quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Há dias em que me basta o difuso...

A nitidez, ofusca e perturba.
Há dias em que precisamos de desligar.
Há dias em que o fazer de conta nos acalma.
Há dias que gosto de  pensar que comando a minha vida.
O poder precisa da burocracia, para permanecer difuso e longínquo. 
O cidadão normal raramente conhece os caminhos para a solução dos seus problemas. 
O poder é aquela entidade abstracta (apesar desta democracia; e também por causa dela...), que julgamos capaz de os resolver. 
E assim ele, este poder, permanece igual a si próprio - apesar dos debates em épocas específicas, normalmente no decorrer das campanhas eleitorais, e  das sucessivas eleições.

Hoje, é daqueles dias em que não me apetece ser preciso nem concrecto.

Fico-me pelo  fumado, que deixa o fundo em que nos movemos difuso, mas  giro.
Há dois sentimentos, contudo, que nos fazem sentir vivos, como João Villaret tão bem dizia ao declamar o "Amar ou odiar", de Fausto Guedes Teixeira.
"Amemos muito, como odiamos já: 
A verdade está sempre nos extremos, 
Porque é no sentimento que ela está."

Este, porém, para mim, é já o tempo de modorra, de descanso, de contemplação. 

A temperatura política na Figueira, muito alta e sensível à humidade, apela para que se faça nada! 
Por enquanto - e este por enquanto é até domingo - vou apreciar a  calma e a ausência de stress.
Estou tão tranquilo, que nem o facto de ontem à noite no debate, andar um assessor da câmara a distribuir o jornal da campanha do PS, no interior do CAE, me perturbou (oh Fernando Pata Cardoso, sabes que até me dou bem contigo, por isso fica o alerta: não vale tudo na vida, como na política. Eu sei que tu és ainda muito jovem e não podemos entender tudo de uma vez. Temos que ir por etapas, por camadas... E temos que deixar que os saberes se sedimentem, para podermos passar à fase seguinte. Não vale a pena queimar etapas... Não resulta! Saber e compreender demora anos! Mas, quem te avisa, teu amigo é...)
Entretanto, vou olhar, sorridente,  para as cartas que me venham a  couber em sorte para as partidas de sueca que vou jogar até ao próximo dia 1 de outubro!

Estamos em tempo de colheita. O semeado está pronto para a ceifa. 

Temos muito pouco tempo - dois dias  já é um tempo muito curto -  para se poder tirar produto novo e melhor desta  amaldiçoada terra figueirense. 
Por mim, neste momento, apenas tenho a dizer,  que gosto muito de todos. 
Abraços para quem é de abraços e abreijos para quem é de abreijos.
Depois do dia 1, a vida, por estas bandas, continua normalmente... 

2 comentários:

Anónimo disse...

De facto, assisti com os meus olhos, ontem à noite, antes do debate, um assessor da CÂMARA a distribuir um jornal de campanha do PS, dentro do CAE...
Na política não pode valer tudo!

Anónimo disse...

Espero bem que no seguimento daquele slogan do--Mudar já--Não mudei a aldeia de sitio pois dava-me uma trabalheira do caraças a mudar a mobília toda.