sábado, 18 de julho de 2020

Cada cidadão vale um voto

Um concelho, mesmo mal governado, incapaz de assegurar aquilo que poderíamos designar por serviços autárquicos mínimos,  pode, ainda assim,  contribuir para dar de comer a muita gente. 
Há muitos licenciamentos por fazer. Zonas ambientais que necessitam ser protegidas do despertar da ganância de empreendedores menos escrupulosos. Ainda há dunas suficientes para lá serem plantados bares e restaurantes como se fossem  cogumelos. Há equipamentos  que podem ser “nacionalizados” para serem entregues a empresários. Há, ainda, licenças por atribuir de obras questionáveis. Há muito amiguismo por recompensar...




Daqui por ano, teremos eleições autárquicas. Em democracia, cada cidadão vale um voto. Seria fundamental que esse princípio fosse respeitado pelos candidatos. Por exemplo, que em vez de se apresentarem rodeados de empresários ou doutores ilustres, apresentassem ideias.
Mas, o que vai acontecer, é mais do mesmo: as candidaturas do arco do poder, em vez de ideias, vão apresentar campanhas obscenas, que custam rios de dinheiro para não se discutir nada. 
E, o povo, mais uma vez, vai embarcar.

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