O grande filósofo moral do século XIX, John Stuart Mill, argumentava que devemos instituir qualquer forma de governo que produza os melhores resultados.
Apesar de Mill ter a esperança de que envolver as pessoas na política as tonaria mais inteligentes e mais preocupadas com o bem comum, afirma que algumas formas de governo podem deixar-nos estúpidos e passivos.
No entanto, existem outras que podem tornar-nos perspicazes, exigentes e activos.
Apesar das boas intenções dos políticos, as formas mais comuns de compromisso político não só falham no enobrecimento da sociedade, como tendem inexoravelmente para a estupidificação e a corrupção.
O economista Joseph Schumpeter bem lamenta.
“O cidadão típico desce a um nível de desempenho mental inferior assim que entra no campo político. Argumenta e analisa de um modo que prontamente reconheceria como infantil na esfera dos seus interesses reais. Torna-se novamente um primitivo.”
Em 1975, mais de 90% dos portugueses com direito a voto votou nas primeiras eleições.
A abstenção foi de 8,5%.
Agora, no máximo, votam 40 e tal por cento para as eleições autárquicas na Figueira da Foz!..
Por isso é que os democratas se incomodam. A política não é valiosa para a maior parte dos habitantes do concelho da Figueira da Foz.
A democracia tem os seus defeitos e mesmo os seus limites.
Uma coisa, porém, devíamos ter presente no acto de votar.
“A tomada de decisão política não é escolher para si próprio - é escolher para todos.”
Historicamente, é admirável o carácter e o temperamento do velho homem do mar da minha Aldeia. Totalmente desfazado do tempo actual, composto de ambição e ganância, é nesse velho homem do mar, que eu sei e sinto que tenho as minhas raízes. Foi dele que herdei o sistema nervoso equilibrado que tenho e me permite ver tudo o que se passa em meu redor, com grande tranquilidade, alguma bonomia e enormíssima fleuma. A realidade, é a realidade: a forma como os outros olham para nós, é lá com eles.
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