O ex-ministro das Finanças, Vítor Gaspar, enviou as suas respostas por escrito à comissão parlamentar de inquérito ao caso BES/GES, assegurando que só tomou conhecimento das dificuldades financeiras do Grupo Espírito Santo (GES) no final de 2013.
«Ouvi falar de dificuldades financeiras idiossincráticas no GES no final de 2013. Em termos concretos, soube, mais tarde, das implicações da exposição do BES [Banco Espírito Santo] ao GES pela imprensa especializada internacional», lê-se no documento.
Em tempo.
Ainda Gaspar era ministro das Finanças já qualquer empregado bancário sabia que o BES não recorreu ao financiamento porque isso implicava ser total e exaustivamente escrutinado: conta a conta, cêntimo a cêntimo.
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário