segunda-feira, 18 de maio de 2015

A Figueira continua a esconder as verdadeiras feridas com a mentira astuta...

“No mandato anterior deste executivo camarário, foi lançado um concurso de ideias para o areal da praia. No início dos anos 90, Aguiar de Carvalho já tinha encomendado um estudo para o areal que veio a servir de suporte ao plano de pormenor que no mandato de Santana Lopes se iniciou. Entendeu o actual executivo fazer tábua rasa de todo esse trabalho e na senda do que já havia feito com o logótipo que se tornou marca do concelho, resolveu que tinha que ter o seu próprio projecto. Desse concurso de ideias resultou um projecto vencedor que foi dado à estampa em plena campanha eleitoral em outdoors colocados na avenida marginal. Um investimento de 110 Milhões de euros era o necessário para o cumprimento dos sonhos do executivo camarário. Após os 60 mil euros gastos no prémio do concurso de ideias, seguiu-se uma adjudicação à equipe vencedora, de mais 50 mil euros, para que desenvolvesse o projecto que justificaria a intenção da câmara de municipalizar parte do areal. Recorde-se que foi com base nesta ideia que se deixou de limpar a praia para justificar junto da tutela que aquela enorme extensão de areal, não deveria ser considerada como praia. Afinal, sabemos agora, que o projecto que se vai desenvolver é um projecto minimalista que nada tem haver com o que foi apregoado. O executivo camarário sabia bem da impossibilidade de desenvolver este plano, mas enfim, funcionou bem na campanha eleitoral e é mais uma promessa a juntar a tantas outras, que de reais só mesmo os outdoors que as anunciaram.”

Em tempo.
Na nossa cidade, como aconteceu desde que tenho memória, os responsáveis políticos optaram sempre por esconder as verdadeiras feridas com a mentira astuta ("o embuste", como escreve hoje na sua habitual crónica no jornal AS BEIRAS, Miguel Almeida).
Dois exemplos, apenas, da mania das grandezas da elite local, para não nos alongarmos muito.
Todos nos lembramos certamente ainda do projecto megalómano da ligação entre a Figueira e Fátima, em TGV monocarril, no tempo do falecido Aguiar de Carvalho ou do Estádio de Lavos, do tempo do mediático Santana Lopes.
João Ataíde, também aqui, não quereria fazer diferente e lá anunciou a "bagatela" de 110 Milhões de euros para o projecto para transformar, uma vez por todas, a outrora Praia da Claridade na futura Praia da Calamidade
Até agora, porém, a vegetação na Praia da Calamidade, é a única testemunha viva e pujante do megalómano projecto... 
Como sabemos, estas coisas, agora (apesar do actual executivo camarário ter no seu seio um competente vereador e, ao mesmo tempo, também um talentoso especialista em Teatro, tanto na escrita de peças como na encenação...) são mais difíceis de credibilizar... 
As curvas do destino amedrontam os bichos e também deviam servir para colocar juízo na cabecinha dos homens. 
As garras da mentira podem ser apenas a face do desespero que se tornou visível... 
E aquilo que podia ser, simplesmente, uma jogada política pode transformar-se num aterro para cadáveres políticos. 
Areia e lixo não faltam na Praia da Calamidade.

1 comentário:

Rui Monteiro disse...

O vazio do mandato com a oposição vácua.