"A Câmara Municipal prepara-se para a posse administrativa do Parque de Campismo do Cabedelo, ameaçando que as máquinas entrarão a demolir no dia 01. Ficam avisados os campistas e a concessionária. Para quê? Para levar por diante o projecto de reabilitação/requalificação ou o que for.
Para trás ficam os que fizeram do Cabedelo o seu lugar de eleição, para trás ficou a Federação de Campismo e Montanhismo sem que estivessem esgotadas as negociações. Aprazada que estava uma reunião para Julho, a CMFF decidiu unilateralmente não a concretizar, tendo a Federação interposto providência cautelar, tentando contrariar as pretensões da CM.
O que vão fazer naquele sítio lindo, o Cabedelo, é mais uma vez a cedência ao turismo “chique", a arraia miúda não terá ali mais cabidela. Será reduzida a área da concessão, já aceite pela FCMP e implantados “bungalows”, casinhas de madeira, pois.
Com Pessoa digo: ”A minha Pátria é a Língua Portuguesa”; estes estrangeirismos cansam! Basta o sinal de STOP! Engana-se quem por acaso pense que estas casas ficam acessíveis quando em parque. Puro engano, ficam caras, caras e o portuguesinho comum não se poderá atrever a fazer hábito de férias nas casinhas. O projecto aponta para isso mesmo: turismo de elite, mais uma vez deixando o que há de mais belo para alguns bolsos, visão de que discordo visceralmente. Continua a descaracterização do território e o pobre Mondego presa de interesses que não os da população.
O turismo é uma importante fonte de receita, é necessário acarinhá-lo. Mas não a qualquer preço, ignorando a tradição, ignorando a vontade dos munícipes, travando a fruição do património que é de todos. Posto isto direi o óbvio: discordo do acto da Câmara Municipal, ainda mais quando decorriam negociações, paradas abruptamente. Que a coragem e determinação da CM se estendam rapidamente à tal superfície comercial que continua fazendo a sua vidinha, sem ter cumprido as obrigações de raiz. Não me venham com a estória dos trabalhadores, estes precisam de quem os defenda contra os abusos de que são alvo neste tipo de unidades."
Via Diário as Beiras
Para trás ficam os que fizeram do Cabedelo o seu lugar de eleição, para trás ficou a Federação de Campismo e Montanhismo sem que estivessem esgotadas as negociações. Aprazada que estava uma reunião para Julho, a CMFF decidiu unilateralmente não a concretizar, tendo a Federação interposto providência cautelar, tentando contrariar as pretensões da CM.
O que vão fazer naquele sítio lindo, o Cabedelo, é mais uma vez a cedência ao turismo “chique", a arraia miúda não terá ali mais cabidela. Será reduzida a área da concessão, já aceite pela FCMP e implantados “bungalows”, casinhas de madeira, pois.
Com Pessoa digo: ”A minha Pátria é a Língua Portuguesa”; estes estrangeirismos cansam! Basta o sinal de STOP! Engana-se quem por acaso pense que estas casas ficam acessíveis quando em parque. Puro engano, ficam caras, caras e o portuguesinho comum não se poderá atrever a fazer hábito de férias nas casinhas. O projecto aponta para isso mesmo: turismo de elite, mais uma vez deixando o que há de mais belo para alguns bolsos, visão de que discordo visceralmente. Continua a descaracterização do território e o pobre Mondego presa de interesses que não os da população.
O turismo é uma importante fonte de receita, é necessário acarinhá-lo. Mas não a qualquer preço, ignorando a tradição, ignorando a vontade dos munícipes, travando a fruição do património que é de todos. Posto isto direi o óbvio: discordo do acto da Câmara Municipal, ainda mais quando decorriam negociações, paradas abruptamente. Que a coragem e determinação da CM se estendam rapidamente à tal superfície comercial que continua fazendo a sua vidinha, sem ter cumprido as obrigações de raiz. Não me venham com a estória dos trabalhadores, estes precisam de quem os defenda contra os abusos de que são alvo neste tipo de unidades."
Via Diário as Beiras
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