segunda-feira, 6 de abril de 2015

Da série, as palavras que hei-de recordar um dia....

Depois de ler a crónica de hoje do vereador Miguel Almeida no jornal AS BEIRAS, "Um mortal imortal", especialmente a parte final (Devemos reconhecer que do grande público o seu nome estava mais associado a um caso raro de longevidade, do que o conhecimento da sua obra. No fundo, não estando constante e detalhadamente a par do seu estado de saúde, talvez julgássemos que esta passagem de Manoel de Oliveira pelo mundo ainda demoraria a terminar. 
Partiu um dia depois de sabermos que aceitou ser padrinho da segunda edição do Figueira Film Art, o novo festival de cinema figueirense. 
Uma coincidência triste. Porém, a homenagem ao Mestre será digna e a Figueira saberá honrar a memória de um homem que amou a vida como poucos.) ficou ainda mais claro que há mais uma diferença entre o Super-Homem e o vereador Tavares.
Só um, quando morrer, pode esperar que os jornais figueirenses, ao referirem-se ao acontecimento, façam referência ao desaparecimento de um oportuno político e "intelectual figueirense".  
O senhor António tinha uma mais valia: a hiper audição. 
Uma condição consequente, julgava ele, de todo o processo que o levou a tornar-se um dos homens mais importantes da terra onde morava...

1 comentário:

A Arte de Furtar disse...

Texto profundo de reflexão e conhecimento da obra do autor, que bem podia ter o título de "O lugar da cultura em debate".
Vamos reflectir na narrativa...

Aliás, bem na sequência do pensamento de Assunção Esteves: Manoel de Oliveira é a 'memória da nossa transcendência'
cito do jornal SOL 02/04/2015