Foto PAULO NOVAIS via Diário de Notícias |
Se bem me lembro, o fenómeno Passos Coelho, presidente do PSD entre 2010 e 2018 e primeiro-ministro de Portugal, entre 2011 e 2015, resultou de uma estranha e bizarra aliança de conveniência entre a cacicagem menezista , alguns debitadores de tiradas blogo-liberais e os últimos ressentidos do cavaquismo.
Passos Coelho, na altura, foi apenas um instrumento que soube usar bem os seus instrumentistas.
Depois de termos visto para que serviu, será que que queremos voltar ao mesmo?
Agora, temos a evolução na continuidade: o venturismo, a doença senil do coelhismo...
No III Congresso do Chega, em Coimbra, André Ventura, sedento de chegar ao poder, sem moderação, ao ataque afirma-se pronto para limpar o país.
Apontando ao PS e António Costa, afirmou que "isto de destruir um país em pandemia com o suposto objetivo de controlar a pandemia" terá de "ser levado à responsabilidade". Ao contrário do que disse ter acontecido com o Governo PSD/CDS de Passos Coelho, se chegar ao poder não quer ser "fofinho" ou "o limpa lençóis", mas sim "chamar à responsabilidade a esquerda e a extrema-esquerda pelo que fizeram a Portugal".
O cenário está clarificado. No futuro a responsabilidade e a escolha vai ser dos portugueses: vão preferir o quê? A pornografia, pura e dura do Ventura, o erotismo, a preto e branco, estilizado do Coelho, ou preferem escolher viver uma vida?..
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