quinta-feira, 23 de abril de 2015

O lado B da democracia



Um dos lados negros do momento que vivemos em Portugal, que ainda queremos de Abril, é a confusão de ódios pessoais com as posições institucionais. 
O caso mais conhecido foi o de Saramago.
Mas, houve mais: a Presidência da República ignorou o Grammy atribuído a Carlos do Carmo. 
Parece que há uma confusão total ente os ódios pessoais do cidadão e político com as funções institucionais, um sinal da falta de dimensão da actual Presidência da República. 
Pelos vistos, graças aos portugueses, é fácil chegar a Belém...
O difícil é ter classe para lá estar!
Basta olhar para Cavaco Silva, um político há 40 anos no poder - e sempre escolhido pelos portugueses.

1 comentário:

A Arte de Furtar disse...

O lado mesquinho da democracia

Introdução:
Salgueiro Maia na madrugada do 25 de Abril:
"Meus senhores, como todos sabem, há diversas modalidades de Estado. Os estados sociais, os corporativos e o estado a que chegámos. Ora, nesta noite solene, vamos acabar com o estado a que chegámos! De maneira que, quem quiser vir comigo, vamos para Lisboa e acabamos com isto. Quem for voluntário, sai e forma. Quem não quiser sair, fica aqui!"
Salgueiro Maia, Madrugada de 25 de Abril de 74, parada da Escola Prática de Cavalaria, em Santarém

Conteúdo:
Em 1988, o então primeiro-ministro Cavaco Silva recusou atribuir a Salgueiro Maia uma pensão, que tinha sido pedida pela viúva de Salgueiro Maia, pelos "serviços excepcionais e relevantes prestados ao país" devido à participação no 25 de Abril, por Salgueiro Maia.
A recusa ou a falta de resposta ao pedido só vieram a público três anos depois quando Cavaco Silva concordou com a atribuição de pensões a dois ex-inspectores da PIDE, um dos quais estivera envolvido nos disparos sobre a multidão concentrada à porta da sede daquela polícia política.
Só em 1995, já com António Guterres como primeiro-ministro, Salgueiro Maia viria a receber uma "pensão de sangue".
No entanto, em 2009, no âmbito das comemorações do 10 de Junho, que decorreram na cidade de Santarém, o Presidente da República depositou uma coroa de flores junto à estátua de Salgueiro Maia. Uma tentativa de “branquear” a atitude de vinte anos antes…

Sobre a falta de Cavaco Silva, ao funeral de José Saramago, o conselheiro de Estado Marcelo Rebelo de Sousa desvalorizou a ausência afirmando: «Está presente espiritualmente».

Já em 2013 Cavaco Silva destacou os efeitos positivos da aprovação da sétima avaliação da Troika para Portugal para declarar que se tratou de uma “inspiração de Nossa Senhora de Fátima”.

Carlos do Carmo? Quem é? Um morador no largo do Carmo, não é?
E ainda há mais: etc…etc….etc….

Glória Eterna aos Homens de Abril que abriram as portas da Liberdade!