Eles sabem que não há almoços grátis.
E também sabem que "os problemas não se resolvem em almoços"...
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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1 comentário:
Gostei,pá!
Coimbra 1969 sempre na memória.Sempre nos meus ideais.
E que dizer da gloriosa Académica da época? Que grande final da Taça de Portugal...
Recordar SEMPRE o ZECA:
"O que é preciso é criar desassossego. Quando começamos a criar álibis para justificar o nosso conformismo, então está tudo lixado! (…) Acho que, acima de tudo, é preciso agitar, não ficar parado, ter coragem, quer se trate de música ou de política. E nós, neste país, somos tão pouco corajosos que, qualquer dia, estamos reduzidos à condição de ‘homenzinhos’ e ‘mulherzinhas’.
Temos é que ser gente, pá!”.
Entrevista a Viriato Teles, in «Se7e», 27/11/85.
Não há almoços grátis!
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