sábado, 18 de julho de 2020

"Este Parque de Campismo, Foz do Mondego, nasceu há 32 anos". Tal ficou a dever-se "por efeitos de um pedido da Câmara Municipal da Figueira da Foz à Federação Portuguesa de Campismo e Caravanismo (assim designada na altura) hoje, Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal , com o intuito de acabar com o campismo clandestino que proliferava na altura, na praia do Cabedelo". (6)

"Agosto de 1808, desembarcam no Cabedelo as tropas do General Wellesley, que nos veio ajudar a expulsar os invasores franceses. Em 1919, é lançado à água o famoso navio “Cabo da Roca” construído nos estaleiros do Cabedelo. Já na década de 90, é também no Cabedelo onde se realiza pela primeira vez em Portugal uma etapa do Circuito Mundial de Surf. Todos estes motivos históricos para além do facto desta praia ser o tal diamante em bruto com um imenso potencial quer turístico quer desportivo ainda por explorar, apesar de já ser uma das preferidas dos figueirenses, turistas e surfistas, levaram a que o município a olhasse de maneira especial, definindo uma Área de Reabilitação Urbana (ARU) aprovada em 2015. Na análise prévia à delimitação foi levado em conta: o estado de degradação e abandono dos estaleiros navais que, como todos nos lembramos, tinham um impacto negativo na imagem da própria cidade da Figueira; um parque de campismo “residencial” pouco qualificado e localizado em área muito sensível; estacionamento caótico e na frente marítima; destruição progressiva do cordão dunar. Definiram-se como princípios base para projetos de valorização do Cabedelo: libertar a zona mais sensível entre os 2 molhes da ocupação privada e degradada do parque de campismo qualificando-a; reforçar o cordão dunar afastando a presença automóvel da zona mais frágil; promover o surf; integrar e qualifi car os edifícios existentes; qualifi car as acessibilidades rodoviárias e por modos suaves. Os projetos foram aprovados, as obras iniciadas, alguns edifícios degradados demolidos, faltando apenas terminar a zona do parque de campismo. Já se notam melhorias significativas! Tirando algum interesse meramente pessoal, tenho muitas dúvidas que algum figueirense queira genuinamente manter o parque de campismo naquele local do domínio público marítimo. Por outro lado, desde 2015 que a Federação de Campismo sabe da intensão do município de intervencionar o espaço após o limite da sua concessão que terminou já em abril de 2018 e sabe que tem de o libertar. Portanto, face ao tempo decorrido, não obstante de todas as tentativas vãs para chegar a acordo, o município exercerá o seu direito e dever de continuar a obra agora suspensa."
Via Diário as Beiras

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