"Viver bem é gostar do meio que nos rodeia. Meio físico, entendido enquanto todos os locais por onde caminhamos, o café onde paramos, o jardim que visitamos,…etc.
A qualidade de vida assim descrita, harmonia entre nós e o meio, é uma função primordial da Câmara Municipal.
Entronizar esta ideia, esperar que a Câmara nos dê qualidade de vida, obriga a uma cultura de exigência por parte da sociedade civil. Obviamente que ninguém espera que um presidente de Câmara nos resolva os problemas “da nossa rua”.
Há situações herdadas terríveis, ausência total de planeamento, edifícios anárquicos e munícipes refratários à ideia de civismo. Mas também há obras novas que são piores do que as antigas. E isso é que nos aborrece muito."
Extraído da crónica "Qualidade de vida", um texto de João Vaz, consultor de ambiente, publicada no jornal AS BEIRAS.
Nota de rodapé.
É absolutamente contra natura continuar a tentar abastecer de pessoas as cidades.
Essa, é uma das razões porque, no nosso concelho, o PDM recentemente aprovado, em vez de resolver, vem agravar problemas já existentes.
Hoje as cidades - e a Figueira, apesar de não ser uma megapólis, é disso um exemplo - já não são detentoras de qualidade de vida.
A palavra adequada e necessária é esvaziamento das megapólis.
E quando as pessoas se aperceberem que a sua qualidade de vida passa por esse êxodo, fá-lo-ão.
A cidade perdeu o seu encanto e qualidade de vida.
Encanto e qualidade de vida, no nosso concelho, encontram-se onde sempre estiveram, ou seja, no campo e na praia.
A Figueira é uma construção que se tornou numa catástrofe onde a impiedade, a assimetria e a desconformidade foram levadas ao limite.
Basta olhar para a frente de mar citadina.
Deixem o Cabedelo em paz...
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