Não, não vou dizer em quem vou votar no próximo dia 1.
Não tenho ligação com partido algum em especial.
Sou sim, admito, aquilo a que se costuma denominar como um animal político.
Como tal, vou votar, sabendo, com absoluta segurança, que vou continuar a viver num concelho condenado a mais do mesmo.
Na minha Aldeia não existe um executivo socialista.
Existe um executivo que já esteve proximo do PSD, quando este partido estava no poder concelhio.
Portanto, esta Aldeia não tem um executivo PS ou PSD.
Tem um executivo que matou a ideologia - que é o tempo que se vive a seguir à morte da ideologia e que antecede a morte matada, que é o tempo da paz podre.
A Aldeia está no tempo da paz podre, que é o tempo a caminho do caos.
O que é bom.
A seguir, há-de viver-se de novo a ideologia, que nos trará caminhos de criatividade e inteligência que hão-de apontar as soluções que hão-de catapultar a Aldeia no caminho do verdadeiro progreso...
Pelo menos, até que se volte a matar a ideologia...
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário