Como é linda a puta da vida.
Em todos os dias existem momentos felizes nas nossas existências.
São gratificantes e lindas, as nossas vida, são gratificantes e lindas a toda a hora.
São gratificantes e lindas, quando, como hoje, olhamos para a rua e espreitamos o Inverno.
Continuam gratificantes e lindas, quando queremos e escolhemos, mesmo quando escolhemos caminhar contra o vento.
São gratificantes e lindas nos momentos, são gratificantes e lindas nos ensinamentos e nas aprendizagens.
São gratificantes e lindas também nas contrariedades. Porém, quando os deuses e o mundo se unem contra nós, é aí que tudo depende de nós, da nossa força interior e da nossa forma de ser, de intervir ou de deixar correr - no fundo das nossas escolhas.
Gosto de Portugal, gosto mesmo muito.
Como é linda a puta da vida no meu País.
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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