Serão boas notícias para os artistas, de “uma das áreas mais afectadas pela pandemia” (nas palavras de António Costa), mas poderão ser algo confusas para tantos outros. Uma espécie de baile de verão. Por partes: depois de se reunir com a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), o primeiro-ministro anunciou a criação de uma linha de 30 milhões de euros para a programação cultural que se destina às autarquias. As festas mais pequenas que pontuam o verão tradicional português e que Costa quer que se somem “à oferta turística”. E aqui até cabem “espectáculos musicais ao ar livre”. Mas Costa frisou que “não é possível realizar festivais”.
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
sexta-feira, 22 de maio de 2020
"Municípios terão 30 milhões para programação cultural este verão. Costa abre a porta a concertos ao ar livre"
Serão boas notícias para os artistas, de “uma das áreas mais afectadas pela pandemia” (nas palavras de António Costa), mas poderão ser algo confusas para tantos outros. Uma espécie de baile de verão. Por partes: depois de se reunir com a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), o primeiro-ministro anunciou a criação de uma linha de 30 milhões de euros para a programação cultural que se destina às autarquias. As festas mais pequenas que pontuam o verão tradicional português e que Costa quer que se somem “à oferta turística”. E aqui até cabem “espectáculos musicais ao ar livre”. Mas Costa frisou que “não é possível realizar festivais”.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário