António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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Área UZ28
Instalações da Alberto Gaspar S.A.
Proposta da Câmara Municipal da Figueira da Foz
- Construção até 7 pisos para habitação.
- Artº 10 – prevê a possibilidade de construção para fins hoteleiros até 18 pisos ou 64 metros.•
••Proposta Movimento Parque Verde:
- Construção até 4 pisos, de forma a respeitar a área habitacional da freguesia de São Pedro.
- Edificação equipamento colectivo, ex: pavilhão gimnodesportivo
Este, é um exemplo claríssimo do que este PO verdadeiramente defende: o poder económico dos lobbys da construção e da especulação imobiliária, sejam portugueses ou espanhóis.
A Figueira tem 19 000 fogos excedentários. A freguesia de São Pedro tem dezenas.
O recente Plano estratégico da Habitação (2008/2013), apela claramente à redução da construção nova e sugere a recuperação e reabilitação dos fogos degradados.
Duarte Silva na sessão de São Pedro foi claro ao afirmar que “nos próximos 100 anos não seriam necessárias mais construções na Figueira da Foz”.
A proposta do Movimento Verde é realista ao apontar para:
“- Construção até 4 pisos, de forma a respeitar a área habitacional da freguesia de São Pedro.
- Edificação equipamento colectivo, ex: pavilhão gimnodesportivo”.
Atenção que a proposta da Câmara, “ Construção até 7 pisos para habitação, com o Artº 10 – a prever a possibilidade de construção para fins hoteleiros até 18 pisos ou 64 metros.....”, é absolutamente desenquadrada do resto da freguesia de São Pedro, descaracterizando-a para sempre.
Isto é um atentado a São Pedro, que embora não sendo a minha terra, foi a terra que eu de livre vontade, porque considerei há uns anos que tinha boa qualidade de vida, escolhi para viver.
Já que se fala de Figueira da Foz:
Vou requalificar o meu quintal
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