"Acabado o período da agitação será a modorra da crítica tal como antes e antes de antes. É assim uma espécie de “Palhinhas”.
Só que este aparecia todos os anos apenas nos meses de verão."
Crítica fácil, senhor engenheiro...
Falo da crítica generalizada à gestão camarária desta maioria absoluta do presidente Albino Ataíde!...
Se é tão fácil, onde estão os críticos senhor engenheiro?
Segundo o que vejo, tirando honrosas excepções, os críticos pegam no comando e fazem zaping...
Mas, saltam sempre no que à Figueira, e aos seus problemas concretos, diz respeito...
Pronto: senhor engenheiro, eu até entendo que o PDM, não mereça sequer crítica.
Mas, será que merece ser ignorado?..
2 comentários:
Caro António:
E afinal o que é que se escreve numa crónica?
Bom, na minha opinião, e sem rebuscar definições eloquentes sobre aquilo que possa ser, acho que pode ser um artigo de crítica social, económica ou política, mas também uma homenagem, um desafio, uma visita ao passado, uma proposta para o futuro. Às vezes é apenas um resultado duma intuição de momento, como propõe Malcom Gadwell no Blink! Mas também pode ser uma provocação. Uma provocação! Que é aquilo que gostaria que fosse muitas vezes mas que a minha condição de escrevinhador tardio, mais voltado para ouras atividades menos mediáticas, muitas vezes não me permite alcançar. É uma questão de talento. Como quero situar-me dentro de um processo de melhoria contínua, pode ser que me consiga aproximar. Vamos fazer por isso.
Só o simples facto de me citar com frequência no seu espaço já me enche de satisfação. Porque, para além de o ter como meu amigo, sei que o que sobretudo o move é a defesa dos interesses da nossa terra. Não tenho dúvidas. Temos isso em comum. E, tal como o António à sua maneira, também eu, acompanhado de um punhado de determinados figueirenses, enfrentei os tubarões cá da terra (se que se lhes pode chamar assim). Não se venceu a guerra mas ganhou-se uma efémera batalha. E como se lutou! Foi uma satisfação para a alma. Enfim, não deixou frutos mas deveria ter deixado. Há porém um futuro para conquistar e daí as nossas provocações (suas, minhas e mais alguns, poucos, cada um à sua maneira!).
Não julgue que a referência a um estado de espírito coletivo, uma idiossincrasia quase congénita, velha de cem anos, é uma manifestação de desistência, não. É apenas uma constatação. E destas também se fazem as crónicas. E é também uma provocação.
A forma que cada uma escolhe utilizar para comunicar os seus estados de alma é sempre respeitável desde que seja honesta. Estamos juntos mas de maneiras diferentes.
Tive pena que não lhe tivesse sido possível estar presente no debate sobre o futuro da Figueira. Tive ocasião de manifestar a minha visão, embora de forma sucinta, que o tempo não dava para mais. Ainda haveremos de conversar sobre isso.
Ah! E já agora, o PDM. Escolhi fazer a minha participação no local próprio apresentando várias críticas e algumas propostas. Assim, pode ser que alguma possa vingar. A minha opinião sobre o assunto não é melhor nem pior, é simplesmente a minha. Há muito que não faço parte da entourage e não é o meu estilo falar muito sobre esse tipo de participação. Não me lamento por ter participado em duas propostas do Orçamento Participativo que não vingaram.
Continue a lutar pelas suas convicções e a inspirar aqueles que possam, dentro e fora dos partidos, em ordem a fazer da Figueira uma terra melhor. Está acompanhado.
Grande abraço deste seu amigo.
Daniel Santos
Vamos, então, cada um com o seu estilo, continuar a escrever sobre o que nos preocupa...
Apesar de escrever ser um gosto, no seu e no meu caso, em que ninguém é considerado ridículo por não ganhar dinheiro.
Um abraço
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