quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Ataíde e a viagem paga pela Microsoft, foi tema abordado ontem na Assembleia Municipal

João Ataíde
No passado dia  7 de setembro de 2017. sobre este assunto, publicámos a seguinte postagem, citando o Observador:
"Estadia paga pela Microsoft a cada autarca ascende a 750 euros. 
Empresa alertou para regras éticas.
Três destes quatro autarcas confirmaram o que constava na documentação a que o Observador teve acesso e participaram na iniciativa do gigante norte-americano: o presidente da câmara de Braga, Ricardo Rio, do PSD; o presidente da câmara de Famalicão, Paulo Cunha, do PSD; e o vice-presidente da câmara de Sintra, Rui Pereira, do PS. 
O Observador não obteve qualquer resposta do socialista João Neves, presidente da câmara da Figueira da Foz, até à publicação deste artigo. Os políticos viajaram a convite da Microsoft, que suportou as despesas com a “hospitalidade” — alojamento, refeições, etc. — e as câmaras assumiram as deslocações. 
Depois da Galp, da Huawei e da Oracle, agora é a vez da Microsoft entrar no rol de empresas que pagam viagens ou a estadia a políticos no estrangeiro.

Quanto à câmara municipal da Figueira da Foz — tendo em conta o portal Base — não fez qualquer contrato que envolvesse produtos da Microsoft. Ou pelo menos que estivesse assim descrito como sendo licenciamento Microsoft, mas há, por exemplo, um ajuste direto à ITEN Solutions para “aquisição de serviços para licenciamento de software de suporte aos serviços municipais” a 30 de junho de 2014, no valor de 388.908 euros."

Ainda sobre este assunto, a candidatura  MUDA JÁ publicou um nota de imprensa, que pode ser lida clicando aqui.


Teotónio Cavaco
Ontem, no decorrer da Assembleia Municipal, o presidente da Câmara da Figueira da Foz deu o seu ponto sobre a viagem à sede da Microsoft, realizada no início do actual mandato, em Seattle, paga pela empresa.
Em resposta, ao deputado do PSD, Teotónio Cavaco, cconforme se pode ler na edição de hoje do jornal AS BEIRAS, disse. 
“Por este andar, está muito difícil exercer cargos públicos. Nunca saberemos se, no desempenho das nossas funções, estamos a actuar em conformidade com aquilo que, à posteriori, é ou não eticamente aceitável”.
João Ataíde realçou que viajou com outros presidentes de câmara portugueses. Porém, ressalvou, o convite da multinacional norte-americana “salvaguardou qualquer compromisso ético”. Por outro lado, continuando a citar AS BEIRAS acrescentou: “colhi ali os melhores ensinamentos sobre aquilo que considero melhor para a informática dos serviços públicos”. O presidente de câmara frisou ainda que o código ético que os detentores de cargos públicos devem seguir não contempla aquele tipo de situações. Dito isto, sustentou: “No domínio da política, só existe a ética e a licitude”. Não estando em causa a legalidade, acrescentou que a viagem aos Estados Unidos “foi extremamente profícua e eticamente irrepreensível”
Entretanto, em 2014, a autarquia figueirense adquiriu serviços do gigante mundial de informática no valor de mais de 300 mil euros. 
“A câmara estava ilegal e obsoleta [em termos informáticos]”, justificou João Ataíde, que garantiu que a aquisição de soluções informáticos e a renovação de licenças cumpriram escrupulosamente a lei. 
O concurso público, esclareceu ainda João Ataíde, foi aprovado pela câmara e pela assembleia municipais, tendo igualmente obtido luz verde de outros organismos com voto na matéria. 
“Não me sinto minimamente posto em causa por este tipo de participação. A viagem decorreu de acordo com as regras eticamente aceitáveis”, disse a concluir os seus esclarecimento sobre este assunto o presidente da Câmara da Figueira da Foz e juiz jubilidado doutor João Ataíde das Neves. 

3 comentários:

Anónimo disse...

este juiz sabe-a toda! para ele é tudo legalidade, mas se fosse ele a julgar outro como seria?
e já que estamos a falar em legalidade, para quando a conclusão do inquérito ao fogo de artificio no parque de campismo (festa de anos do diretor Albuquerque)no dia da maior tragedia nacional provocada pelo fogo!
será que vai ter o mesmo tratamento do inquérito à morte de patos?

Anónimo disse...

Vai ter o mesmo destino do projecto coreto---Gaveta.

Anónimo disse...

Se a Camara estava obsoleta em termos informáticos, e era necessário corrigir essa situação, quem devia ir à sede da Microsoft, para se documentar, era o director dos serviços informáticos, e não o Presidente da Camara, que não percebe nada de informática, e que portanto foi apenas fazer uma passeata...