quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Estou-me a tornar-me um profissional a escutar a conversa da treta da direita e estou a adorar...

Estive a ouvir até há poucos minutos,  em directo, um debate sobre "os cenários da governação em Portugal", na TVI24, com Isabel Moreira, PS, Joana Mortágua, BE, João Oliveira, PCP, Adolfo Mesquita Nunes, CDS, e Carlos Carreiras, PSD. 
Adorei o nervosismo do Adolfo Mesquita Nunes, que fala e depois não deixa falar ninguém. Até já pediu desculpa, pois até ele já acha que está a falar um pouco mais que os outros!..
Mas não se consegue calar... 
Os nervos não deixam.

Em tempo.
Acabado o debate liguei o computador e encontrei este texto no Jumento.
"A direita tenta passar a ideia de que há extremismo à esquerda e que António Costa optou por uma rotura unindo-se ao extremismo de esquerda e abandonando a sua família natural. A tese do arco da governação assenta no pressuposto de que não há direita e esquerda, há apenas os que governam e os que não podem governar. 

Não importa saber quantos portugueses estão representados e muito menos que 20% dos portugueses sejam considerados de segunda, sem direito a sentirem-se representados no governo. Para a direita a democracia deve estar limitada aos votos dos eleitores de direita e dos eleitores de esquerda que votem no PS e na condição deste partido estar disponível ara aceitar um partido de direita, mesmo minoritário e sem apoio parlamentar.
  
Dizem que o PCP e o BE não aceitam os compromissos eleitorais, mas esquecem que o CDS foi contra a Constituição, dizem ser fieis intérpretes da vontade dos eleitores do PS mas não perguntam aos eleitores do PSD se não se sentem ludibriados por terem eleito deputados de um CDS quase em extinção.
  
Parece que vamos ter um governo radical que defende o caminho da Grécia. E qual é o caminho da Grécia? É mais ou menos o programa e as promessas eleitorais com que Passos Coelho e Paulo Portas apresentaram aos eleitores em 2011. Nesse programa não constavam uma boa parte das medidas adoptadas por Passos Coelho, designadamente, os cortes feitos ao abrigo do famoso desvio colossal. E no que toca a Paulo Portas que agora chora baba e ranho por deixar de estar ao abrigo da protecção do poder, já se esqueceu da sua grande promessa eleitoral de 2011, já está esquecido de quando pedia aos eleitores que votassem nele para poder travar o extremismo de Passos Coelho. Agora os extremistas são os outros.
  
Extremistas são os que perseguiram grupos sociais e profissionais por mero ódio ideológico, concentrando nalguns a maior fatia da austeridade. Extremistas foram os que procuraram dividir o país entre portugueses que produzem e portugueses que são despesa, entre portugueses jovens que trabalham e portugueses velhos que vivem à custa dos primeiros.
  
Perante a consciência pesada em relação ao argumento do extremismo os defensores do arco da governação” tentam reduzir as eleições a uma escolha de programas, pouco importam as maiorias no parlamento pois os eleitores escolheram programas. É um argumento ridículo quando se tornou evidente que a direita usou desde as sondagens à comunicação social numa estratégia de desviar votos do PS ara o PCP e BE.
  
Mas o argumento da escolha dos programas eleitorais tem um outro problema que é o facto de este governo ter esquecido os programas eleitorais e as promessas eleitorais no dia em que tomou posse. Este argumento não tem legitimidade da parte de quem usa os programas eleitorais para ludibriar os eleitores. O PS poderia muito bem responder que o seu programa é o mais abrangente pois não só respeita os seus eleitores, como tem o apoio dos eleitores do PCP e do BE e, mais ainda, corresponde em grande medida ao programa com que a direita ganhou as eleições."

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