"Não consigo responder à questão desta semana sem referir duas notas de contexto: não pretendo abordar o assunto segundo critérios técnicos, que ficarão para os especialistas (economistas, nomeadamente), pelos quais tenho o respeito e a consideração máximos; situo-me intelectualmente algures entre a defesa do valor da liberdade económica e a consciência do papel principalmente regulador do Estado.
Assim, há sobretudo duas afirmações carimbadas pelo Covid-19: o teletrabalho deixou de ser um recurso para se posicionar enquanto opção com inúmeros benefícios potenciais para nós e para o meio-ambiente (mas também a carecer de uma clara definição de regras e de monitorização procedimental, sob o risco de que este, afinal, traga quebra de produtividade, falhas na conciliação da vida profissional com a vida pessoal, e outros abusos…); e que só com uma fortíssima responsabilização individual estaremos, enquanto comunidade, melhor preparados para novas pandemias ou para novas vagas desta.
Embora não seja possível neste momento avaliar em toda a sua extensão o rasto dramático que o Covi-19 vai deixar (no concelho), é cada vez mais evidente o desemprego e o aumento da precariedade dos vínculos, logo a urgência de se tomar medidas.
Partilhando da ideia referencial que não se deverão usar receitas velhas para uma doença nova, e embora entendendo que fazemos parte de uma região, de um País, de uma União (Europeia), proponho a criação de um Programa Municipal de Apoio Extraordinário, com, entre outras, as seguintes medidas específicas para o concelho da Figueira: para as famílias residentes, em 2021 reduzir todas as taxas municipais; para as empresas, criar um sistema de incentivos com fundos do Portugal 2020 que estavam afetos a projetos municipais não executados; para as coletividades, majorar em 20% os atuais apoios, sendo que o financiamento deste Programa Municipal de Apoio Extraordinário seria também assegurado através de verbas destinadas inicialmente pela pela autarquia a iniciativas que, devido à pandemia, não se realizam."
Assim, há sobretudo duas afirmações carimbadas pelo Covid-19: o teletrabalho deixou de ser um recurso para se posicionar enquanto opção com inúmeros benefícios potenciais para nós e para o meio-ambiente (mas também a carecer de uma clara definição de regras e de monitorização procedimental, sob o risco de que este, afinal, traga quebra de produtividade, falhas na conciliação da vida profissional com a vida pessoal, e outros abusos…); e que só com uma fortíssima responsabilização individual estaremos, enquanto comunidade, melhor preparados para novas pandemias ou para novas vagas desta.
Embora não seja possível neste momento avaliar em toda a sua extensão o rasto dramático que o Covi-19 vai deixar (no concelho), é cada vez mais evidente o desemprego e o aumento da precariedade dos vínculos, logo a urgência de se tomar medidas.
Partilhando da ideia referencial que não se deverão usar receitas velhas para uma doença nova, e embora entendendo que fazemos parte de uma região, de um País, de uma União (Europeia), proponho a criação de um Programa Municipal de Apoio Extraordinário, com, entre outras, as seguintes medidas específicas para o concelho da Figueira: para as famílias residentes, em 2021 reduzir todas as taxas municipais; para as empresas, criar um sistema de incentivos com fundos do Portugal 2020 que estavam afetos a projetos municipais não executados; para as coletividades, majorar em 20% os atuais apoios, sendo que o financiamento deste Programa Municipal de Apoio Extraordinário seria também assegurado através de verbas destinadas inicialmente pela pela autarquia a iniciativas que, devido à pandemia, não se realizam."
Via Diário as Beiras
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