiva da História de Portugal cujo resgate da “maldição da memória” continua por fazer, nessa mesma História, com o devido alcance e com a devida dimensão, que não podem ser menos do que monumentais, pois não pode haver dúvida de que, nacional e localmente, foi a mais simbólica, exemplar e injustiçada figura histórica portuguesa (e, nestas regiões de Coimbra, Montemor, Foz do Mondego, Mira, etc., foi, sem dúvida, a mais importante figura histórica de dimensão nacional de todos os tempos).

Alfredo Pinheiro Marques, e o CEMAR por si fundado (e, desde então, dirigido), sabem-no, desde o princípio, em 1995 (e uma Jornalista da dimensão de Leonete Botelho, embora então ainda muito jovem, compreendeu-o, também, logo desde o primeiro momento [vide jornal “Público” de 29 de Janeiro de 1995]). Sabem-no, e continuam a afirmá-lo, sonora e inequivocamente, agora, vinte e cinco anos depois, em 2020."