Figueira da Foz, 1 de Outubro de 2017, 22 horas e 30 minutos.
A abstenção foi a grande vencedora das eleições, confirmando os resultados das sondagens.
Os figueirenses, chamados às urnas, tomaram uma decisão indecisa: optaram pelo abstracto, em detrimento dos políticos.
Aparentemente, João Ataíde, terá sido outro dos grandes vencedores, o que pode ser considerado o mal menor.
Já sabemos que vai ser mais do mesmo: não vai fazer algo de significativo na Figueira, mas vai ter estabilidade profissional e um ordenado, que não sendo nada de especial, é razoável e pago atempadamente.
E, isso, vai ser bom para ele.
Por outro lado, poderá passar mais tempo em viagens e menos na Figueira, e isso será bom para todos nós.
Carlos Tenreiro, conseguiu os mínimos, e isso também foi bom.
No entanto, por estranho que pareça, a versão Tó Zé Brito do MUDAR JÁ, não cativou o eleitorado que se dirigiu às urnas, embora tivesse tudo a seu favor.
Isso, deve ter complicado a intenção de MUDAR JÁ para as próximas legislativas.
Tenreiro, mostrou ao longo da campanha uma extraordinária tendência para a inércia activa do Ser elevado ao Nada, condição tão proeminente em Jean-Paul Sartre.
A poucos dias das Eleições era mais que evidente que a sua mediocridade ia no sentido convergente ao do interesse e gosto dos figueirenses.
Então, o que se terá passado?
Uma das causas poderá ser explicada pelos apoios deficitários que teve, sobretudo do partido basista e real.
O CDS-PP, não conseguiu fazer diferente.
Tinham prevista uma grande festa marcada para o concelho do Noddy.
Penso que, finalmente, perceberam que o concelho do Noddy, para eles, não existe, ao verificarem que a coligação do CDS com a Abstenção falhou.
O resto, escrevendo com a objectividade política possível, não existiu...
Foi mais do mesmo.
Por isso, é que João Ataíde, desde a partida, esteve sempre em vantagem.
Na Figueira continua a ser sempre carnaval.
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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2 comentários:
É caralhete!!! Sonhaste isso, ou do Cabedelo consegues ver o futuro? Não tens uns números para juntar? Abstenção, quais os mínimos do Tenreiro, qual a margem de conforto do tio, etc e tal...
E olha aqui uma opinião tão adequada à aldeia de hoje, à dicotomia de filiados e independentes e a umas certas opiniões:
OS PARTIDOS e os “ QUEBRADOS”!
(Joaquim Vassalo Abreu, 07/09/2017)
o BLOG “ ESTÁTUA DE SAL”
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