Notícia de hoje no jornal Diário de Coimbra...
Emigrantes que doaram pinheiros “desiludidos”
"Afinal, os 32 mil pinheiros marítimos adquiridos pela comunidade emigrante em Nogent sur Marne (França), que foram entregues na sexta-feira à Câmara Municipal, não vão poder ajudar a reflorestar as matas nacionais (que integram a Rede Natura), por indicação do ICNF (Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas), porque, segundo apuramos, existem regras muito próprias (regulamentação), e só podem ser colocadas plantas certificadas em Portugal, o que não é o caso, uma vez que os pinheiros foram adquiridos em França."
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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