"O
Porto da Figueira
da Foz volta a bater
recordes e é inegável a
sua importância para o desenvolvimento da economia local
e regional. O papel que o porto
desempenha na movimentação
de carga, facilitando o escoamento de bens produzidos no
concelho e contribuindo para
o valor das exportações concelhias deve ser cada vez mais
realçado.
A movimentação de mercadorias no primeiro trimestre
deste ano aumentou 17,5% em
relação ao período homologo,
constituindo assim o melhor
trimestre de sempre. Estes
bons resultados são fruto de
uma comunidade portuária
cada vez mais empenhada no
crescimento desta infraestrutura portuária e na afirmação,
cada vez mais consolidada, do
Porto da Figueira no panorama
nacional. O porto figueirense é
um dos poucos portos nacionais
que tem uma balança comercial
positiva, ou seja, em que o valor
das exportações supera o das
importações. Com efeito, cerca
de 60% da carga transacionada
no porto tem como destino
o estrangeiro, valor muito
significativo e animador. Estes
números são o reflexo de um
crescimento do principal cliente
do porto, a fileira da pasta e do
papel, mas também de um
aumento das exportações de
outras empresas da região, que
utilizam o porto da foz do Mondego como porta de saída para
o mundo. É por isso vital para
o concelho saber utilizar esta
enorme vantagem competitiva,
para captar mais investimento.
Apesar desta superação de
objectivos o porto continua a
lutar com dificuldades no que
respeita às dragagens, que
durante o ano passado constituiu uma enorme dificuldade
para actividade portuária e um
gigantesco risco para a frota
pesqueira. Esperemos que a
nova administração do porto,
consiga ultrapassar essas dificuldades."
Em tempo.
"Porto seguro", é o título desta crónica de Miguel Almeida.
Entretanto, pelo caminho, vão ficando as pessoas que vão morrendo nos acidentes marítimos à entrada da barra. Mas, isso, é só um pormenor que preocupa alguns patetas como eu. O importante são os números dos recordes das toneladas.
Enfim, estamos a viver um momento em que quase apetece arrumar as botas, que a razão já tem pouco a ver com o que se passa e vai continuar a passar nesta bela cidade da Figueira da Foz, em particular, e no país, em geral.
Mas, tenhamos um restinho de esperança: um dia ainda hão-de ser de forma genuína as pessoas a contar.
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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1 comentário:
Uma enciclopédia, este moço.
Todas as semanas debita sabedoria.
Números; propostas; debates; ideias; ambiente; Eduardo Lourenço; cinema...blá...blá.
Um verdadeiro deputado do POVO!
Gosto!
Pelo menos é mais transparente que outros que andam num caldo de cultura e ternura, na expectativa da candidatura. Não me comprometa, por favor!!!
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