Em declarações ao DIÁRIO AS BEIRAS, a dirigente justificou o pedido de demissão em bloco com o facto de “não ser justo” os próximos dirigentes trabalharem com um plano de actividades definido pelos antecessores.
Todavia, há outros motivos. “Saímos desencantados. A direcção confessa-se desencantada por não haver interligação franca e fraterna entre os associados”, afirmou Isabel João Brites.
A direcção da associação, que congrega várias dezenas de restaurantes da Figueira da Foz definiu como estratégia promover a gastronomia local fora de portas, mantendo, no entanto, os festivais nos restaurantes, a que passou a designar fins de semana gastronómicos. Isabel João Brites defendeu que as iniciativas de promoção “dentro da cidade têm pouco alcance”. Assim sendo, acrescentou, “a gastronomia local deve ser divulgada fora, para trazer pessoas à cidade”. “É evidente que cada um de nós tem o seu restaurante e trabalha para si. Mas, quando se propõe integrar uma associação, não é para promover o seu restaurante, é para promover a gastronomia figueirense”, advogou a dirigente.
A gota que fez transbordar o copo foi o cancelamento da edição deste ano da Feira de Sabores Terra e Mar, por falta de adesão de restaurantes associados.
“Antes, dizia-se que não havia colaboração e interesse da parte da autarquia. Este ano, para contrariar essas observações, a autarquia juntou-se nós. Mas, infelizmente, os associados não aderiram ao evento”, lamentou a presidente demissionária.
Isabel João Brites bateu com a porta três anos depois de ter sido “nomeada voluntária” presidente da Figueira com Sabor a Mar - não houve listas candidatas aos corpos gerentes. Sucedeu a Mário Esteves, fundador da associação.
Enquanto não forem eleitos novos órgãos sociais ou nomeada uma comissão de gestão, a direcção mantém-se em funções."
Via DIÁRIO AS BEIRAS
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