Uma entrevista de Santana Lopes a Rui Unas há dois anos
Vídeo sacado daqui.
É normal os políticos usarem palavras para falar, mas não as pensarem ao mesmo tempo. Os políticos gostam demasiado de superficialidade e de votos.
Na segunda metade dos anos 90, a Figueira era uma cidade cercada e sem horizontes. Não pelo exterior, mas a partir de dentro. A sensação era a de que na Figueira se vivia afastado de tudo o que de importante estava a acontecer em Portugal e no mundo.
O que veio de fora chegou, viu e venceu. A resistência foi pouca. Santana colocou (melhor: impôs) uma marca própria, indelével e sem paralelo, na política e na contra política figueirense. Não sei se o seu futuro político passa pela recandidatura à Câmara da Figueira da Foz, pela corrida presidencial de 2026 ou por não se candidatar a nada.
Santana Lopes continua a ser o mesmo: o protótipo do político populista.
Mas a Figueira mudou. Em 2021, uma campanha autárquica de Santana Lopes disputa a mesma base eleitoral de uma campanha de Carlos Monteiro. Os dois apelam à emoção e não à razão, isto é, ao debate das propostas e das ideias. Embora não o assumam, falam para o mesmo público e, no essencial, disputariam o mesmo eleitorado.
Passaram 24 anos... A Figueira mudou. Santana Lopes mudou. A receita de 1997 ainda funcionaria?
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