domingo, 16 de novembro de 2008
Fragilidade
A vida passa num instante, quase como um simples abrir fechar de olhos.
Não gostamos é de pensar nisso, pois a fragilidade assusta, mas essa é a nossa realidade.
A fragilidade, aliás, é uma das características sempre presentes, não só, na vida das pessoas, mas nas sociedades e no meio ambiente.
Basta recordar a estupidez, durante a guerra-fria, de se terem acumulado armamentos atómicos gigantescos e experimentado bombas na atmosfera sem medir as consequências a nível da radioactividade que daí poderiam advir.
Hoje, as agressões continuam. Em todo o mundo e, também, aqui na nossa Terra.
A miragem do fenómeno turístico, não pode ser o factor essencial para permitir o crescimento da nossa Terra, ao sabor da vontade de políticos locais e dos construtores civis.
Seguramente, como aconteceu noutros cantos do nosso País, iremos crescer mal e caoticamente.
O apetite voraz do negócio centrado no lucro rápido, acompanhado pela incúria e oportunismo de outros, vai tornar a nossa Terra em mais uma parte do território português destruída irreversivelmente, sobretudo a nível do seu património paisagístico, tornando-se em mais um exemplo de desordenamento nacional e de insustentabilidade ambiental.
A nossa Terra, nomeadamente ao nível da sobre ocupação racional do território, mas, igualmente, a nível do caos urbanístico que se vai instalar, não vai suportar tudo isso.
E para quê?
“Grosso modo, num qualquer dia de semana de Outono, Inverno ou Primavera de 2001, em cada 2 fogos existentes na Figueira da Foz, um estaria desocupado. Entretanto, 7 anos volvidos, a desproporção deve ter-se agravado. Muitos mais prédios e fogos foram construídos, sem que a população da cidade tenha tido crescimento significativo.”
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1 comentário:
É certo. E se a isso alocarmos o conceito de que o território é um bem finito e irrepetível, mais absurda nos parece a sua delapidação sem qualquer benefício público.
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