quinta-feira, 29 de junho de 2023

Discussão pública sobre o areal urbano: o meu resumo

Foram cerca de três horas de debate. Teve momentos acesos. 
Fica, em poucas linhas, o meu resumo repartido por 4 pontos.
1. Chegou-se ao consenso esperado. 
Existe um grande entendimento relativamente à necessidade de conciliar alguma limpeza do areal com a manutenção da vegetação com valor para a biodiversidade da fauna e flora. 
O trabalho a desenvolver vai ser "com os cientistas, mas não sob as ordens dos cientistas".
Santana deixou claro, que não abdica do "poder-dever" de decidir.
2. Ficou à vista de todos os presentes a necessidade da implementação do by passs. Ficou também claro para todos que mais 10 anos de espera, como pretende a APA, é algo pouco realista face à dramática situação existente a sul do Mondego, na praia da Figueira e em Buarcos.
A Figueira da Foz tem um problema de sedimentos: acumulam-se em frente à cidade, a Norte da foz do rio Mondego, e estão em falta nas praias a sul. A solução para resolver o problema existe: a solução passa por instalar um sistema fixo que transponha as areias do Norte para Sul, concluiu em 2021 um estudo encomendado pela Agência Portuguesa do Ambiente.
“by-pass” para transferir areias da praia, que devido a um acidente ambiental provocado pelo homem, tem o maior areal da Europa, como Nélson Silva salientou, é a solução para a costa sul do concelho. Mas, só deverá estar no terreno dentro de “10 anos”!..
10 anos? Isto, sim, é preocupante.
3.  Nélson Silva, da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), confirmou o parecer favorável daquele organismo à limpeza nas zonas balneares e zonas complementares da praia da Figueira da Foz.
O técnico sublinhou que o areal não integra a Rede Natura 2000 nem é uma duna e que a principal preocupação da APA passa por proteger a praia, cuja titularidade pertence ao domínio público marítimo. 
4.  O reconhecimento de Santana Lopes pela utilidade do Movimento Parque Verde ficou confirmado.

5 comentários:

paulo disse...

nunca se devia ter feito aquele molho
a soluçao era mesmo a retirada de 600 metros do molho norte

Zéfoz disse...

Claro que não. Há muitos anos que a solução era fazer o porto na margem sul o que aliás esteve previsto. Não se condenava a praia da Claridade nem se roubava a margem esquerda do rio Mondego ao convívio dos Figuerenses.

ANTÓNIO AGOSTINHO disse...

Em tempo.
Convido a ler uma crónica Marginal de António Agostinho, 18 de Junho de 2001, publicada no jornal Linha do Oeste.
O link é este: https://outramargem-visor.blogspot.com/2013/05/curiosidades-marginais-iii-porto.html

Zéfoz disse...

Já conhecia. Afinal eu também colaborei no jornal a Linha do Oeste que, se bem me lembro, fechou por falta de apoio do actual Presidente da C. Municipal.

ANTÓNIO AGOSTINHO disse...

O fecho do Jornal a Linha do Oeste é uma história complexa. Mas a pessoa indicada para o esclarecer não sou eu....