Em devido tempo, 21 de novembro de 2013, aqui neste espaço, alertámos para o problema: saída para poente do parque de estacionamento pago do Hospital Distrital da Figueira da Foz: dá para uma rua da freguesia de S. Pedro, com piso em estado miserável. No verão, são milhares os visitantes que todos os dias por aqui circulam, pois dá acesso às magníficas praias da Cova-Gala e ao Parque de Estacionamento que serve a praia limítrofe. Ironia das ironias: a Câmara não tem dinheiro para repor o piso de uma via pública, mas a poucos metros, via Figueira Parques, uma empresa municipal, gastaram-se e arranjaram-se 80 mil euros para investir num estacionamento privado!
Entretanto, passaram mais de 14 meses e a situação chegou ao ponto que a foto mostra.
Na passada sexta-feira, a deputada municipal Ana Oliveira alertou para o que se continuava a passar no mesmo local, no decorrer da reunião da Assembleia Municipal, realizada nesse dia, onde estive presente.
Passados alguns dias é com agrado que dou conta aos inúmeros leitores deste espaço que a situação melhorou, pois nesta semana brigadas de intervenção da Câmara Municipal da Figueira da Foz andaram a tapar buracos nas ruas da freguesia de S. Pedro.
Entre os locais beneficiados está o local que a foto acima mostra.
Parabéns à deputada municipal Ana Oliveira, pela sua intervenção; e à Câmara Municipal, pela pronta actuação.
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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