"Agosto de 1808, desembarcam no Cabedelo as tropas do General Wellesley, que nos veio ajudar
a expulsar os invasores franceses.
Em 1919, é lançado à água o famoso
navio “Cabo da Roca” construído nos
estaleiros do Cabedelo. Já na década
de 90, é também no Cabedelo onde
se realiza pela primeira vez em Portugal uma etapa do Circuito Mundial
de Surf.
Todos estes motivos históricos para
além do facto desta praia ser o tal
diamante em bruto com um imenso
potencial quer turístico quer desportivo ainda por explorar, apesar de já ser
uma das preferidas dos figueirenses,
turistas e surfistas, levaram a que o
município a olhasse de maneira especial, definindo uma Área de Reabilitação Urbana (ARU) aprovada em 2015.
Na análise prévia à delimitação foi
levado em conta: o estado de degradação e abandono dos estaleiros
navais que, como todos nos lembramos, tinham um impacto negativo na
imagem da própria cidade da Figueira;
um parque de campismo “residencial”
pouco qualificado e localizado em
área muito sensível; estacionamento
caótico e na frente marítima; destruição progressiva do cordão dunar.
Definiram-se como princípios base
para projetos de valorização do Cabedelo: libertar a zona mais sensível entre os 2 molhes da ocupação privada
e degradada do parque de campismo
qualificando-a; reforçar o cordão dunar afastando a presença automóvel
da zona mais frágil; promover o surf;
integrar e qualifi car os edifícios existentes; qualifi car as acessibilidades
rodoviárias e por modos suaves.
Os projetos foram aprovados, as
obras iniciadas, alguns edifícios
degradados demolidos, faltando
apenas terminar a zona do parque
de campismo. Já se notam melhorias
significativas!
Tirando algum interesse meramente
pessoal, tenho muitas dúvidas que
algum figueirense queira genuinamente manter o parque de campismo
naquele local do domínio público
marítimo. Por outro lado, desde 2015
que a Federação de Campismo sabe
da intensão do município de intervencionar o espaço após o limite da sua
concessão que terminou já em abril
de 2018 e sabe que tem de o libertar.
Portanto, face ao tempo decorrido,
não obstante de todas as tentativas
vãs para chegar a acordo, o município
exercerá o seu direito e dever de continuar a obra agora suspensa."
Via Diário as Beiras
Via Diário as Beiras
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