"A história da humanidade é marcada por mudanças significativas na forma como nos organizarmos, ao longo dos tempos. Periodicamente, as nações do mundo sofrem mutações significativas quer em termos sociais, quer em termos territoriais ou políticos. Por norma, essas mudanças partem da vontade da classe política vigente ou são fruto de revoluções. Também de tempo a tempo, causas naturais levam certas civilizações a caírem ou a mudarem significativamente. Na verdade, acredito seriamente que esta pandemia poderá resultar numa alteração significativa na forma de estar na sociedade ocidental a nível social, mas também de geoestratégia.
Aliás, globalmente, podemos apontar como marcos deste milénio a ascensão da China como potência mundial e naturalmente, esta pandemia, que será referenciada nos manuais de história como o princípio do fim da liderança americana – explicada simultaneamente, pela ascensão de políticos incapazes de liderar os destinos de milhões.
Analisando aquilo que serão as nossas vidas no pós-pandemia, acredito que a minha geração viverá com o teletrabalho como uma opção para desempenhar as suas funções laborais. Teremos também uma década em que o reforço no investimento em saúde será das medidas com maior reivindicação social, em que a privatização total ou parcial será fortemente contestada desta vez, com o apoio dos partidos de centro. Um período onde iremos desejar um sistema de saúde preparado para o pior dos cenários, semelhante ao que, hoje, vivemos.
Na minha vida, irei procurar recuperar o tempo de convivência com os meus amigos e familiares. Voltar a aproveitar o contacto social sem constrangimentos será, sem dúvida, um momento especial e que marcará, singularmente, as nossas vidas. Espero que este tempo faça a humanidade perceber que, afinal, dependemos uns dos outros para avançarmos, enquanto comunidade e que individualmente, nunca seremos tão capazes como em conjunto. Aliás, essa é, indiscutivelmente, uma das grandes conclusões que retiro deste tempo."
Via Diário as Beiras
Aliás, globalmente, podemos apontar como marcos deste milénio a ascensão da China como potência mundial e naturalmente, esta pandemia, que será referenciada nos manuais de história como o princípio do fim da liderança americana – explicada simultaneamente, pela ascensão de políticos incapazes de liderar os destinos de milhões.
Analisando aquilo que serão as nossas vidas no pós-pandemia, acredito que a minha geração viverá com o teletrabalho como uma opção para desempenhar as suas funções laborais. Teremos também uma década em que o reforço no investimento em saúde será das medidas com maior reivindicação social, em que a privatização total ou parcial será fortemente contestada desta vez, com o apoio dos partidos de centro. Um período onde iremos desejar um sistema de saúde preparado para o pior dos cenários, semelhante ao que, hoje, vivemos.
Na minha vida, irei procurar recuperar o tempo de convivência com os meus amigos e familiares. Voltar a aproveitar o contacto social sem constrangimentos será, sem dúvida, um momento especial e que marcará, singularmente, as nossas vidas. Espero que este tempo faça a humanidade perceber que, afinal, dependemos uns dos outros para avançarmos, enquanto comunidade e que individualmente, nunca seremos tão capazes como em conjunto. Aliás, essa é, indiscutivelmente, uma das grandes conclusões que retiro deste tempo."
Via Diário as Beiras
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