"Segundo notícia do jornal AS BEIRAS, a discussão sobre a intervenção na frente marítima de Buarcos foi intensa. O debate aconteceu no Caras Direitas e opôs as intenções da Câmara em aumentar os espaços verdes e pedonais, e a vontade de alguns comerciantes em deixar tudo como está. Estes comerciantes devem ser os mesmos que estacionam sistematicamente os seus veículos em frente à porta da sua loja, retirando lugares aos clientes. Incrivelmente, a empresa Figueira Parques não atua perante veículos de comerciantes estacionados sistematicamente, e por longos períodos, em lugares pagos. Isto é matéria que dava “pano para mangas” mas que ninguém parece interessado em tocar. Haverá “intocáveis” na nossa cidade? A Câmara que agora propõe o alargamento de passeios é a mesma que sempre que faz obra (Buarcos; 4 Caminhos; Alto do Forno, Caceira, etc.) deixa os passeios na mesma, estreitos e mal concebidos? Há uma bipolaridade manifesta no comportamento da sociedade relativamente aos carros, comércio e estacionamento. Queremos uma “cidade mais saudável”, com menos carros e menor poluição, em que as pessoas sejam levadas a andar a pé, ou queremos voltar ao passado? Agora que a marginal em Buarcos está interrompida, seria útil refletir seriamente sobre como “descolonizar” esta zona, retirando os carros e deixar que voltasse a praia. Contudo, passa-se o oposto, as obras são para “cimentar” a costa, artificializando ainda mais a paisagem."
"Estacionamento a mais", uma crónica de João Vaz, consultor de sustentabilidade.
Nota de rodapé.
Recorde-se aqui a crónica da farsa da apresentação pública do projecto da requalificação da frente de mar em Buarcos, no âmbito do PEDU, levada à cena no Grupo Caras Direitas, onde só faltaram as pipocas e as bebidas da terra do tio Sam (mas isso é mais no cinema do Jumbo. A vereadora do Carvalho, que desculpe a referência, pois sabemos que a sehora vereadora já não pode ouvir falar neste nome...).
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