quinta-feira, 29 de junho de 2017

AI, PORTUGAL... AI, FIGUEIRA!

Temos liberdade? 
Formalmente temos. Mas, que liberdade? 
É que, ter Liberdade, não é um objectivo simples. 
Eu sei do que falo, pois conheço o preço que tive que pagar ao longo da vida, por ter optado, desde a adolescência,  por pensar pela minha cabeça.
Em princípio, a liberdade de opinião está garantida; em princípio a liberdade política, embora com imperfeições está igualmente cumprida;  a liberdade de circulação, em princípio, até foi alargada. 
Mas: e a liberdade económica? 
Essa, é a grande lacuna desta democracia portuguesa.
Depois: vemos, ouvimos e lemos que a democracia por cá é frágil e os políticos medíocres. 
Ora a julgar pela crónica que publicamos mais abaixo, os políticos  já conhecem bem as regras e o mau uso que fazem da democracia, não é inocente...
Terão estudado Maquiavel? Terão lido biografias de políticos demagogos e populistas?
Pelo que podemos ver aqui pela Figueia, isto é uma comédia em folhetins ao sabor da corrente. 
Em política, para ganhar ao adversário, vale tudo!..
"Excluídos da Democracia", uma crónica publicada por Rui Curado da Silva no jornal AS BEIRAS, foca bem a fraca qualidade da democracia a que temos direito, 43 anos depois do 25 de Abril de 1974, em Portugal e na Figueira.
Passo a citar:
"Ao longo do último ano realizámos inúmeros contactos com cidadãos do concelho no âmbito da formação das listas para as autárquicas. O processo de abordar um cidadão, explicar o projeto político do Bloco, identificar potenciais causas comuns e a integração ou não do mesmo cidadão nas listas locais, pode assumir contornos muito objetivos e corretos, mas nalguns casos parece que entrámos numa cena insólita de um fi lme do Tarantino. É toda uma escola. Mais sério e mais grave é constatarmos eleição após eleição, os entraves que sofrem grande parte dos nossos concidadãos à participação na vida política. É já um grande clássico das más práticas, o caso da empresa que dá entender aos seus trabalhadores, de uma forma explícita ou velada, que serão penalizados se participarem nas listas de partidos ou de movimentos. Numa democracia isto é inaceitável. Mas este tipo de práticas alastra a algumas associações e autarquias, sobretudo quando há empregos em causa, por mais mal pagos que sejam. Recebemos também queixas de ameaças semelhantes em certos meios sindicais. Apesar de o Bloco ser um dos partidos mais visados, importa sobretudo salientar que o regime democrático deveria impedir e penalizar estas práticas. Sabemos que não é tarefa fácil, mas só teremos uma verdadeira democracia se o medo passar para o lado dos prevaricadores e não de quem gostaria de oferecer o seu contributo para a ação política."

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