Pelas
políticas implementadas por governos anteriores e pelo
trabalho feito por este
governo,
já sabíamos que teria que haver distribuição de
alimentos, vestuário e medicamentos aos pobrezinhos.
Ao
contrário do que quer fazer crer a propaganda governamental –
estamos em anos de eleições - tudo tem vindo a piorar. Já, até, existem ajudas para o pagamento dos transportes, gás,
electricidade e combustíveis.
Sem
muitos darem conta, estamos a retornar aos tempos da
caridadezinha hipócrita da consciência tranquila, que quem viveu
antes do 25 de Abril de 1974 em terras onde a miséria campeava,
bem se recorda.
Enquanto
país, somos o que somos, desde 1143. Os poderes, que continuam a
conseguir manter os governados em rédea curta, asseguram a
estabilidade do sistema.
É assim que se perpetua a pobreza, a caridadezinha e a humilhação de não podermos ser cidadãos de corpo inteiro.
É assim que se perpetua a pobreza, a caridadezinha e a humilhação de não podermos ser cidadãos de corpo inteiro.
Quanto
às IPSS e ao seu trabalho, estou à vontade, pois tive
responsabilidades directivas durante alguns anos na gestão de uma das mais
antigas do nosso concelho, pelo que conheço bem a realidade de que
fala o vereador PS, dr. António Tavares, na sua habitual crónica das terças-feiras no jornal AS BEIRAS...
Portugal
sempre foi um país pobre e periférico.
A foto é de 1943 e foi sacada daqui. Mostra a realidade da Cova e Gala desse tempo. Na altura, vivia-se em plena II Grande Guerra. Aqui, neste cantinho à beira-mar plantado, imperava o desemprego, o medo, o racionamento, a miséria e a fome. Éramos gente cabisbaixa, vencida e resignada, entregue a um destino sem sentido e ferida na sua dignidade. Valia o altruísmo de alguns a quem doía a visão da fome e da miséria. Estávamos em 1943 em plena Cova num local que alguns, porventura, ainda reconhecerão.
Desde 1143 sempre vivemos com enormes dificuldades.
A epopeia marítima, essa grandiosa glória lusa, aconteceu apenas por ser insustentável e insuportável viver neste rectângulo à beira mar plantado.
Iniciou-se
assim a diáspora portuguesa, que ainda hoje leva muitos dos melhores
para bem longe.A foto é de 1943 e foi sacada daqui. Mostra a realidade da Cova e Gala desse tempo. Na altura, vivia-se em plena II Grande Guerra. Aqui, neste cantinho à beira-mar plantado, imperava o desemprego, o medo, o racionamento, a miséria e a fome. Éramos gente cabisbaixa, vencida e resignada, entregue a um destino sem sentido e ferida na sua dignidade. Valia o altruísmo de alguns a quem doía a visão da fome e da miséria. Estávamos em 1943 em plena Cova num local que alguns, porventura, ainda reconhecerão.
A epopeia marítima, essa grandiosa glória lusa, aconteceu apenas por ser insustentável e insuportável viver neste rectângulo à beira mar plantado.
Por sua vez, os políticos sempre tiveram como meta preservar esta situação: a sociedade de governantes e de governados, mantendo estes com rédea curta por via de favores e esmolas.
Construiu-se - e mantém-se, assim, uma sociedade favorecida, dentro de uma outra, de desfavorecidos. A dos empregos pelo partido e não pela competência, dos negócios pelos interesses e não pela qualidade orçamental, da governação pelos favores e não pela liberdade do voto em consciência.
Enquanto país, somos o que somos, desde 1143. Os governantes, que continuam a conseguir manter os governados em rédea curta, asseguram a estabilidade do sistema.
É assim que se perpetua a pobreza, a caridadezinha e a humilhação de não podermos ser cidadãos de corpo inteiro.
2 comentários:
Este tipo de textos (laudatórios), vindo de políticos, dá-me sempre azia.
De imediato recordo os tempos (os sessentas) em que na saída da missa, se dava esmola aos pobrezinhos e, as senhoras diziam: ”toma lá, mas não é para o vinho”.
Tudo bem ao estilo da Srª Dª Cecília Supico Pinto, conhecida popularmente como Cilinha, criadora e presidente do Movimento Nacional Feminino, cujo espírito caridoso encontrou continuação na “nossa” Isabel Jonet dos anos XXI e na sua postura assistencialista: "Vamos ter que aprender a viver mais pobres" ou “Sou mais adepta da caridade do que da solidariedade social”, e por aqui me fico.
Frei Bento Domingos tem uma expressão muito engraçada: “ Uma vez um bispo disse-me que não estava de acordo com o que eu escrevia, ao que lhe respondi que eu quase nunca concordava com o que ele dizia…”.
As familias Portuguesas vivem dias dificeis? e que dificeis.
Algumas vivem em cidades onde a agua é carissima onde os jardins estão sujos e não teem flores onde as praias são um monte de lixo onde há hospitais dentro de parques de estacionamento a pagar. Se juntar-mos a isto a falta de emprego os ordenados baixos e o carissimo nivel de vida realmente as familias Portuguesas vivem mesmo dias dificeis.
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