Há uns largos anos popularizou-se em Portugal um ventríloquo. Fez inúmeros espectáculos nas feiras, de norte a sul do País. Era também presença nos ecrãs de televisão: era um pato chamado Donaltim. Abria o bico e parecia falar imenso, porém tratava-se de pura ilusão de óptica: o pato estava manipulado o tempo todo e tinha tanta autonomia como um figurante de mesa de matraquilhos.
Afinal, quem falava era o dono dele, embora permanecesse de boca fechada.
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