Recordam-se? Foi há poucos dias...
Paulo Portas, em plena campanha eleitoral, com a desfaçatez, à vontade e falta de vergonha que lhe é peculiar, deu a entender que os empresários só estavam à espera de saber se ele e Passos Coelho seriam reeleitos para decidir dos investimentos na economia - na tal economia que cria emprego, do tal emprego que cria riqueza, da tal riqueza que traz bem-estar às pessoas e proporciona o tal crescimento económico ao país!...
O blah-blah-blah do costume, que, tal como a música pimba, entra mesmo nos ouvidos dos mais distraídos desta coisa da política, pois foi repetido até à exaustão pela tal comunicação social - tipo câmara de eco...
Passaram-se apenas 4 – quatro dias - 4, e a resposta dos empresários, que investem na economia, que cria emprego e coisa e tal, aí está.
«O ministro da Economia, Pires de Lima, admitiu hoje ficar preocupado com o encerramento da fábrica de Santarém da Unicer, que poderá envolver o despedimento de 150 pessoas"...
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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1 comentário:
E ar de "triunfo" com que passeou nos estaleiros de Viana?
Essa eu não vou esquecer,nunca!
Esta garotada NUNCA fez nada na vida.
De jotas passam a deputados e depois empresas públicas ou que vivem do público.
Mas são muito "Prá frente Portugal" , de emblema no casaco.
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