A direita, em geral, e Cavaco Silva, em particular, gostam de o recordar como um homem do 25 de Novembro de 1975...
Ontem, 41 anos depois do 25 de Abril de 1974, o primeiro Presidente da República eleito democraticamente por sufrágio universal e directo, deu uma lição de democracia a Cavaco Silva.
Para ler com atenção, pelos portugueses em geral:
Em tempo.
"Meus senhores, como todos sabem,
há diversas modalidades de Estado. Os sociais, os corporativos e o
Estado a que chegámos."
Salgueiro Maia, na madrugada de 25
de Abril de 1974.
1 comentário:
Uma Assembleia da República sem ideais, um Presidente da República que nos arremeda - o retrato da nossa condição actual.
Está hoje tudo mais claro que nunca : a Democracia é "o conflito, a dialética", como afirmou Eanes. O general Eanes foi o único que fez mais valia teórica, porque ainda gosta de estudar. Foi bom recordar que a democracia é essencialmente crise, como é típico de um Estado que quer ser racionalidade e, portanto, tem de gerir as crises de modo dinâmico.
O que também se tira daqui é a democraticidade das decisões dos partidos do governo. Os militantes não são tidos nem achados, levam com as decisões que os dirigentes tomam e, alegremente, ainda acham que estão em partidos democráticos. Ai se isto acontecesse no PCP ou no BE...
Logo, os dias que vamos viver serão de separação de águas. Um novo ciclo para Portugal se aproxima e nós temos a obrigação de lutar por ele.
“O problema mais sério que se põe aos espíritos contemporâneos: o conformismo.” - Albert Camus
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