Reproduzo um texto de Sofia Covas:
Queridas pessoas que mandam,
Acabo de ver uma velhinha a apanhar comida do chão. Uma velhinha assim como as avós que nós temos na aldeia, ou como aquelas que imaginamos.
Dei-lhe um litro de leite. Era a única coisa que tinha comigo. E foi como se lhe tivesse dado uma fortuna, ou o mundo dentro de um pacote.
E tudo - desde vê-la a agarrar um quarto de palmier que alguém deixou cair até ao olhar de gratidão quando lhe estendi o leite - fez deste um dos momentos mais tristes que me lembro de ter vivido.
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