Pois é: como se pode ver, todos somos modernos!
A começar pelos munícipios, isto é, também o Estado.
E interrogam-se vocês: o que é o Estado?
Ora, o Estado é a modernidade da ficção nacional...
Lá estou eu e o meu mau feitio que, ultimamente, tanto tem incomodado algumas alminhas mais sensíveis aqui pela Figueira da Foz.
Apetece-me escrever.
Mas, hoje, não sei de quê...
Os finais de setembro, em anos de eleições autárquicas, são um tempo esquisito...
Nem são férias, nem são já trabalho a tempo inteiro.
O bulício de agosto, na Figueira, já foi e deixou uma nostalgia e um vazio que custa a superar.
Nestes dias, apetece-me sair, ir por aí fora sem destino, ver coisas diferentes ou rever as mesmas que deixaram saudades.
E é o que tenho feito nos últimos dias...
É esta necessidade de evasão, depois da acontecida invasão de agosto, que não permite o sossego, o tempo disponível e a concentração para o trabalho que por aqui é feito.
Estar de férias, para mim, é sair, fugir da rotina, não pensar no dia a dia, viver despreocupadamente, não ter horas...
E, isso, só o consigo fora do ambiente em que se vive o resto do ano.
Como disse o outro: "que se lixem as eleições".
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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