quinta-feira, 1 de junho de 2023

PS/Figueira: pior era possível?

Os factos, aparentemente, serão simples. Citação via Diário as Beiras: "Na última reunião de câmara de maio, vereação do PS só conseguiu juntar dois vereadores. Mesmo assim, na ausência do vereador do PSD, Ricardo Silva, a suplente e independente Susana Pereira e João Gentil conseguiram que o presidente da autarquia, Santana Lopes, retirasse uma proposta da agenda, perante a “ameaça” dos socialistas se ausentarem da votação, deixando a sessão sem quórum."
Fim de citação.

O que está em causa, neste caso, representa o estado a que chegou a pequena política bagatelar e corrente na Figueira.
Voltando a citar o Diário as Beiras: "As tensões entre sensibilidades socialistas acentuaram-se na sequência das eleições internas locais. No acto eleitoral, Raquel Ferreira derrotou Carlos Monteiro."
Fim de citação.

Até Setembro de 2021 o PS era a força política absoluta na Figueira. 
As coisas, entretanto mudaram. Agora, Raquel Ferreira, a presidente da concelhia que venceu Carlos Monteiro em eleições internas, sabe que não pode  contar com um PS/Figueira feito em cacos. Presumo que também saiba que Carlos Monteiro ainda não desistiu de voltar a ser candidato ao cargo de presidente da Câmara da Figueira, se a oportunidade política assim o proporcionar.
A dúvida que se põe é saber se esses ventos de mudança vão acontecer, pois lutar "contra ventos e marés", já se viu, não é aconselhável para Carlos Monteiro e a sua entourage. 
Uma coisa, é os socialistas, falarem uns dos outros, e uns com os outros (creio que Carlos Monteiro também fala...), mas falar directamente com os figueirenses sobre matérias que interessam aos figueirenses, como o passado recente comprova, é outra coisa. Nas últimas autárquicas, foi uma enorme chatice.
A argumentação apresentada, pode ser considerada interessante numa qualquer conversa de café entre camaradas, mas não o foi num debate que se quer sério e intelectualmente honesto, como foi o acto eleitoral de 21 de Setembro de 2021 e como têm de ser todos os actos eleitorais.

Percebo o desespero e a desilusão do meu velho Amigo e antigo camarada António Alves no desabafo que fez ao Diário as Beiras. 
Passo a citar: “Nunca se viu uma coisa destas na Figueira da Foz!”. E acrescentou estar “muito preocupado com o rumo da vereação” do partido, exortando a Concelhia socialista a agir. E sublinhou: “Se os vereadores aceitaram fazer parte da lista é porque queriam ser eleitos. Por isso, deviam cumprir o mandato”
Fim de citação.

Cumprir o mandato, segundo julgo perceber nas palavras de António Alves, era ter tido a mesma postura, ganhando ou perdendo eleições.
Mas, isso seria se estivessem na política e concorrido para servir a Figueira e os os seus habitantes e não para servir-se...
Concluíndo que a prosa já vai vasta. 
A vida está complicada para o PS/Figueira. 
"Se a dificuldade de manter uma vereação estável e completa nas reuniões de câmara não fosse suficiente, eis que se acentuam as tensões entre os vereadores, com Glória Pinto de um lado e os restantes do outro. A contenda interna é particularmente crítica entre aquela autarca socialista e a líder Diana Rodrigues. 
Perguntada sobre este assunto, Raquel Ferreira não respondeu ao DIÁRIO AS BEIRAS até à hora do fecho da edição de hoje.

E o que vai por algumas freguesias? 
Upa, Upa... 


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