Na Figueira, a grande diferença entre os contos de fada, de ontem, e os de hoje, é que os de ontem começavam com "Era uma vez..." e os de hoje com "nem vais acreditar nesta merda..."
Os dois últimos anos foram fracos em precipitação...
A inteligênciia do séc. XXI resolveu tapar a vala de Buarcos, criando galerias com drenagem, que têm a função de permitir que a água se infiltre na areia....
Com elevada precipitação, como aconteceu numa noite do passado mês de Maio, a tubagem ficou saturada...
Quem passou pelo local, viu toda a zona do parque radical, em Buarcos, alagada...
Num próximo ano, com precipitação, vamos recordar o fevereiro de 1978...
Poderemos ver inundações no Centro de Saúde de Buarcos, no Mercado e Rua dos Pescadores...
Bastará que a água que deveria ser escoada pela Vala de Buarcos, não consiga chegar ao mar...
Aquela Vala de Buarcos tem um historial que deveria ser tomado em atenção por quem vai ser responsável pela aprovação do PDM/2017...
Após duas semanas a limpar merda em Buarcos, da vala tapada pelas mentes brilhantes do nosso município, o problema seguiu os esgotos até à estação elevatória do papão.
Se mal choveu e entupiu imaginem quando chover a sério!..
Vai ser o bom e o bonito...
A pergunta é:entretanto, quem paga os custos de manutenção e de limpeza?..
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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