"É em junho que se celebram os Santos Populares. Muitas destas celebrações tornam-se eventos de grande repercussão, para as cidades que adoptaram como o seu dia, o do calendário religioso. Lisboa com o Santo António e Porto com São João são disto exemplos. Na Figueira o dia da cidade também coincide com as celebrações de S. João. A cidade e todos os seus agentes económicos esperam nesses dias um aumento de visitantes e de volume de negócios, geram-se pequeníssimas economias directamente ligadas às temáticas dos eventos, todas elas importantes à economia da cidade e do concelho. No concelho, praticamente em todas as freguesias e lugares, o verão decorre ao sabor das festas dos seus padroeiros, motivo de celebrações e fruição para habitantes e familiares que se encontram ausentes, emigrados ou migrados. Estes acontecimentos, para além da carolice dos festeiros locais, justificam a actividade do município no apoio logístico. Literalmente falando, ele é solicitado para “ajudar à festa” mas, a festa é de todos! É pública! Destina-se a uma ou várias comunidades e o apoio municipal é colectivo! Entendendo a comunidade, já não se entende a edilidade! Devendo dar o exemplo, pelos vistos, viabiliza a festa privada em equipamento municipal, torna-se depois invisível, mas todavia permissível… E já diz o ditado: “Quem quer festa, sua-lhe a testa”!"
Época das Festas, dos Santos Populares e outras (de) mais…, uma crónica de Isabel Maranha Cardoso, economista, publicada no jornal AS BEIRAS.
Nota de rodapé.
Assim não vale.
Na Figueira, os cronistas e os blogueiros, apenas escrevem crónicas e blogues, bem quistos, quando servem para dar conta que A diz que B dá traques em público. C insinua que D é filho bastardo. Z diz que A é um palerma parolo. G sugere que F é um tolinho. S afirma que H é um trambolho. T assegura que L é um pedaço de mau caminho. Q insinua que M é espertalhão. V considera P atrasado. J propala que I é calculista... Etc, etc, etc, etc...
Coias assim, importantes!
Mormente, quando toda esta gente pertence à elite figueirinhas, isto é, de excelentes e conceituadas famílas e foi educada nos melhores estabelcimentos de ensino existentes, à época, na outrora Praia da Claridade, actual praia da calamidade.
Nos últimos anos, na nossa querida Figuiera, a preocupação com os traumas e o evitar enfrentar as realidades extravasou...
Não temos problemas. Estamos em crescimento.
Em desenvolvimento.
Negativo: mas, crescimento e desenvolvimento!
Eu sei que alguns, acham isto confuso.
Inscrevam-se nas novas oportunidades.
Imediatamente...
Os outros, como este escriba/blogueiro, merecem desprezo, pela falta de chá que evidenciam, ao irem ao encontro dos problemas importantes que existem na sociedade figueirinhas...
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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