terça-feira, 11 de maio de 2021

A narrativa dos calotes ao vivo no Parlamento

VIA JORNAL PÚBLICO
«Bernardo Moniz da Maia, com uma dívida de 563 milhões, não sabia que sociedades geria, nem que offshore controlava, nem os nomes das fundações que supostamente serviam de fachada para o círculo do seu dinheiro. 

João da Gama Leão deve mais de 300 milhões, mas exige não ser comparado à “elite podre” que tem passado pela comissão. 

Já Luís Filipe Vieira deixou um calote de 225 milhões, mas diz-se vítima de “calúnias” por parte de uma outra elite que jamais lhe perdoará ser benÆquista, ter nascido “pobre” e “ter vencido”

Claro que entre as dívidas de Moniz da Maia, resultantes de um financiamento do BES para comprar acções do BCP na guerra pelo controlo do banco em 2007, e as falhas de João da Gama Leão, que admite ter dado passos maiores do que a perna nos seus negócios, há diferenças. Mas, na essência, Maia, Leão e Vieira são iguais: criaturas de uma cultura de impunidade, compadrio e facilitismo, exemplos de uma elite empresarial que considerava a ética, o trabalho ou a responsabilidade social para com os seus trabalhadores meras alíneas dos relatórios e contas.»

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