segunda-feira, 26 de junho de 2023

24 de Junho, dia de reflexão

Em finais de Junho de 2023, mais ou menos a meio do mandato desta segunda passagem de Santana Lopes como presidente de câmara, o concelho precisa que lhe mostrem a realidade tal qual ela é, sem máscaras e sem disfarce. 
Os figueirenses têm de perceber, uma vez por todas, as causas do definhamento da sua cidade e do seu concelho. E têm de entender que na construção do futuro, não existem milagres: há planeamento, trabalho, competência, capacidade de concretização e visão na definição do desenvolvimento do nosso concelho.
O passado não pode, nem deve, ser esquecido, mas o importante é o futuro.
Venha a "valorização do porto", a "duplicação da via férrea entre Coimbra e a Figueira da Foz". Mas, não se esqueçam da Linha do Oeste, antes que lhe aconteça o que sabemos que se passou com a Linha da Beira Alta.
24 de Junho, como sempre acontece na Figueira, foi dia de reflexão e discursos bem intencionados. Todavia, é preciso mais. Como diz o Povo,  "de boas intenções e de boas palavras está o inferno cheio."
Ainda bem que, pelo menos uma vez no ano, nos interrogamos como foi possível a Figueira chegar ao que chegou. 
A explicação não é difícil e muito menos complexa: chegou aqui com políticas de uma inimaginável estupidez, conduzidas por políticos que ignoravam militantemente a história e a realidade do concelho e se limitaram a imitar o que se fazia noutros lados. 
Olhem para Buarcos e para o Cabedelo.
Os responsáveis são conhecidos. 
Nestes últimos anos, a Figueira viu uma geração desbaratar milhões a implementar e a pôr em prática políticas urbanísticas, que nem para modernizar uma cidade que ainda vive à sombra dos mitos passados, serviram.
Neste momento, a pouco mais de 2 anos de novas eleições - autárquicas e presidenciais - vislumbra-se já que a Figueira e Santana vão ter um enorme desafio em 2025.
Sem querer adiantar muito, a "pitonisa" prevê que em 2025, "o que pode ser o melhor para Santana, pode ser um problema para a Figueira".
Para memória futura, via Diário as Beiras, fica algo do que ficou dito em 24 de Junho de 2023 na Figueira.
O presidente da Câmara da Figueira da Foz, Santana Lopes, na sessão solene do Dia da Cidade, que se celebra a 24 de junho, fez um discurso apontando com o dedo para o desenvolvimento do concelho, defendendo a definição do caminho a seguir, envolvendo diversas vontades, mas sem ilusões. “Temos falado sobre o quão decisivo é para a Figueira da Foz [e para a região] as opções que venham ser tomadas nestas matérias. O desenvolvimento da Linha do Norte ou da Linha da Beira Alta… Há um pedido que temos de fazer todos, aos outros e nós próprios, é que façamos bem o esclarecimento, não criemos ilusões, para não sermos enganados no meio de confusões”
Santana Lopes defendeu que “não há nada pior para decisões estratégicas do que a nebulosa nos seus pressupostos, e também nos seus objetivos”. De seguida, acrescentou: “A Figueira da Foz prefere saber com o que conta, o que partilha, aquilo que poderá encontrar no futuro, mas ter a certeza de qual é a estrada do seu desenvolvimento, que foi trilhada antes por quem me antecedeu e será trilhada por outros, no futuro”
Por isso, defendeu: “[É preciso] saber-se, por parte do poder central, do regional e do local, qual é a estrada que temos de seguir, independentemente das mudanças nas escolhas do eleitorado”.
O autarca figueirense falou a seguir ao presidente da Comunidade Intermunicipal Região de Coimbra (CIM-RC), Emílio Torrão. O convidado afiançou que a estrutura que lidera está empenhada em “valorizar o Porto da Figueira da Foz”, que “é tão importante para o concelho como para todo o território, sendo o único acesso a exportações e importações via marítima da Região de Coimbra, e fundamental para o país”.
Emílio Torrão afirmou, ainda, que a CIM-RC também está empenha na “duplicação da ferrovia entre Coimbra e a Figueira da Foz, e posterior ligação a Espanha”. O mesmo empenhamento manifestou em relação à “mitigação dos efeitos da erosão costeira” e para afirmar a Figueira da Foz como o “centro da economia azul que em breve florescerá e que tornará toda esta costa num ainda maior ativo”.

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